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Prisioneiros no Infinito

Atualizado dia 7/10/2015 4:07:29 PM em Autoconhecimento
por Milton Roza Júnior


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Neste terceiro livro, Milton escreve dando ênfase à sutileza poética. Enobrecendo suas palavras direcionadas a um fluxo sem destino e sem limites chamado Infinito. O Infinito do aqui e do agora, o Infinito do passado e o Infinito de nossas escolhas. Escolhas estas que determinam o nosso futuro. O futuro do Ser e do Estar em Harmonia.

Sinopse: Charles e Eva vivem numa atmosfera de amor, entendimento e muita paz. Personagens de um livro que homenageia os primeiros seres humanos que habitaram o planeta Terra. Eram poucos a caminhar, no entanto, o pouco já bastava, pois existia leveza e beleza. Eles eram servidores da União Divina. A gravidade aprisionava seus corpos, mas não a alma, pois estas duas almas estavam bem próximo do Tudo e do Nada, ou no caminho do meio denominado: O Infinito.

Confira a seguir uma pequena amostra do primeiro capítulo do livro "Prisioneiros no Infinito"

Cap. 1 - INSPIRAÇÃO

Mês de Maio. Talvez um mês em que se inicia uma vida, talvez uma reconciliação de casais ou início de um namoro, um novo trabalho ou seria apenas o mês que esperamos para transformarmos nossa vida para melhor, sempre do insano para o equilibrado, escolhendo rumos diferentes, pessoas diferentes com mais equidade de pensamentos, emoções e ações para se conviver. O mês de maio talvez seja um bom mês para se começar a escrever, falar, expressar-se a qualquer custo para que deixemos de ser invisíveis a olho nu e façamos parte da humanidade. Um mês para nascer ou para morrer, talvez despertar.

Ser do mundo, no século XXI, sempre foi uma escolha difícil, pois acredito que tudo faz parte de uma escolha de rotas a percorrer e portas a abrir, acredito também que esta escolha seria ao nascermos, bem possível que fosse antes da primeira inspiração e após a última expiração. Respiramos antes de começarmos a escolher as cores de nossa casa, colocar a cortina certa, se utilizar do feng shui ou apenas de nossa intuição, para que a harmonia reine enquanto uma família se inicia. A vida nada mais é do que um ato de se respirar. Primeiro, com os olhos fechados, enche-se o peito de ar colocando a personalidade introvertida, num modo que só nós podemos nos ver e sentir e, após este ato de encontrar vida dentro de si mesmo, deixa-se escapar todo o ar em todos os espaços e tempos para que, enfim, possamos espalhar vida e o mundo nos note como um autêntico Ser Humano. Um Ser Humano completo que já encontrou o que estava procurando.

Um ar vicioso de um velho homem é transformado no mais puro oxigênio para uma criança recém-nascida. Um golfinho salva um salva-vidas. Um macaco faz uma careta para uma criança rir. Uma flor se abre rapidamente através de uma câmera de última geração. O tempo se acelera, mas a nossa respiração continua a mesma. A rotação da Terra também se acelera, mas nós continuamos vivendo o presente, pois o momento do agora, entre uma inspiração e uma expiração é o verdadeiro momento. É a pausa que precisamos para reavaliar nossa caminhada.

Andar para direita, esquerda ou seguir o caminho do meio?

Na verdade, não importa o caminho a tomar, o que importa é a experiência. Ser paciente para escolher a chave certa e curioso o bastante para abrir a porta e ver o que está por trás.

Meu nome era Charles e de minha esposa era Eva. Eva era vinte anos mais nova do que eu, ambos nascemos em maio e tínhamos muita coisa em comum.

Nossa comunicação era expressiva, entretanto tínhamos gostos diferentes, pois ela gostava de falar e eu de escrever. Eu tornava sua vida mais poética sempre a presenteando com lindas poesias. Ela era minha inspiração, ela para mim era o início de tudo, era o início da respiração do Universo e também seria meu último suspiro.

