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Por que o amor assusta?

Atualizado dia 3/30/2006 6:03:00 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Numa semana muito quente de janeiro recebi, no meu espaço, uma seqüência de mulheres desejosas de viver um grande amor. Cada uma à sua maneira estava sofrendo e esta sintonia me fez refletir muito sobre nossos sentimentos. Sim, porque nós, mulheres, definitivamente pensamos diferente dos homens. Nem melhor nem pior, mas diferente.

Trabalhando há anos como terapeuta e conselheira posso constatar isso diariamente em meus atendimentos e grupos; e quando há uns dez anos começou aparecer, no meio holístico, a tendência de reverenciar novamente as deusas, muita coisa clareou em minha mente. Percebi que somos muito influenciadas por esses importantes arquétipos que a psicologia nunca deixou de lado. Se não somos exatamente como as deusas, trazemos em nossas características muito de sua atuação.

Você que está lendo pode estar pensando: “Mas por que ela está falando das deusas e do amor? Qual a sintonia?” Pois bem, meu querido amigo leitor, posso afirmar que quando falamos de deusas estamos também falando de amor, de relacionamentos, de comportamentos que assumimos frente ao objeto do nosso querer. Nesta semana de janeiro parece que essas personagens foram escolhidas para me mostrar algumas coisas importantes que, neste artigo, quero compartilhar com você.

Primeiro surgiu Lúcia (usarei nomes fictícios), uma executiva bem sucedida que veio procurar Vidas Passadas talvez até por um certo receio de enfrentar os problemas atuais. Numa existência anterior essa moça forte tinha sido uma guerreira que, na ausência do marido e dos homens de sua aldeia, assumia todos os compromissos, o que a levou a liderar o seu grupo. Porém, tanta energia e luta desgastaram seu lado mais romântico e ela perdeu completamente o interesse pelo marido. Quando estava perto dele se sentia sem vontade de compartilhar qualquer coisa com ele. Assim, ela foi levando sua vida. Hoje estava enfrentando um problema semelhante, trabalhando fora, mãe de duas filhas, não sentia mais interesse por seu parceiro, porém ainda restava amor. O que fazer, então, com esse sentimento que queremos que tempere nosso encontro físico?

Sim, porque nós, mulheres, queremos o sexo com amor, com encanto, como a deusa Afrodite promete, sem, no entanto, estarmos seguras quanto à liberdade ensinada por esse arquétipo que ilustra a maioria das revistas femininas. Queremos o romance, o prazer de Afrodite, mas não estamos prontas para, no dia seguinte, virar as costas e esquecer as mãos que nos tocaram, os lábios que suspiraram em nossos ouvidos. Queremos viver, trabalhar, ganhar a vida, guerrear por nossos objetivos e continuar no romance. E ai de quem nos pondere dizendo que isso não é lá muito fácil. Isso nem queremos ouvir.

Lúcia sofria pela ausência de Afrodite em sua vida, consolada por Deméter e associada a Durga (guerreira que cavalga um tigre), estava lutando por sua sobrevivência, amando e protegendo os filhos, mas não sabendo mais como ser sedutora. Conversamos muito e quando perguntei se ela tinha tempo para namorar ela me confidenciou que ficava difícil tendo que cuidar de suas duas meninas...

Expliquei que para amar precisamos de tempo... Não qualquer tempo, mas um tempo que tornamos especial. E por que não usar velas, incensos e uma roupa nova? Para preservarmos o amor precisamos cultivá-lo. Tratá-lo como algo importante.

Em seguida, na sintonia das deusas apareceu Angela, jovem muito inteligente que alcançou muito cedo uma condição profissional invejável. Veja que mais uma vez a deusa guerreira estava ali presente. Porém, essa moça estava à minha procura porque nada dava certo no amor e ela queria entender se havia algo em vidas passadas. Expliquei que, é claro, devia existir um entrave, mas que era igualmente importante entender o que acontecia hoje em sua vida e observar como ela se comportava. Apareceu, sim, uma existência onde foi mostrada sua luta, seu desejo de autosuperação, sua determinação, fatores fortes na sua personalidade. Mas não apareceu a paciência, a tolerância e o acolhimento que são tão necessários para um bom relacionamento. Ela, com sua forma objetiva, assustava os homens e, talvez, por seu ambiente tão competitivo não sabia a hora correta de se calar e o momento de se colocar; assim, aceitava coisas que não devia aceitar e falava coisas que ofendiam o seu parceiro.

Expliquei que era preciso ter mais paciência e sabedoria para tolerar algumas coisas que a irritavam, mas que também era preciso dosar os limites. Quando ela me perguntou por que os homens tinham medo do amor, fiquei pensando qual seria a resposta correta...

Quando Fátima apareceu logo em seguida com um problema semelhante, agora em sintonia com a deusa Atenas (senhora da inteligência, justiça e sabedoria), pude entender um pouco melhor aquilo que hoje compartilho com você. Fátima era uma moça delicada e exigente; isso transparecia até na sua aparência. O corte de cabelo correto, a roupa impecável, os sapatos novos... Fátima, porém, era doce no jeito de falar - o que traía um pouco a sua objetividade - e foi logo explicando que seu problema era o amor, por que no trabalho tudo corria bem. Na primeira existência que apareceu ela era uma nobre falida que foi casada num acerto financeiro, como era comum na época. Mas ela acabou apaixonada pelo marido que no começo a tratava bem e depois passou a desprezá-la. Com o passar do tempo sua auto-estima foi destruída e essa moça, antes otimista frente à vida, se sentia muito infeliz. Na existência que veio a seguir ela aparecia como uma diretora de um convento, cuidando das freiras e das crianças da escola que ali também existia. A imagem doce desapareceu e deu lugar a uma mulher autoritária e exigente que não aceitava falhas.

No final da sessão expliquei que essas duas energias conduziam a sua vida e que, de fato, ficava difícil encontrar um espaço para o amor, já que ela exigia demais das pessoas. A princípio ela não concordou porque no seu último relacionamento aceitara muita coisa do seu parceiro que agiu como o então marido: no começo flores e amores e no final só ausência. Porém, quando conversamos, ela entendeu que essa exigência estava trazendo para si mesma, tentando acertar em tudo até pelo outro. E com isso não dava espaço à fluidez, não se sentia suficientemente auto-confiante para acreditar na sua luz e, assim, não seduzia ninguém.

Falamos muito em poder pessoal e em equilíbrio porque, como ensinam as deusas, precisamos realçar em nós aquilo de bom que temos no coração. Amor exige muita coragem, não é?

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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