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O poço das desilusões

Atualizado dia 1/19/2015 3:19:51 PM em Autoconhecimento
por Teresa Cristina Pascotto


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Depressão ou extrema desilusão? Quantas pessoas estão às voltas com tratamentos psiquiátricos, acreditando estarem em depressão? Quantas pessoas buscam incessantemente o alivio de suas dores, tristeza e angustia profunda através de paliativos, de pseudo-recursos de cura, de antidepressivos, de terapias superficiais, sem antes se perguntarem se de verdade estão deprimidas?

Sentimentos profundos de tristeza e angústia são naturais na experiência humana, o que não é natural é a forma como as pessoas lidam com esses sentimentos e emoções que levam ao desespero. Lidam com desprezo. No desespero, tudo o que as pessoas querem é se livrar do que as incomoda e buscam alucinadamente qualquer recurso, mesmo que superficial ou até mesmo “falso”, pois estão apenas e unicamente querendo transferir, para qualquer “lugar”, aquilo com que não estão dispostas a lidar e muito menos assumir como seu. Se uma pessoa se conduz ao desespero, principalmente pela tristeza profunda e sombria que a acomete, ela precisa sim de alguns recursos para que possa se manter em uma condição menos autodestrutiva, mas isto apenas para que possa então olhar profundamente para essa realidade em sua vida, na busca das verdades ocultas que são a raiz da tristeza e da angústia e até mesmo da depressão.

Porém, se a pessoa sentir certo alivio e, com isso, criar a ilusão de que já melhorou e de que vai conseguir se equilibrar novamente somente com os “primeiros-socorros”, sem buscar de verdade tratar dos conteúdos profundos do seu inconsciente, que a espreitam e a perseguem durante toda a sua vida e dos quais ela vive fugindo, sem nunca parar para enfrentar, criando ilusões e vícios variados – que inclui os vícios de comportamento – e situações de vida que a mantenham prisioneira de seus círculos viciosos, ela nunca, mas nunca mesmo, conseguirá se equilibrar de verdade e passará a vida fugindo de si mesma, e criando cada vez mais recursos autodestrutivos na intenção insana de criar uma “vida de faz-de-conta”, para poder sobreviver, se arrastando e se machucando, ao invés de criar uma vida de verdade, totalmente em contato com a realidade.

Existem inúmeros aspectos fisiológicos e conteúdos no inconsciente humano que criam um transtorno depressivo “real”, mas poucas pessoas de verdade entram nesse transtorno. A grande maioria das pessoas é simplesmente prisioneira do tormento da obsessão pelas ilusões. Inevitavelmente, depois de muito trilhar o caminho das ilusões –  viver criando ilusão para sair de outra ilusão; usando a ilusão para não sofrer a desilusão; viciando-se em ilusão para sobreviver ao vazio interno profundo; etc -, chega um ponto em que a pessoa não tem mais capacidade de sobreviver ao poder destrutivo das extremas ilusões. A pessoa simplesmente se quebra inteira, ela passa a viver sufocada por um excesso de ilusões que começam a se chocar umas com as outras e, neste quadro, a pessoa se sente tão desesperada que se torna prisioneira de um lugar (dentro de si) altamente insano e perturbador: o poço das desilusões. Ali ela luta, foge, se esconde, se prende, se perde e... entra em “pânico”, pois todos os monstros que criou em sua mente estão ali, a assombrarem-na, a violentarem-na e a deixa-la cada vez mais em pânico.

Apesar desta condição ser extremamente dolorosa de se viver – quando a pessoa vive este quadro com consciência, é muito menos doloroso, mas na inconsciência de suas verdades, as dores são insuportáveis – ela é fundamental para que a pessoa finalmente possa não ter como fugir de si mesma e de suas verdades. Dentro desta condição o desespero aumenta gravemente e se torna impossível criar mais ilusões, como recurso para se aliviar.

