O que seria o verdadeiro amor?

Autor Helenilton Luiz C. de Sales (Lé de Sales)

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/8/2006 3:18:02 PM

Teríamos que nos reportar à gênese dos afetos? Quando Adão e Eva, encantados pelo fruto proibido, rendem-se ao desejo? Ou melhor seria pensar sob o prisma psicanalítico, onde Édipo e Elétra dariam o norte ao encanto chamado amor? Ainda poderia ser compreendido pelo olhar de entrega de São Francisco de Assis? Ou através do viés erótico da pop star Madona?

Certamente a gama de possibilidades que norteam esta resposta evidencia o caráter dúbio da personalidade humana e remete-nos à percepção de que pouco importam as razões de nossos afetos ou as bases sob as quais se fundam, mas senti-los e vive-los fielmente representa o que realmente tem significação!

É inquestionável que tal sentimento não ocupe os gabinetes de nossos dirigentes. Tampouco sob o aspecto jurídico seria impossível fazê-lo, já que nos princípios da Administração Pública, este não foi contemplado. Todavia uma analogia simplista se apresenta inevitável: os homens que elaboram as leis que estabelecem a "ordem" atual são seres humanos que, por certo, amam seus filhos, suas mulheres, seus amigos; assim o fariam se esses pertencessem a outra classe social? mas não foram capazes de dimensionar esse sentimento enquanto prática social? Tampouco os retribui àqueles que, a partir de um ato de amor, os elegeram para representá-los.

Assim, cabe-nos ainda uma reflexão: estaria o bem estar de meu próximo excluído dos objetivos de um governo? Ou quando se ocupa cargos públicos, só conseguimos amar as pessoas de nossas relações íntimas? Ou será esse sentimento nobre da espécime humana, apenas mais um nome bonito, para fomentar a alienção, o conformismo e a exploração? Certo é que o que se deveria promover, sucumbe! O amor que deveria libertar, aprisiona! Então, o que é o verdadeiro amor?

Texto revisado por Cris

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Helenilton Luiz C. de Sales (Lé de Sales)
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