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O quanto podemos ceder por amor?

Atualizado dia 10/6/2006 12:55:54 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Ceder, fazer concessões, cuidar, acolher, parece algo comum para nós mulheres que nascemos com a predominância da energia yin da natureza. Somos nós que oferecemos o ventre para a gestação de filhos, somos nós que cuidamos da manutenção da casa e muitas vezes dos nossos relacionamentos sem perceber que precisamos deixar um espaço para o outro agir.

Nossos parceiros na caminhada da vida precisam ter seus direitos de ação resguardados e é bem comum que atravessemos essas fronteiras tentando cuidar do outro e muitas vezes fazer pelo outro. Assim constituímos relacionamentos perdedores porque o crescimento não acontece com equilíbrio. Um dos lados da relação assume a manutenção enquanto o outro confiando nos cuidados do parceiro se deixa errar.

Como atendo muitas mulheres, talvez até porque elas tenham uma abertura maior para falar de amor, de emoção, de vida espiritual e espaço para aceitar nossa sensibilidade, posso dizer por experiência que muitas vezes o espírito maternal e o desejo de proteção complica muito a vida.

O caso de Maria Augusta ilustra bem isso. Ela, uma executiva do ramo farmacêutico, lutou muito para chegar aonde chegou na sua profissão. Teve um primeiro casamento fracassado e logo arrumou um novo amor acreditando que mais madura seria feliz no amor. Como me confidenciou, no primeiro casamento brigou demais com seu marido querendo dar uma ordem na vida.

“Ele era inconsciente”, disse ela cheia de razões para acusá-lo. “Gastava demais e só se preocupava com aquilo que era importante para ele. Quando nosso filho nasceu ele se incomodava com o choro do bebê e eu tentando resolver tudo acordava sozinha, cuidava do meu filho...” Disse ela em lágrimas, revivendo o passado.

“E com o tempo você se cansou de tudo isso e o amor foi dando espaço às mágoas, tristezas e solidão, não foi?” Perguntei apenas para ajudá-la na sua explanação.

“Isso mesmo, Maria Silvia, eu me sentia sozinha... Não confiava em pedir coisas para ele e fui assumindo a casa e cuidando da minha vida profissional. Não me sentia mais casada e aí me separei... e me senti livre e forte como nunca! Logo depois conheci o Carlos e me apaixonei. Só que já estamos juntos há dois anos e ele não assume nada. Acho que o erro está em mim”.

“Maria Augusta, com certeza você errou em algumas coisas, mas o erro num relacionamento pertence às duas pessoas envolvidas, nunca é de um só lado. Dar certo no amor depende dos dois; ambos precisam querer trilhar sua história juntos... Você não pode assumir tudo como responsabilidade sua, nem os erros...”

“Você nem imagina o quanto me sinto culpada. Parece sempre que o erro é meu. Sofro demais por conta disso”. Disse ela num sofrido desabafo.

“Minha querida, o lado bom de tudo isso é que você já está mais consciente e justamente por isso pode melhorar sua postura e encontrar um caminho para ser mais feliz”, expliquei para minha cliente.

Ela disse que me procurou para um trabalho individual porque sentia que já conhecia o seu namorado de Vidas Passadas e que, desde o início, uma forte atração surgiu entre os dois e que por conta dessa intuição ela achou que seriam felizes.

Expliquei que sempre reencontramos as pessoas, mas que isso não significa felicidade. Muitas vezes as pessoas estão no nosso caminho para acertarmos nossas arestas e construir uma forma mais apropriada de agir umas com as outras. Como os Mestres ensinam, os relacionamentos não vêm prontos, estamos o tempo todo aprendendo... E não é porque estamos resguardados na posição de parceiros, filhos ou de pais de alguém que temos o direito de ofender, destratar ou não respeitar a outra pessoa. Quando nós amamos alguém também não devemos fazer tudo para o outro, precisamos dar um espaço para o outro agir e aprender. A vida é uma oportunidade desse aprendizado.

“Você tem razão... pois eu cuidava dele como se fosse meu filho. Claro que isso não acontecia o tempo todo, inclusive nós nos relacionávamos sexualmente muito bem, mas depois desse momento íntimo eu tomava conta de tudo, fazia compras de supermercado, dava orientações sobre a vida profissional dele, cuidava até da faxineira, mas nem fazendo tudo isso ele me assumia como mulher. Acho que nunca quis me ter como esposa. Chegava nas férias ele nem se preocupava em sincronizar os dias de folga dele com os meus e não foram poucas as situações que ele me deixou sozinha quando ia visitar seus parentes no interior. Ele dizia que eu tinha a minha filha e que sabia me cuidar. Você acredita?” Disse ela já mais tranqüila.

Quando completamos nosso encontro na sessão de Vidas Passadas confirmando os sentimentos de Maria Augusta, apareceu uma vida em que ela foi mãe de um rapaz deficiente que exigia muitos cuidados e que ela se sentia presa a ele pelo compromisso que agora estava saldado.

Pois bem, meu amigo leitor, percebo que muitas vezes as pessoas estão sofrendo tanto tentando acertar que acabam cedendo a tudo o que o parceiro quer. Perdem o discernimento e a auto-estima e entram num caminho tortuoso de sedução e sofrimento se esquecendo que o primeiro compromisso que todos nós temos nessa vida é para com nosso próprio crescimento e felicidade.

Se você gostou desse texto e deseja aprender a lidar com suas emoções e sentimentos, conhecer mais a si mesmo e seu poder pessoal, venha participar do Grupo de Meditação da Maria Silvia Orlovas.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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