Inúmeras são as pessoas que tenho atendido que estão neste quadro e a maioria nem percebe, pois se habituaram à dor e se anestesiaram demasiadamente, e aqui tudo se agrava, pois é fundamental que a pessoa perceba que chegou a este ponto crítico, em que se não buscar a “Cura Real”, ela só se perderá de si mesma cada vez mais, é um poço escuro e sombrio que irá puxa-la cada vez mais para o fundo e do qual dificilmente ela sairá se ficar fraca demais, o que naturalmente irá ocorrer.

Este quadro mais grave se deve ao fato de que a pessoa já esgotou sua capacidade de se enganar e de se iludir e a vida está lhe trazendo inúmeras situações em que as desilusões ficam mais intensas e mais graves. Das suaves e tristes desilusões que vivia, justamente porque sempre criava novas ilusões para negar as desilusões e não sentir o peso real da dor das desilusões e continuar se iludindo – a pessoa se torna viciadíssima em ilusões, viver em contato com a realidade é impossível para ela – a pessoa então passa a viver graves desilusões. Obviamente seu ego faz de tudo para criar ilusões poderosas para sobreviver à gravidade das desilusões, mas o enfraquecimento que a acomete faz com que ela não consiga mais ter criatividade, disposição e forças para criar uma ilusão e nem para acreditar nessa ilusão. Enfim, fica quase (ainda neste ponto) impossível sair deste vórtice sombrio que a está tragando para baixo, arrastando-a para o sofrimento cruel das desilusões.

Reforço que esta condição existe em todas as pessoas que chegam a este ponto e o fato de uma pessoa não se perceber nesse sofrimento extremo que descrevo, não significa que ela não esteja nele. Ela apenas ainda consegue ser extremamente “autocontrolada”, consegue negar essa realidade e está entorpecida e anestesiada demais (pelos vícios de comportamento) para conseguir perceber esse sofrimento todo. Claro que isto se deve ao fato de que a pessoa está desesperadamente – inconscientemente – tentando não se deixar arrastar para o poço das desilusões. No fundo ela sabe o que está lhe acontecendo. Invariavelmente, quando em meus atendimentos mostro para a pessoa qual é a realidade dela, que o que a está deprimindo e perturbando, nada mais é do que o fato de que chegou ao ponto máximo de capacidade de negação, e que isto a levou ao poço das desilusões, nesse momento, ela sabe muito bem do que estou falando e é aqui que começa um real processo de cura.

Sem constatar a realidade na qual se encontra no que diz respeito aos conteúdos ocultos do inconsciente e dos registros de seu corpo emocional – “pobrezinho” deste, fica tão desprezado e açoitado pelo ego, que acaba adoecendo gravemente, sem ter o direito de que a pessoa descubra suas dores e feridas -, a pessoa continua buscando caminhos de cura que ainda se identificam com seu padrão de criar ilusões. Nessa condição ela só busca o alivio da dor, mas não busca a cura real, porque não enxerga – e não quer perceber – a “doença real”. Somente quando se lança luz à escuridão do inconsciente é que se pode encontrar a VERDADE, para só então, em posse de sua consciência desperta para sua realidade interior, a pessoa possa se empenhar em abrir mão da cura ilusória que busca, para abrir os braços para a cura real que a aguarda. Mas é preciso deixar claro que tudo ocorre através de um processo. Se a pessoa passa a vida toda presa dentro de um complexo contexto insano das ilusões, que ela mesma cria, não adianta agora seu ego imediatista achar que encontrará a cura mágica e rápida. Claro que isto continua sendo a força das ilusões levando-a a criar a ilusão de que agora basta estalar os dedos e adeus gravidade do quadro criado pelas ilusões!

Quando uma pessoa cai profundamente no poço das ilusões e quando ela busca a cura real, ela precisará ainda permanecer nessa condição por um “tempo indeterminado”. Isto é fundamental para que ela entre em contato com a realidade: é nesse poço escuro, sombrio e assustador que ela se encontra. Foi ela mesma quem se jogou ali. Ficar no poço, sentir com consciência todas as sensações que se experimenta nesse lugar de dor extrema, infelizmente, é necessário para que a pessoa, por conta das sensações, sentimentos e emoções, que antes nem percebia que existiam dentro de si, possa então compreender, numa expansão de consciência e autopercepção, a magnitude do processo autodestrutivo no qual esteve prisioneira durante toda a sua vida.