Eu ficava um pouco preocupado por ela querer me deixar, sabia que ela me amava, mas mesmo assim eu me sentia meio que inseguro. E, para manter a paixão, sempre a fazia rir com minhas piadas sem pé ou cabeça e terminava o dia lhe fazendo poemas ou contando histórias das minhas loucuras de juventude. Achava até que eu preenchia muito seu tempo, mas, de qualquer forma, ela era o ar que entrava em meus pulmões. Ela me preenchia de uma outra forma, preenchia-me de energia vital. Ela era o início e o fim. O tudo e o nada. Seu nome já dizia tudo. Com o nome Eva era para me oferecer a maçã avernal, porém, aprisionou-me numa cela emprestando as batidas de seu coração para eu investigar sua atração por mim em nosso primeiro encontro. E assim seu espaço se tornou o meu espaço. Tivemos um bebê que infelizmente morreu antes de nascer ainda em seu ventre. Foi um momento difícil, ficamos prisioneiros desta situação durante muito tempo sem saber que a cela sempre esteve aberta para experienciarmos outras tentativas. Ficamos nessa cela com a crença que éramos vítimas dessa situação durante dois longos anos. As nossas crenças nos prendiam ao passado, pois sempre que lembramos do passado, relembramos de coisas boas e ruins.

Isto nos limitava muito em todos os fatores de nossa vida, principalmente em nossas decisões, afetando nosso livre arbítrio, não nos aprofundávamos em nada, pois parecia que já estávamos no fundo, porém, não houve vítimas nesse naufrágio, pois só existiam sobreviventes. O bebê teve sua escolha de não estar nesse mundo, pois é a alma que comanda e não o corpo. Na verdade, somos energia antes de ter a ilusão da matéria. E sua alma resolveu não despertar para a sua missão. Se é que sua verdadeira missão não era de se separar mas sim de aproximar mais Eva a mim. Explicação para isso só o Infinito poderia dar. Passado o choque inicial, tentei demonstrar meu apoio e amor fazendo uma de minhas poesias. Tinha que ser algo que a motivasse a permanecer mais no nosso presente. E assim comecei a escrever...

INSPIRAÇÃO

Eu te dou o Universo, pois a galáxia já me destes;
Eu te dou a Lua, pois com seu Sol já me iluminastes;
Eu te dou a Terra, pois com suas lágrimas já me banhastes;
Eu te dou minha mente, pois em algum espaço de seu coração me acolhestes;
Eu te dou minha inspiração, pois só com o seu respirar já me alegrastes;
Eu te dou minha vida, pois em outro espaço e tempo sua alma já me destes;
Eu te dou todo o tempo do mundo e espero o que precisar, me suprimindo em seus testes;

Para que no dia quando eu for, você se depare com uma flor e lembre de uma cor,
Pode ser a sua preferida, talvez o amarelo de uma margarida
E tire de sua lembrança um infeliz dia que com um verbo errado,
Não completei a sintaxe de uma simples frase que há eras esperastes que eu falasse.

Mas talvez tudo isso seja o caráter do silêncio a sua verdadeira palavra.

Talvez isto tudo seja uma ilusão,
Coisa de um sonâmbulo sem expressão,
Que na escuridão fica esperando que a noite estrelada acabe e se inicie num novo dia,
Um dia com acúmulo de nuvens, apenas um sonho do éden que se acaba.
https://goo.gl/Of9ett

https://goo.gl/SyEOf5

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Conteúdo desenvolvido por: Milton Roza Júnior   
O autor Milton Roza Júnior, lançou seu livro "A Semente" na bienal do Rio de Janeiro (estande M33/pavilhão VERDE). Uma conquista feita por trabalho, empenho e talento. O escritor só tem a agradecer e nada a pedir. NAMASTÊ.
E-mail: semendereç[email protected] | Mais artigos.

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