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POR UMA VIDA PERFEITA

Atualizado dia 4/28/2008 9:45:22 PM em Autoconhecimento
por Lucya Vervloet


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Muito falamos sobre o ego em nossas rodas de estudos filosóficos, psicanalíticos e espirituais. No entanto, a ilusão da forma está mais arraigada em nosso ser do que possamos imaginar.

Tudo o que pensamos que somos não passam de crenças, idéias, experiências e comportamentos adquiridos ao longo de nossa existência. Sem falar no arsenal de informações que trazemos de nossos ancestrais e de vidas passadas, para quem acredita.

Quando ainda no ventre de nossas mães já estamos recebendo várias programações em todos os níveis. Além de sentirmos tudo o que ela sente, somos ainda bombardeados dia e noite por perspectivas, desejos, anseios e frustrações dos pais e familiares.

Quando nascemos, mal saindo do aconchego e do calor do útero e da mansidão do líquido amniótico, o céu nos presenteia com nosso registro astral, fotografando nossa frágil cabecinha que desponta para o mundo e “selando” nosso destino.

Na infância, parecemos os desajeitados da família. Todos tentam nos manipular e nos fazer pensar que nada sabemos! Caso nos deixassem mais livres, talvez a verdadeira inteligência, ainda tão perto de nós pudesse manifestar-se mais prontamente.
É de conhecimento no Oriente que crianças criadas por avós podem tornar-se mais saudáveis, relaxadas e criativas. E é bastante natural que seja assim. Sendo elas menos oprimidas com os tantos “nãos” que temos de engolir! Bom, também existe o reverso da moeda, como saber se a “receita” vai dar certo? São tantas as variáveis!

Na adolescência, pela natural insegurança devida às várias mudanças que ocorrem em todos os níveis, sejam hormonais, psicológicos, emocionais e econômicos, criamos a necessidade de sermos aceitos por algum grupo. Isto nos alivia, temporariamente, do medo do isolamento, do contato conosco e com o turbilhão de transformações internas que nos assolam de uma hora para outra. Por não termos a necessária maturidade para tal confronto, mais uma vez nos deixamos guiar pelo contexto de regras externas.

Daí, entramos no competitivo mercado de trabalho e as máscaras continuam... Contactamos desta vez mais fortemente com uma mistura de falsidade, interesses e ainda mais manipulação. Não quero dizer com isso que não tenhamos bons e verdadeiros amigos nos vários locais por onde passamos, da mais tenra idade até a velhice. O que quero dizer é que poucas são as pessoas que vivem sua identidade própria, única e alicerçada na essência da Inteligência Original.

Não é novidade alguma falar que somente com a desidentificação com tudo o que nos tornamos até o momento, firmados na consciência de que sou o “EU SOU”, que poderemos vislumbrar uma vida realmente perfeita. Para isso estamos neste processo evolutivo que a cada momento vem nos inspirar para as mudanças de atitude diante da vida, dos seres e do planeta. Estamos, enfim, alcançando a vibração com o “centésimo macaco, ou seja o instante mágico em que a humanidade perceberá sua situação de multidimensionalidade. Mas, isto é assunto para um próximo artigo.

Há muito tenho pensado em abandonar “o barco”. Na realidade, não tenho muito mesmo o que abandonar. O abandono já fez parte de meu caminho desde a primeira respiração, quando minha doce mãe também provava do amargo sabor desta condição.

O abandono, as perdas, as tristezas e depressões são excelentes oportunidades de crescimento espiritual e iluminação da mente. O trágico, a meu ver é que nem sempre conseguimos fazer o uso adequado de tais situações que a vida nos apresenta. Ficamos sempre meio que perdidos, sem “chão” ou desesperados para encontrar de imediato algo que substitua o que perdemos. Quando não querem nos entupir de antidepressivos, calmantes ou qualquer outra coisa que possa mascarar a nossa dor. Não fomos educados para suportar passivamente o que nos acontece e buscar a partir daí sabedoria e compreensão. O mundo não pára e a alma precisa de tempo para assimilar tudo isso!

O grande vazio existencial da humanidade, como é sabido há milênios, só poderá ser preenchido em todo seu esplendor pelo sagrado em nós. Temos a possibilidade de partir do ponto zero, de onde tudo começou, de onde brota toda a criatividade, paz e amor que tanto e por tanto tempo buscamos aqui fora.

Dizem que este momento está chegando agora mais que em qualquer outra época. Apesar de termos experienciado todo nosso poder nos “mitos” de Atlântida e Lemúria, só posso basear-me, no que tenho neste infinito agora. Portanto, percebo que consegui lembrar-me do “espírito da coisa”. Ainda que de uma forma acanhada, meio que sem jeito e com alguma desconfiança. Ou seja, sinto que me foi dada a permissão, só falta acreditar e “esperar em Deus”.

Acho que vai ser divertido prosseguir com o “jogo”. A cada investida do ego, estarei atenta a desarmá-lo, treinando a fé e procurando ver a mão da divindade em todos os eventos. Sei que vou precisar de muita calma, de muita calma nessa hora...

Na verdade, o que temos a perder? Viemos ao mundo sem nada mesmo... E de repente, somos massacrados por obrigações e responsabilidades sem fim! Exigências e expectativas de um contexto fictício, onde a maioria dos seres não possui a mínima idéia de quem realmente sejam. Onde ainda o que prevalece é o ter em detrimento do ser. Onde a hipnose coletiva fica a cada dia mais em evidência.

Cheguei à conclusão de que só quero voltar a nadar nas águas profundas e tranqüilas de meu ser original. Alicerçada no que há de mais nobre e perfeito em mim. Tenho urgência de uma vida mais inteligente há décadas, acho que sempre foi esta a minha busca. Só que procurava fora, insucesso, lógico. Ponto zero, recomeço, vastidão, potencial ilimitado... Felicidade duradoura!

Salmo 130

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Lucya Vervloet   
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras.
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