Os extremismos da dualidade: baixa autoestima e megalomania
Atualizado dia 4/5/2020 10:18:56 AM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Se estamos em paz com determinado assunto, em amor e aceitação, estamos em equilíbrio. Porém se temos questões internas a resolver, estamos ainda funcionando no nível da dualidade, ainda caminhando para a cura e resolução de qualquer que seja o desequilíbrio que estamos vivenciando, suas causas kármicas, justificativas mentais e consequências físicas e psicológicas.
Neste âmbito encontra-se a baixa-autoestima e a megalomania, duas posturas interiores em extremos opostos mas que caminham sempre juntas. Onde claramente existe uma, existe também a outra de forma oculta.
A baixa autoestima caracteriza-se por uma extrema autodiminuição, autoanulação, autorrebaixamento. A pessoa com baixa autoestima sente-se sempre pior do que as outras, nunca é boa o suficiente. Não se permite ser feliz por não se sentir merecedora. Sente que não há lugar para ela, às vezes até como se ela fosse um problema para os outros.
Ocultamente na psiquê da pessoa com baixa autoestima, está a megalomania. A megalomania caracteriza-se por uma supervalorização de si mesmo. É o "ego inflado", a arrogância, o excesso de importância que damos a nós mesmos. Envolve as vezes uma necessidade de aplausos, de reconhecimento da grandiosidade de seus atos e opiniões.
Quando uma pessoa claramente lida com questões de baixa autoestima, esconde em si uma megalomania, um desejo oculto de ser muito maior do que realmente é. Compara-se com os outros e com modelos superlativos de perfeição, exigindo demais de si mesmo, cobrando-se aparências, posturas e feitos dignos de reconhecimento global.
O oposto também é verdadeiro, uma pessoa megalomaníaca e narcisista por exemplo esconde em si uma grande baixa autoestima e autodesvalorização, necessitando exagerar no autoapreço a autopromoção para mascarar a profunda insegurança e autodesvalorização que sente.
No desequilíbrio, chega a ser até corriqueiro as pessoas procurarem se curar de um oposto indo diretamente ao outro. Uma pessoa que sempre se escondeu e reprimiu, por exemplo, escolher mudar e buscar liberação sexual e exibicionismo midiático.
Em ambos os casos, a pessoa está em desalinhamento com seu Eu Superior. Qualquer extremo da dualidade é causa de sofrimento ao ser humano. Por isso é importante buscarmos o equilíbrio interior. A autoobservação sem cobranças, mas com Amor e carinho para consigo próprio, é fundamental para curarmos nossas feridas e integrarmos estes aspectos de nossa personalidade que tanto precisam de nosso reconhecimento e atenção.
Ao nos aceitarmos amorosamente exatamente como somos e sem tender ao extremo oposto da dualidade, perdoando a nós mesmos e qualquer outro participante das justificativas que trazemos por determinado comportamento, faremos as pazes com aquele assunto que nos incomoda. Você deixa de julgar-se a partir de referências exteriores e metas cinematográficas de perfeição, compreendendo que as diferenças fazem parte da experiência humana, que cada um tem seu valor e importância independente das aparências e comparações.
Assim, o Amor é sempre a solução para qualquer questão interna e externa também. O Amor é o que nos alinha com o Divino em nós, nos trazendo a paz, o equilíbrio e completude que tanto buscamos em nossas vidas!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
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