Parece absurdo ter que viver intensamente essa condição de dor, mas entendam que a pessoa JÁ VIVE ESSA CONDIÇÃO, a diferença é que antes ela não percebia. Agora, viver com consciência, permitindo-se SENTIR essa realidade, fará com que se torne impossível querer continuar vivendo no mundo das ilusões. Sei que é difícil acreditar que alguém suporte viver assim, pois se traz sofrimento, obviamente que se pensa que ninguém ficaria dentro disso e que desejaria sair. Mas, infelizmente, posso garantir que por mais que pareça absurdo, esta é a total verdade. As pessoas têm a tendência a fugir da realidade, criando torpores, anestesiamento e negação, na tentativa de fugir. A proposta da alma é fazer a pessoa enfrentar a realidade, sentir intensamente as dores que oculta de si mesma, para então poder se erguer e começar a viver de verdade, a partir da realidade.

É muito difícil uma pessoa, que vive de ilusões, desejar mudar a sua realidade interior, sem que precise cair profundamente no poço das desilusões. Enquanto ela não sentir essa realidade dolorosíssima, ela nunca irá tomar uma decisão real de se curar. Como alguém pode desejar se curar, se não percebe – e nega – a doença? É disso que se trata. Quem vive de ilusões, não sabe que vive assim. Apesar de sempre se desiludir e viver culpando a vida e “Deus”. Mas não se dá conta da gravidade disso e muito menos de que “está doente”. Só de viver de ilusões esta pessoa já “é doente”. Viver uma vida plenamente regida pelas ilusões é a doença mais grave que um ser humano pode ter.

Existe um quadro ainda mais grave, que dificulta muito mais a cura real – creia, a cura real é possível. É quando uma pessoa então é prisioneira da obsessão pelas ilusões e, obviamente, sempre se desilude e, antes de criar uma nova ilusão para se anestesiar e não perceber a dor da desilusão – que é o mais comum -, a pessoa vive a desilusão, sofre intensamente, entra em desespero, mas... ela GOSTA DISSO. Esse tipo de pessoa cria ilusões somente para se desiludir, para então sofrer a dor e saborear esse sofrimento. Aqui está o prazer na dor, que nada mais é do que o masoquismo. Assim, depois de se iludir e apreciar o “prazer da dor”, a pessoa então cria novas ilusões, primeiro para sair um pouco da dor, pois ela não pode deixar a dor ser extrema, porque isso a levaria a tomar consciência de que gosta da dor, além de que ela também tem um ponto de tolerância à dor, que não suportaria ultrapassar. Ela jura (e mente) pra si mesma que a dor é insuportável, quando na verdade ela adora esse momento. E, segundo, porque ela precisa então criar novas ilusões mais poderosas para que, na desilusão certeira, ela possa sofrer ainda mais!

Por favor, não desconsidere o que estou colocando aqui só por te parecer absurdo demais. Caso você pense isso, aconselho que se observe muito, pois quanto mais um ego rejeita uma informação profunda em termos de inconsciente como esta, mais significa que ele está tentando te levar para muito longe desta constatação da sua verdade oculta. O ego criou todo esse mecanismo e ele só está querendo não sofrer de verdade. O sofrimento masoquista que ele curte vai até um determinado nível, mas se ultrapassa o ponto que ele suporta, ele busca recursos apenas para se livrar do excesso e nunca para se livrar do masoquismo.

O masoquismo é uma realidade no inconsciente humano. Pena serem tão poucas as pessoas a serem honestas consigo mesmas a ponto de constatarem esta realidade. Porém, estas poucas corajosas, são aquelas almas que se propuseram a viver essa condição toda, para então tomarem consciência, para buscarem a cura real e, consequentemente, deixarem as informações vibracionais dessas verdades e novas possibilidades para que, por ressonância, os novos buscadores da cura real possam ter um caminho a seguir, criando e fortalecendo uma egrégora de poder em termos de cura real.

