Os extremismos da dualidade: euforia e depressão




Autor Rodrigo Durante
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/6/2020 8:57:24 AM
A depressão é a experiência física, psicológica e espiritual de um conjunto de emoções associadas a julgamentos e crenças negativas sobre si, a vida e o mundo.
Antes de se tornar deprimida, é comum que a pessoa venha experimentando sucessivas perdas, frustrações e/ou outras situações onde há dor e sofrimento envolvidos.
Com muitas raivas e tristezas acumuladas, a pessoa sente uma perda de sentido em sua vida, muitas vezes que não há mais razão para viver, ao ponto em que uma única sugestão negativa traz de volta este sentido a ela: "a vida é ruim". E de repente, todo sofrimento acumulado serve de base para novas crenças se formarem a respeito de sua vida, embora negativamente, trazendo de volta a sensação familiar de saber onde está, quem é e como as coisas são.
Outrora perdida, sem expectativas quanto ao futuro que só lhe trouxe dores e frustrações, agora ela se sente dona de sua razão novamente, com sua visão vitimista, negativa e sofrida de si, da vida e do mundo. É um momento de grande identificação com a história que inventou para si e com o personagem que acredita ser, incapaz de perceber quem verdadeiramente é.
A dor que causamos a nós mesmos alimentando estas crenças e emoções negativas pode ser tão grande que nem nossa alma aguenta ficar no corpo. Por esta razão, chega um ponto da depressão que nos tornamos apáticos, incapazes de sentir qualquer emoção. Espiritualmente, são bem frequentes os atendimentos onde ocorrem resgate de alma, tratando as feridas e auxiliando a aproximação da alma e do corpo da pessoa novamente. A alma pode então permanecer adormecida, até que a pessoa esteja em condições de recebê-la e de se abrir para viver através dela, através de seu coração.
Tudo isso por pura e simples decisão. Não há nada na vida que nos obrigue a sermos felizes ou tristes, tampouco dependemos de algo externo para tanto, a não ser que escolhamos que seja assim. Foram interpretações negativas que nos fizeram acumular raivas, perdas e frustrações, não energias negativas em si. Decisão após decisão, escolhemos nos deprimir mais e mais, em busca de mais razão e sentido no sofrimento que resolvemos conhecer e experimentar.
Do lado oposto à depressão, está uma felicidade eufórica e dependente de exaltação. A pessoa deprimida, mesmo em um grau leve ou mascarado, precisa de emoções fortes para sentir-se bem e satisfeita com a vida. Em sua ideia de diversão, ela geralmente precisa libertar-se das amarras que se impõe em seu dia-a-dia para extravasar e sentir-se feliz. "Se joga" em experiências e paixões como se elas fossem sua salvação, nunca equilibradamente, mas como compensação, necessitando de suprimento contínuo de estímulos positivos para permanecer neste nível de satisfação.
Quando seus estímulos cessam, volta ao padrão depressivo, pois neste ponto já acredita muito na imagem negativa que criou de si, da vida e do mundo. Este padrão continua até que naturalmente chega um momento em que a pessoa se dá por satisfeita, sente que já sofreu o bastante em sua vida e seu próprio Ser inicia um processo de reaproximação de sua alma. É um período de autoconhecimento e limpezas, curas e perdão.
A necessidade de viver extremos vai se equilibrando após esta dura lição. Na medida em que permitimos, a paz e plenitude do coração se aproximam até que a verdadeira alegria e a gratidão voltam a fazer parte de nossa rotina. Nossa alma sente-se bem aqui e agora podemos expressar nossa criatividade em equilíbrio novamente, sem medos, barreiras e necessidades especiais de suprimento e satisfação.
Em Paz,
Rodrigo Durante.









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