O Ser Transitivo Crítico e Holotrópico



Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/04/2011 15:28:13
Denominamos ser transitivo crítico o ser humano que passou pelos seguintes estágios: intransitivo (vivendo apenas o aspecto biológico do corpo), transitivo ingênuo (vivenciando a cultura) e transitivo crítico que é o ser humano dedicado a pesquisa na área fenomênica. O ser transitivo crítico acredita e possui a certeza que todos os acontecimentos no universo material podem ser desvelados. Geralmente o ser transitivo crítico trabalha em uma área do conhecimento podendo ser a filosofia, teologia, mecânica, sociologia, psicanálise, química, física ou pode pesquisar em uma ou várias áreas. A característica do ser humano transitivo crítico é o desejo de conhecer o mundo que o envolve. Pesquisa para conhecer e não para transmitir, pois, a transmissão dos resultados de suas pesquisas ou estudos representam apenas o complemento ou apêndice de suas pesquisas. O transitivo crítico é movimentado pelo desejo de elaborar o seu próprio conhecimento do mundo no qual está inserido. A pessoa transitiva crítica imagina o universo ou a realidade física como sendo real, mas que oferece espaço para ser desvelada em sua essência. No lado diametralmente oposto do transitivo crítico o ser humano holotrópico observa tudo que existe, do micro ao macro, chegando à conclusão que a única verdade é a transitoriedade das coisas, a única realidade é o desaparecimento de tudo, que tudo está em movimento, mas, todos os movimentos culminam na invisibilidade ou morte de tudo que existe. Toda a natureza e todos os fatos humanos individuais ou coletivos se resumem no seu desaparecimento e diante da total inconstância das coisas chega à conclusão da inutilidade do pensar, pesquisar ou se envolver com o mundo dimensional, entrando no campo do niilismo absoluto. No espaço do niilismo, do vazio, ou no constante esvaziamento de tudo que pensa, o eu holotrópico começa a sentir a paz, um tipo de paz que nunca antes sentiu, e observa que o núcleo da paz está na alma que inicia o seu processo de desvelamento. O niilismo do ser humano holotrópico é representado pelo viver no deserto, onde simbolicamente nada existe e quanto maior é a inexistência existencial maior é a vivencia na paz profunda, paz que emana da alma. Quando o ser humano holotrópico desaparecer no deserto da vida, a alma se manifesta em todo seu esplendor. O desaparecimento total e absoluto do "eu" holotrópico culmina no aparecimento do outro, da alma, o ser eterno de cada pessoa, iniciando assim o desenvolvimento em uma dimensão mais elevada.









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