Assim, as obsessões pelas ilusões levam naturalmente às desilusões e, consequentemente a um aumento das obsessões pelas ilusões para sair da desilusão. Sendo ou não masoquista – o que é muito o caso deste tipo de pessoa – chega um ponto em que a alma da pessoa decide que este quadro não poderá mais se perpetuar. É preciso lembrar que “está tudo certo” no fato da pessoa viver de ilusões e todas as consequências que descrevi, pois a alma da pessoa escolheu trazer essa condição para viver esse tipo de situação nesta vida. Portanto, a alma sabe até que ponto esse quadro poderá chegar e, sempre ela escolhe – nestes estados mais graves – levar a pessoa ao poço das desilusões, pois dentro dele não dá mais para fingir que nada está acontecendo de grave, mesmo que a pessoa se anestesie, ainda assim, outras condições a levarão a buscar a cura. A alma escolheu que a pessoa precisaria se exceder nas obsessões pelas ilusões até o ponto em que, mesmo acrescida da condição do masoquismo, chegaria um momento em que a força destrutiva das desilusões e da dor extrema que isto causa, seria insuportável tanto viver o prazer masoquista nessa dor, quando fugir dessa verdade criando mais ilusões. A alma não dá saída para o ego quando a pessoa cai nesse poço. E se mesmo assim a pessoa insistir em negar e se dissociar para não perceber a dor real, então é quando poderá ocorrer de a alma conduzir a pessoa a um transtorno depressivo ou a um comportamento depressivo. Em ambos os casos, a própria “depressão” traz uma sensação de angustia e opressão tão sufocante, que isso é o suficiente para que a pessoa minimamente, se for o caso, perceba que há algo errado com ela. Enfim, estar no poço das desilusões traz inevitavelmente o desespero da depressão.

Algumas pessoas aqui poderão tomar antidepressivo e nunca se curarem de verdade, mesmo que façam terapia de apoio. Só conseguirão encontrar a cura real e saírem definitivamente do poço das desilusões, e principalmente abrirem mão da obsessão pelas ilusões, como também se desapegarem do vicio na dor, que é o masoquismo, se tomarem consciência dessa realidade oculta. Fora isso, só conseguirão sobreviver a uma condição, se entorpecendo com remédios e outros recursos, mantendo assim, a ilusão da cura. Ou seja, ainda prisioneiros das ilusões.

A cura real exige que se tome consciência da realidade oculta no inconsciente. Não há outro caminho a não ser este. Muito já evoluímos em termos de possibilidades de cura aqui na Terra. Porém, estamos já no topo, se considerarmos a limitação da dualidade como uma “caixa”, no teto de todas as possibilidades que já foram exploradas em termos de cura. A cura que se tem disponível hoje, é o tipo de cura que alivia muito dos males e das dores, que ajuda as pessoas a aceitarem mais suas “doenças” e a sobreviverem a elas. Isto foi uma dádiva até então para nós. Mas a verdade é que ainda assim as pessoas continuam sofrendo seus vários males e doenças, quer tenham consciência deles ou não. Portanto, se depois de tantos recursos criados, reinventados, explorados e usados, com êxito, dentro das limitações na dualidade, ainda assim os seres humanos continuam sofrendo, significa que falta um pouco mais de boa vontade, humildade e coragem para que se empenhem verdadeiramente a abrirem mão de suas doenças e abrirem o coração para a cura real que só poderá se manifestar na Terra se os seres humanos se conscientizarem de suas doenças ocultas e das doenças sem cura com as quais sobrevivem, criando a ilusão de que já estão curados ou que nos caminhos limitados encontrarão a cura.

Reflita sobre isso, questione-se, desafie-se a ir além de suas limitações e das sabotagens de seu ego. Entre em contato real com sua alma e faça dela seu guia, sua força, sua luz real.

 


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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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