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Postulados da Teoria Mecanicista

Atualizado dia 11/25/2007 10:07:47 PM em Autoconhecimento
por Marcos Spagnuolo Souza


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O arquétipo mecanicista ou cientificista predominou no Ocidente por quatro séculos elaborando um ser humano cujo valor supremo está centrado no realismo e objetividade. A concepção de verdade para os seres humanos passou a ser centralizada no que fosse captado pelos sentidos ou aparelhagens de observação e medição. Os representantes do sentido cientificista ou visão newtoniana/cartesiana (Descartes, Galileu, Newton, Locke e Adam Smith) elaboraram os seguintes paradigmas responsáveis pela era da objetividade que apresentou seu ponto culminante entre os séculos XVII e XX.

Todos os fenômenos são formados por matéria; matéria está na base de tudo o que existe; as partículas elementares formam átomos, átomos formam moléculas, moléculas formam células, inclusive os neurônios, os quais formam o cérebro e o cérebro forma a consciência; o cérebro é apontado como sendo o sistema principal cujos fenômenos cerebrais são responsáveis pela percepção dos cinco sentidos humanos; predomina a previsibilidade e o determinismo; a matéria é considerada sólida e primordial; o mundo é composto de partes independentes que atuam em conjunto; tempo e espaço são absolutos e o espaço é tridimensional; o tempo é independente do mundo material e esse mundo pode ser descrito sem referência ao observador humano; a natureza evolui gradualmente e não em saltos; nada se propaga mais rápido do que a luz, nenhum sinal, nenhuma comunicação, nenhuma influência, nada pode se locomover de um lugar para outro mais rápido do que a luz; o universo sendo como uma gigantesca máquina, funcionando automaticamente; o objetivo da ciência é descobrir todas as regras que governavam essa máquina e assim reconstruir precisamente todas as coisas e predizer tudo o que aconteceria no futuro; tudo o que pensamos, sentimos e conhecemos é estruturado por informações colhidas com o auxílio de nossos órgãos sensoriais; os objetos do mundo físico têm uma existência por si mesma, independente de atos de consciência, isto é, a natureza existe em si mesma, sem conexão com a presença da consciência; todos os fenômenos mentais podem ser explicados como sendo fenômeno secundário da matéria e a consciência constitui simplesmente uma propriedade do cérebro.

Fundamentado na teoria mecanicista Thompson salienta que sua tese é que nada mais existe quanto à consciência do que atividade neural e suas expressões externas no comportamento. A consciência emerge do cérebro e atua de volta sobre este. O senso comum em neurociência, hoje, é na verdade que a consciência, o que quer que ela possa ser, é uma propriedade emergente da atividade do cérebro.

Compartilhando do cientificismo mecanicista o pesquisador Baars comenta que não há um comando centralizado que determine aos neurônios o que fazer. Do mesmo modo que cada célula do corpo é controlada por seu próprio código molecular, as redes adaptativas do cérebro são controladas por suas próprias finalidades e contextos. Para organizar essa vasta e distribuída área, há uma rede de trilhas neurais que trabalha junto para apresentar os eventos conscientes.

Baars salienta que "atualmente, os melhores candidatos para o conjunto de experiência do consciente talvez sejam as áreas da projeção sensorial do córtex, onde as grandes radiações neurais provenientes dos olhos, dos ouvidos e do corpo atingem primeiro a superfície do cérebro. Umas poucas estruturas pequenas das ramificações centrais e do cérebro médio são essenciais à consciência, mas grandes quantidades de tecido em outras partes do cérebro podem ser pedidas sem causar perda da experiência consciente. Os conteúdos da consciência parecem estar disseminados globalmente por uma enorme gama de redes por todo o cérebro, os quais são inconscientes, mas mostram conseqüências conscientes observáveis no seu fluxo". (BAARS, 2004, pg. 40)

A perspectiva mecanicista impôs seus critérios sobre o que é aceitável ou inaceitável e qualquer afastamento significativo da realidade objetiva deveria ser rejeitada como produto de uma imaginação ou desordem mental.

Texto revisado por Cris

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