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O VIAJANTE PELO CAMINHO DA CONFIANÇA

Atualizado dia 4/22/2006 1:39:59 AM em Autoconhecimento
por Vera Godoy


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A vitória só é alcançada pela confiança e pelo coração aberto. A fé é indefinida em sua essência, mas a confiança confirma a infalibilidade do amor.
Lúcia Helena dos Santos


"Um dos homens santos que ocasionalmente passava por uma aldeia e acampava no santuário era "Baba Mãos Vazias", assim chamado porque não carregava nada para si e nem deixava que ninguém carregasse para ele. Andava sozinho, sem companhia, em suas longas jornadas para quaisquer destinos, porém era amado por todos. As pessoas freqüentemente tentavam colocar coisas em suas mãos para seu benefício e, é claro, falhavam.

Se ele precisasse de comida e a conseguisse, ficava feliz em poder se alimentar, mas não juntava nem preservava nada para a próxima vez em que sentisse fome. "Por que, Babaji, é errado pensar no dia seguinte?", as pessoas perguntavam-lhe sempre. Ele sorria e se evadia da questão.

Porém, ocasionalmente e muito raramente, respondia – talvez para aqueles que merecessem uma resposta: "Não é uma questão de certo ou errado. Sigo um determinado caminho e não peço a ninguém para segui-lo. De acordo com minha disciplina vivo de momento para momento. Vivo em Deus e Deus é tempo. Por que deveria eu me importar com o futuro?"

Era difícil aceitar sua filosofia; no entanto, havia algo de encantador nele. Talvez fosse a sua confiança, seu modo próprio de se entregar a Deus. Atraía muitos, porém não era atraído por ninguém ou por coisa alguma.

Jombudas era um mercador de sucesso. Recentemente tinha se retirado dos negócios mundanos, pois seus filhos capazes tinham assumido seu fardo. Ganhos materiais, havia conseguido bastante em sua vida. Ele imaginava se não poderia engendrar algum lucro espiritual. “Vou segui-lo...", disse ele ao eremita, casualmente.

O ermitão olhou-o com curiosidade e falou afetuosamente: “Se você gosta de meu modo de vida, siga-o de qualquer maneira, não precisa seguir-me fisicamente.”

Jombudas não estava certo sobre o que realmente o tinha atraído: o eremita ou seu ideal. Pensou um momento e decidiu que seria mais fácil para ele seguir o eremita fisicamente do que em seu ideal. Mas o eremita não queria ter companhia em sua jornada. “Você não pode fazer como eu. Não está em seus hábitos, nem mesmo na sua atitude com a vida”, disse ele.

“Como você sabe? Dê-me pelo menos uma chance de provar que posso segui-lo”, persistiu Jombudas em seu propósito.

“Tudo bem”, disse o ermitão. “Prometa-me que, se não conseguir agir exatamente como eu, mesmo uma única vez, você me deixará sozinho.” Jombudas prometeu.

O ermitão estava iniciando a viagem para seu próximo destino, mas este era desconhecido de Jombudas. Contudo, ele o seguiu, não sem levar uma bolsa contendo umas poucas coisas essenciais. Andaram por várias horas e pararam numa estalagem. O estalajadeiro conhecia o eremita. Ficou muito feliz em acomodar a ambos e alimentá-los bem. Além da estalagem estendia-se um deserto, por muitas milhas.

De manhã cedo, Jombudas perguntou ao ermitão: “Nós vamos atravessar o deserto?” “Sim.” “Mas não poderemos conseguir comida. Deveríamos levar alguma?”, perguntou. “Você sabe que não carrego nada! Deus me dará comida, se necessário”, disse o eremita. “Mas Deus tem que fazer um milagre se Ele tiver que lhe dar comida nesse deserto! Não há nem mesmo árvores frutíferas!”, observou Jombudas. “Ele fará o milagre então!”, disse calmamente o eremita.

A jornada começou ao alvorecer. Horas se passaram. Chegou o meio-dia. Jombudas estava esperando para ver o milagre. Sua esperança dissolveu-se.

“Você está com fome?”, perguntou ao eremita. “Sim, estou”.

“Venha, então.”, disse Jombudas, com um riso disfarçado, e tirou de sua bolsa dois pacotes de comida que tinha coletado na estalagem antes de partir. Sentaram-se perto do lago e comeram.

Então, com uma risada triunfante, Jombudas disse: “Bem, vale a pena ser prudente! Eu sabia que não poderia conseguir nada aqui! E todo tempo estava aguardando para ver o milagre que você esperava que Deus fizesse para você. Bem, Ele não se importou.”

O eremita fixou o olhar em Jombudas e disse: “Ele se importou! O pacote que você me entregou foi o milagre de Deus para mim. Para você foi uma decepção. Carregando-o consigo, você não conseguiu fazer como eu. Espero que se lembre da condição.”

Jombudas estava aturdido. “Siga seu caminho e deixe-me seguir o meu”, disse o eremita, enquanto prosseguia deixando Jombudas para trás."

Confiar é acreditar realmente. Confiar é crer sem duvidar. Na confiança há uma força colossal que redobra nossas forças e multiplica nossa capacidade. Ela faz parte da nossa natureza espiritual. Aprendemos a relacionar confiança com egoísmo e existe uma grande diferença entre os dois.

O egoísta diz: "Pai coloco nas suas mãos a realização dos meus desejos e agradeço sua ajuda!" Mas quando acontece o contrário, revolta-se e acha que não foi atendido, “que Deus não ouviu seu pedido, porque ele não se realizou. E passa a tratar seus assuntos à sua maneira.

Aquele que tem a sua confiança depositada nAquele que conhece todas as coisas, que sabe melhor do que ninguém o que realmente é bom pra nós, e o que nos fará crescer e evoluir, tem certeza que o melhor sempre acontece, mesmo que não seja da maneira como idealizou.

Não sabemos onde Ele quer chegar, nem como Ele pretende fazer; mas sabemos que Ele vai vencer e apostamos nossa vida no Seu plano! Isso é confiança! Confiança significa FÉ HUMILDE em nosso ser divino e em nossas sinceras e íntimas convicções. Fé na nossa intuição que sempre é direcionada pelos planos superiores de Luz. E é aqui que muitos confundem a Vontade divina a guiar seu destino com os desejos de seus egos e perdem a confiança quando julgam não terem sido atendidos.

Como confiar a felicidade a algo que foge do nosso controle? É isso que dá origem a tantas frustrações e decepções. Estabelecer essa confiança na vida, nas Leis universais, em Deus, é construir uma base onde a felicidade se torna mais fácil de ser atingida. Não podemos controlar o processo da vida onde tudo tem o seu momento certo de acontecer. Temos, apenas, que estar atentos para isso, pois geralmente a sorte vem disfarçada de oportunidade.

VERA GODOY

Texto revisado por Cris

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