Pare de pensar pelo outro - Parte 2
Atualizado dia 9/28/2006 7:30:00 PM em Autoconhecimentopor Maria Silvia Orlovas
“Quero ser amada e faço tudo para alcançar o amor. Sempre agrado às pessoas e tento atender suas questões, mesmo antes delas acontecerem. Me dôo por inteira ao outro. Não apenas no meu relacionamento íntimo, mas junto à minha família, com meus amigos e até no meu trabalho. Fico sempre me antecipando aos desejos de quem está à minha volta, mas as coisas continuam dando errado”, disse ela num desabafo.
“Dando errado por que você não recebe o que plantou?”, perguntei para ajudá-la na exposição dos seus sentimentos, pois ao longo desses anos trabalhando em sintonia com os Mestres da Fraternidade Branca aprendi que temos que aceitar o tempo das pessoas; cada um tem uma capacidade especial de entender e ver a vida. Como ensinam os Mestres, cada um tem o seu olhar, a sua forma de ver a vida que foi pautada nesta existência tendo como influência o ambiente em que essa pessoa foi criada e também as referências de Vidas Passadas.
Claudia estava sofrendo porque estava atravessando essas fronteiras, dentro de um desejo febril de ser amada, de conquistar o amor do outro e de ser aceita. Estava agindo completamente ligada ao retorno de sua ação... Como suas ações não estavam claras nem para ela mesma, esse retorno também vinha confuso. Explico melhor: Claudia queria o amor do seu namorado, queria sua aceitação, porém ela estava fazendo coisas para alegrá-lo, mas intimamente contrariando sua vontade. Ela me confidenciou que detestava ficar todos os finais de semana com os amigos dele, mas contrariando seu íntimo, permanecia com eles e fingia ser feliz... Assim, ela mesma colocava no seu relacionamento, uma mentira. Claro que isso não era intencional, nem consciente. No seu entendimento era o preço de manter esse amor. No entanto, ela mesma foi se cansando disso porque na hora dela necessitar de algo, o namorado nem percebia. Na verdade, ela se sentia sozinha por estar ali fisicamente, mas não participava da sua própria vida. O que fazer?
“Claudia, você compreende que precisa se colocar nos relacionamentos, que de nada adianta fazer joguinhos imaginando o que o outro pensa?”, perguntei, finalmente, tentando levá-la a um raciocínio mais claro sobre si mesma.
“Você tem razão, mas muitas vezes me faltou coragem. Acho que não me achava merecedora desta atenção e não confiava que receberia uma resposta positiva para os meus desejos...”, disse ela, atenta à minha resposta.
“Minha querida...”, disse eu, tentando amenizar o que iria falar a seguir. “Nem sempre as pessoas farão aquilo que desejamos, mas não podemos dar as respostas por elas. Precisamos respeitar os outros em suas colocações. Cada um de nós é livre. Mas lembre-se de que você também é livre.”
“Mas me sinto tão fraca, não consigo me colocar, sempre acho que as pessoas vão me agredir. E cada dia mais me fecho no meu mundo...”
“Vou sugerir uma meditação que poderá ajudá-la a se sentir mais amada e aceita, pois nossa mente precisa ser tratada junto com a parte espiritual. Como você já sabe, em Vidas Passadas você viveu uma situação de aprisionamento. Isso foi real no passado e impressionou seu inconsciente, mas hoje você não está mais presa. Hoje você é uma pessoa normal, livre e com saúde. Assim vamos lidar com sua mente. OK?”
“Estou disposta, mas não sei se acredito que vou melhorar... já tentei de tudo”, disse ela olhando para mim.
“Quero explicar mais uma coisa: precisamos investir na nossa cura. Ainda que você já tenha feito várias tentativas, conversado com pessoas, lido livros interessantes, o importante é colocar isso tudo que você aprendeu em prática. Por isso sempre oriento as pessoas a participarem de cursos, grupos de meditação, reuniões espirituais, porque a convivência com aqueles que estão procurando um caminho espiritual ajuda a mudar a vibração. Lembre-se que somos corpo, mente e espírito. Dessa forma, o trabalho de cura deve integrar todos os níveis do seu ser.”
Essa meditação que ensinei para a Claudia pode ser praticada também por você durante 21 dias. Quando a questão é amor, os Mestres ensinam que precisamos sentir esse amor dentro de nós, sentir que nos amamos e nos aceitamos ainda que saibamos que somos imperfeitos. Isso é fundamental para receber o amor do outro. Por isso propus à Claudia uma meditação de limpeza e ancoragem do anjo da guarda. Sugeri banhos de ervas para ajudar na limpeza do corpo sutil:
“Imagine que seu anjo da guarda está à sua frente. Ele coloca as mãos em sua cabeça e tudo se ilumina, seu corpo vai se iluminando e essa luz vai limpando as dores, mágoas e trazendo harmonia e amor à sua vida. Quando você está inteiro, iluminado, este anjo conduz você a um lindo jardim. Com esta sensação de amor e aceitação você abre os olhos”.
Se você gostou desse texto e deseja aprender a lidar com suas emoções e sentimentos, conhecer mais a si mesmo e seu poder pessoal, venha participar do Grupo de Meditação da Maria Silvia Orlovas.
Parte 1
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 251
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores. Me acompanhe no Twitter e Visite meu blog E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
