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Pare de pensar pelo outro

Atualizado dia 9/22/2006 12:27:00 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Numa dessas tardes quentes que a gente não sabe muito bem o que fazer para diminuir o calor, recebi no meu espaço uma moça jovem que se mostrou feliz em me conhecer. Quando fechamos a porta da minha sala ela nem me esperou terminar a explanação que faço sobre o meu trabalho e foi logo dizendo:
“Maria Silvia, me sinto muito triste porque sei o que as pessoas pensam... As pessoas são transparentes para mim. Quando chego perto de alguém, logo sinto aquilo que estão pensando e fico muito perturbada com isso”...

“Bem, pelo que você me conta, você é muito sensível”, disse eu, incentivando Claudia na sua narrativa.
“Pois é, sou sensível demais, sofro pelas pessoas, não suporto injustiça e muitas vezes sinto que fico travada quando não sei o que fazer. Um psicólogo falou que tenho síndrome do pânico porque estou apresentando todos os sintomas”...

Nesse ponto da conversa, expliquei que em nossa consulta iríamos fazer também uma limpeza energética, pois o objetivo do meu trabalho é ajudar no autoconhecimento e dar direcionamentos para uma conduta mais tranqüila e feliz na vida.
Quando Claudia se deitou, percebi seu corpo cheio de chagas, marcas das dores que ela estava sofrendo.
Imediatamente, captei uma criança que dizia assim: “Não sei o que fazer, meus pais não se amam e ficam o tempo todo discutindo. Não quero que meus pais se separem. Gosto do meu pai e da minha mãe, não sei o que pensar”...

Em seguida, apareceu uma vida em que Claudia foi sobrevivente em uma guerra exposta a muitos sofrimentos.
Sua alma, muito machucada, falava assim: “Meus olhos estão machucados com tudo o que vi. Pessoas morrendo sem que ninguém fizesse um gesto para salvá-las. Perdi tudo o que tinha, meu pai morreu, minha mãe também. Não sei por que sobrevivi. Acho que a vida é só sofrimento. Não consigo cuidar de mim. As pessoas à minha volta me agridem. Tive que sair da minha casa e fui levada prisioneira.
Como era jovem e bonita, fui poupada, mas usada pelos oficiais que me protegeram. Não tive forças para impedir essa agressão. Sentia a presença deles e suas intenções e aquilo me destruía. Não queria me deitar com aqueles homens, mas não tinha o que fazer. Meu corpo sutil foi ficando cada vez mais fragilizado. Minhas dores se tornaram cada vez mais profundas porque não podia confiar em ninguém, me sentia exposta e desprotegida o tempo todo. Não havia trégua ou paz para mim”....

Enquanto narrava essa triste cena para minha cliente que estava deitada ao meu lado podia ouvir sua respiração e seus soluços. Podia sentir também que de alguma forma ela se sentia aliviada com o desabafo da sua alma.
Quando retornamos da sessão de Vidas Passadas, ela estava com o semblante mais leve quando falou:
“É assim que eu me sinto. Vulnerável... Percebo o que as pessoas sentem e parece que os outros também sabem tudo que está no meu coração. Sinto-me exposta e desprotegida”.

“Imagino que você deva ter passado por algumas decepções amorosas, não foi?” Perguntei para ela apenas para confirmar o que estava claro para mim.
“Nossa, sofri demais por amor... Meus pais se separaram quando eu era pequena e, desde então, sempre quis ter alguém que cuidasse de mim. Mas meus relacionamentos sempre foram difíceis. No fim, era eu quem cuidava dos meus namorados e não eles de mim... Fazia tudo para agradar, e me adaptava às vontades deles esquecendo das minhas necessidades o que só me fez infeliz”...

“Quer dizer que você tentava agradar às pessoas à sua volta em busca de carinho e na hora de receber a retribuição do seu amor se sentia triste porque isso não acontecia... Não é?” Perguntei mais uma vez tentando ajudá-la a colocar para fora seus medos.
“Isso mesmo. O tempo todo me doei às pessoas, tentando adivinhar o que faria meu namorado feliz. Então ele sorria, me beijava me amava e depois me esquecia.
Na verdade, continuava comigo, mas cuidava da vida dele. E quanto a mim, o vazio voltava, a dor voltava... Muitas vezes estava numa festa com os amigos dele e me sentia totalmente só. Estava cercada por outras pessoas, mas sentia uma terrível solidão. Não conseguia conversar sobre isso com ninguém porque sempre achei que não seria compreendida”.

“Aí, você imaginava a resposta que receberia das pessoas e acertava”...
“É isso mesmo, parecia que eu sabia de tudo. Sabia que ele diria não a um desejo meu. Sabia o que ele estava planejando para o próximo final de semana. Sabia o que minhas colegas de trabalho estavam pensando e comecei a me defender. Comecei a não falar certas coisas para não ser agredida, porque já sabia as respostas”, disse Claudia, num único suspiro.

“Quer dizer que você virou um autor de novelas?”, disse brincando, para quebrar o clima pesado que estava tomando conta da face da minha jovem cliente.
“O pior de tudo isso é que quando terminei o namoro acreditei que tudo melhoraria, mas não foi o que aconteceu. A vida continuou difícil porque eu não mudei”.

“Você percebe agora que a mudança está em você e não no mundo à sua volta?” Perguntei logo completando com ensinamentos dos Mestres de Luz:
Você é o dono do seu destino. Um filho de Deus perfeito. O Karma é o drama divino que coloca você à frente de lições incompletas que você deixou em vidas passadas. As questões voltam porque hoje você tem melhores condições de enfrentar essas mesmas dificuldades...

Continua na próxima semana...

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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