O Verdadeiro Sentido de Amar a Deus Sobre Todas as Coisas




Autor Paulo Tavarez
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 21/07/2025 12:19:46
"Amar a Deus sobre todas as coisas..." Mas o que isso realmente significa? Quem é Deus? Onde Ele está?
O verbo amar é transitivo direto: ele precisa de um objeto. Se Deus é esse objeto, é natural que surjam perguntas fundamentais: quem ou o quê é Deus? Como podemos amar algo que não compreendemos? Seria pela fé? É preciso acreditar em cartilhas religiosas?Vamos analisar essa questão da forma mais racional possível. Se partirmos do pressuposto de que Deus é onipresente - ou seja, está presente em tudo -, então amar a Deus significa amar tudo.
Quando cultivamos qualquer sentimento de rejeição, ódio, raiva ou inconformismo diante de um acontecimento ou de alguém, estamos, na verdade, deixando de amar a Deus. Afinal, se Ele está presente em tudo, é contra Ele que direcionamos nosso ódio. Aquilo que negamos e não aceitamos nada mais é do que a Vontade de Deus. É um ato de rebelião contra os princípios que organizam a Vida, uma tentativa de controlar algo sem o conhecimento dos propósitos divinos.
Jesus complementou esse ensinamento ao dizer que, além de amar a Deus sobre todas as coisas, deveríamos amar o próximo como a nós mesmos. Em essência, Jesus estava nos dizendo para amar tudo, absolutamente tudo. Ele falava do amor - e nada além disso.
Se devemos amar a Deus (tudo), amar o próximo (o outro) e amar a nós mesmos, isso significa que não há nada que não mereça amor. Assim, o amor é o caminho. Não à toa, João disse que Deus é amor.
O sentimento de ódio é a negação do amor, é quando escolhemos andar na contramão dos preceitos não só de Jesus, mas de todos os grandes mestres da humanidade.
Amar a Si Mesmo e ao Próximo
Amar a si mesmo é promover uma profunda reconciliação interna; é perdoar-se incondicionalmente, aceitar-se integralmente e aprovar-se no sentido mais profundo. É compreender que os erros do passado foram etapas de aprendizado que o trouxeram até aqui. Só é possível amar-se verdadeiramente ao se libertar de sentimentos de culpa, remorso ou arrependimento - emoções que nascem do autojulgamento e, muitas vezes, de um ódio direcionado a si. Sentir-se culpado, envergonhado ou arrependido, na verdade, é uma forma disfarçada de ódio contra si mesmo. O que mais seria a culpa senão ódio de si?Amar ao próximo é não julgar, não agir com preconceito, não tentar enquadrá-lo aos nossos padrões internos, nem condená-lo por seus erros - que, assim como os nossos, são instrumentos de crescimento. A própria natureza possui elementos para nos guiar no caminho da evolução; não é necessária a intervenção de ninguém para isso.
O ódio é uma reação transgressora e está na raiz de tudo o que é nocivo ao ser humano. Quem não se ama, adoece, enfraquece, empobrece e enlouquece. Guardar esse sentimento no coração, como ensina Buda, é como segurar um carvão em brasa esperando o momento certo para jogá-lo em alguém - enquanto se espera, é ele que queima a nossa mão.
Diante de tudo isso, amar a Deus não é um mandamento externo, mas uma experiência interna de unidade com a vida. É a superação do ego separatista, a entrega à totalidade do existir. Quando amamos plenamente - sem exclusões, sem julgamentos, sem resistência -, tornamo-nos parte consciente do divino em tudo. O amor deixa de ser um ideal distante e se torna uma prática viva, cotidiana, silenciosa. E é nesse estado que, enfim, compreendemos: Deus não é algo a ser entendido - é algo a ser vivido.
Amar a Deus é Amar a Vida
Por fim, amar a Deus é amar tudo o que o Universo nos proporciona como experiência. Cada movimento do devir está sob a gestão dessa força inteligente e suprema. A não aceitação é o que nos torna adversários de Deus. Não podemos competir com Ele, nem nos rebelar contra aquilo que É. Pelo contrário: só nos resta aceitar e extrair o máximo de cada proposta da Vida. Amar a Deus é amar a vida como ela é.O ódio é uma reação transgressora e está na raiz de tudo o que é nocivo ao ser humano. Quem não se ama, adoece, enfraquece, empobrece e enlouquece. Guardar esse sentimento no coração, como ensina Buda, é como segurar um carvão em brasa esperando o momento certo para jogá-lo em alguém - enquanto se espera, é ele que queima a nossa mão.
Diante de tudo isso, amar a Deus não é um mandamento externo, mas uma experiência interna de unidade com a vida. É a superação do ego separatista, a entrega à totalidade do existir. Quando amamos plenamente - sem exclusões, sem julgamentos, sem resistência -, tornamo-nos parte consciente do divino em tudo. O amor deixa de ser um ideal distante e se torna uma prática viva, cotidiana, silenciosa. E é nesse estado que, enfim, compreendemos: Deus não é algo a ser entendido - é algo a ser vivido.
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