O sofrimento
Atualizado dia 1/21/2022 12:02:11 PM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Se estamos atentos ao nosso mundo interior, no menor sinal de sofrimento, ao invés de acreditarmos nele como nossa realidade ou entrarmos em algum estado reativo, em consciência podemos observá-lo, investigar o que está por trás dele, ver onde ele nos leva. Com esta postura aos poucos vamos nos desidentificando do nosso aspecto sofredor que tanto deseja e exige de nós mesmos, do outro, da vida e do mundo, nos conhecendo melhor e percebendo que a vida pode ser muito mais fácil do que temos feito dela!
O processo todo de transformação interior pode ser feito com a ajuda de diversas práticas e técnicas mas, sendo a transformação algo natural ao ser humano, apenas tomar consciência do que ocorre em nosso mundo interior, aceitando aquilo que encontramos mas sem agir reativamente a isso, já contribui para nos alinharmos com o Ser, encerrando assim nosso sofrimento. Na prática, qualquer técnica pode ser resumida na seguinte lógica: abrir mão do que não nos serve mais para nos alinharmos com o que há de melhor em nós!
É comum, porém, que tão motivados que nos condicionamos a ser em conquistar ou viver algo externo a nós, encontremos grande dificuldade de olhar para dentro em Verdade e Pureza, de reconhecer o que está em desequilíbrio e, principalmente, de abrir mão dos nossos desejos e pontos de vista que sustentam esses condicionamentos e ilusões.
Uma vontade ou desejo de algo externo criado a partir de uma carência na ilusão de termos assim a segurança, preenchimento ou alegria desejada, já é um desequilíbrio por si só, pois o Ser é completo e a plenitude é a Verdade daquele que reconhece o Divino em si em Sua total Pureza e Perfeição. A liberdade de escolha, conforto e gratidão de quem está em equilíbrio e vive o Ser são muito maiores do que as de quem ainda vive a partir de suas reações perseguindo preenchimentos, ainda que sua vida seja bem mais simples.
A simplicidade, aliás, é uma característica do Ser que, desidentificado de formas, quantidades e aparências, não depende de artifícios para estar bem. Isso não significa que em contato com o Ser não teremos mais sofrimentos, pois enquanto estivermos na vida material, ainda utilizaremos de uma personalidade para nos relacionarmos e os estímulos externos eventualmente nos revelarão algum aspecto oculto para ser curado e integrado.
Nestes casos, porém, o sofrimento já não é mais tão acentuado, porquanto já recebemos os estímulos do mundo externo de maneira mais consciente, nos tornando menos reativos e subjugados a eles. Nossa mente também já está mais calma e silenciosa, nos permitindo desfrutar da nossa existência sem a constante necessidade de fazer, proteger, conquistar ou preencher.
Com esta prática ativa de autoconhecimento, então, aos poucos nos tornamos mais equilibrados e emocionalmente mais maduros e saudáveis. O sofrimento deixa de ser um fardo e passa a ser apenas um lembrete de que algo que precisa ser equilibrado dentro de nós está tentando chamar a nossa atenção!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
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