Menu

Para entender um pouco melhor os homens (e as mulheres)

Atualizado dia 11/11/2015 9:44:56 PM em Autoconhecimento
por Patricia M. Barros


Facebook   E-mail   Whatsapp

Há alguns dias uma amiga minha postou no facebook: “Its raining man, mas nenhum que sirva”. Eu respondi que existem muitos homens bacanas por aí, é preciso ficar de olhos bem abertos. Aquele homem especial pode ser o seu colega de trabalho ou de estudos, pode ser o irmão da sua amiga ou pode estar do seu lado em uma palestra…

Bem, estou passando por uma fase em que estou tentando entender melhor os homens. Além de conviver com um homem maravilhoso, estou lendo “Homens sem mulheres”, de Haruki Murakami, e “Prometo falhar”, de Pedro Chagas Freitas. O conto “Drive my car” trata da improvável amizade entre um marido traído e o antigo amante de sua falecida mulher. Ambos são homens sensíveis, boas pessoas, como tantos que estão por aí. Já o livro “Prometo falhar” é cheio de declarações de amor em prosa poética. Desnecessário dizer que o autor é um homem cuja sensibilidade está à flor da pele. Entre os escritores, lembro-me de vários outros cuja sensibilidade é profunda: Walter Hugo Mãe, Mia Couto, Rilke, Drummond, Rubem Alves, Mário Quintana e tantos outros.

Pensando sobre tudo isso, tive um “insight”: é claro que mesmo aquelas pessoas que temem o compromisso ou aquelas que Sílvia Malamud chama de “vampiros emocionais” (É grande o abismo que separa os dois tipos de pessoas!) têm a sua sensibilidade. Parece-me que estas pessoas querem se proteger, querem esconder bem fundo dentro de si mesmas o núcleo sensível, vulnerável, que nos torna humanos. Em outras palavras, tenho a impressão de que estas pessoas tentam fugir de si mesmas. E cá entre nós, quem nunca? Várias dentre estas pessoas, inclusive, desprezam a sensibilidade quando percebem esta qualidade em alguém. É triste, é uma pena, pois trata-se do que temos de mais precioso. Como já observei anteriormente, é a sensibilidade que nos torna humanos. Gosto de repetir que estamos neste planeta azul para aprendermos a amar melhor.

Recentemente, assisti ao primeiro episódio do documentário “Human” (https://www.youtube.com/watch?v=TnGEclg2hjg) e o primeiro depoimento me marcou muito. Trata-se da história de um homem que estava preso pelo assassinato de uma mulher e uma criança. O rapaz conta que o seu padrasto foi violento com ele durante a sua infância e dizia: “Estou fazendo isso porque te amo. Dói mais em mim do que em você”. Então, ele cresceu sem saber o que era o amor. Ou melhor, ele tinha uma noção muito distorcida do que é o amor. Quando era mais jovem, o rapaz tinha a impressão de que era amado se as pessoas suportavam o sofrimento que ele causava. Mas ele aprendeu o que realmente é o amor com Agnes, a mãe e avó de Patrícia e Chris, suas vítimas. Ela enxergou além das aparências, viu o ser humano que existe naquele homem e lhe ofereceu amor, o perdoou. O rapaz contou entre lágrimas um pouco do que eles viveram juntos.

Então, é claro que é possível enxergar o núcleo que nos faz humanos em qualquer pessoa, mesmo naquelas que cometeram atos horríveis. O amor está lá, pode estar muito escondido, mas está lá... Vários fatores podem esconder a essência divina que existe em cada um de nós… Acredito que até psicopatas têm este núcleo de amor dentro de si – pode estar muito escondido, mas está lá. Já ouvi falar de um neurologista que estava fazendo um estudo e analisava vários exames. Um dos exames chamou a sua atenção porque teria características típicas de psicopatia. Era o seu próprio exame. Ele pesquisou e descobriu que havia criminosos entre os seu antepassados. Mas o cientista não desenvolveu a psicopatia porque teve pais amorosos. Também já assisti um vídeo sobre uma menina que foi vítima de abuso e mais tarde teve atitudes que revelaram a sua tendência à psicopatia. Mas a garota se recuperou. Para quem quiser assistir ao documentário “A ira de um anjo”, segue o link: link

Procurando enxergar o núcleo sensível, vulnerável que existe naquela pessoa que nos fez sofrer fica mais fácil perdoar, não é verdade? Mesmo assim, eu sei que perdoar não é uma tarefa fácil. Perdoar é divino, é um milagre, o milagre do amor. Refletir sobre o perdão pode ajudar, mas o processo do perdão não é racional. Chegar ao perdão, chegar a este lugar de paz dentro de nós mesmos é uma graça de Deus. Em primeiro lugar, temos que estar dispostos a perdoar, temos que abrir o coração. Este é o primeiro passo.

Texto Revisado
Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 4


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Patricia M. Barros   
Sou jornalista e advogada. Atualmente sou funcionária pública e estudante de psicologia e psicanálise. Sempre me interessei por questões que envolvem comportamento e o desenvolvimento pessoal. Espero contribuir um pouco para o bem-estar e felicidade de algumas pessoas!
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Deixe seus comentários:



Veja também
© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa