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Qual o seu tipo de Deus?

Atualizado dia 7/9/2008 8:02:34 PM em Autoconhecimento
por Victor Sergio de Paula


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Uma das perguntas que o ser humano tem feito desde as mais remotas eras, até os nossos dias atuais, é sem dúvida sobre a existência e a natureza de Deus.
O homem pensou em Deus, desde a Pré-História, passando pelas civilizações babilônica, egípcia, chinesa, celta, grega, romana, até o advento do Cristianismo, de muitas formas. Ora como um deus zoomórfico (com a forma de animais), ora como um deus antropomórfico (com a forma, virtudes e defeitos dos homens).
A vinda de Jesus à Terra refinou a concepção de Deus, retirando-lhe o ranço da visão judaica (trazida por Moisés, Deus-juiz), oferecendo ao homem a noção de um Ser universal, pleno de amor e perfeição, bondade e justiça.
Ainda hoje, grande parte da humanidade ainda concebe a Deus, como uma entidade, que “premia aos bons e castiga aos maus”, o que é absolutamente desprovido de qualquer verdade.
Allan Kardec, codificador da doutrina espírita, questiona os espíritos na 1ª pergunta do Livro dos Espíritos: - O que é Deus? Obtendo a seguinte resposta: - Deus é a inteligência suprema do Universo, a causa primária de todas as coisas (grifo nosso).
Na extraordinária definição dada acima, compreendemos que Deus está além da nossa visão estreita, e que apenas podemos alcançar algumas nuances da sua existência. Prosseguindo na leitura do Livro dos Espíritos, observamos que os espíritos falam dos atributos (qualidades) de Deus: infinito, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.
Por sua vez, a ciência estabeleceu um verdadeiro “cisma” com relação à religião, que fala sobre a existência de Deus, simplesmente negando a possibilidade de uma divindade, que seria a criadora e mantenedora de todo o Universo, e o conjunto de seres que nele habitam. O que não se prova em laboratório, – diz a ciência – não existe!
A questão sobre a existência de uma divindade, entretanto, tem intrigado muitos homens de ciência, independentemente de sua origem racial, pois até mesmo o renomado Albert Einstein – ele era judeu -, refletia sobre o problema. Um cientista, que em tese seria ateu, ele acreditava numa força, que estava além da nossa compreensão.
Num diálogo que Einstein manteve com o diplomata e mecenas alemão Harry Kessler (1868-1937) este lhe diz – “Professor, ouvi dizer que o senhor é profundamente religioso, que acredita em Deus“. Impassível, ele respondeu: - “Sim, você pode dizer isso. Tente penetrar, com os nossos meios limitados, os segredos da natureza. Você vai descobrir que, por trás de todas as concatenações discerníveis, há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião. Até certo ponto, de fato, eu sou religioso“.
A concepção einsteneana de Deus é muito interessante, pois retira da divindade seu aspecto antropomórfico, “humano”, mesquinho, limitado. Ele afirmou, em uma de suas memoráveis frases: “Eu não posso conceber um Deus pessoal que influencia diretamente as ações do indivíduo ou julgue as criaturas que ele mesmo criou“ (grifo nosso).
A seguir expomos a forma como algumas correntes religiosas e filosóficas, definem Deus:
1. TEÍSMO: existe um Deus único e pessoal, onipotente e onisciente que criou o Universo e continua a agir sobre ele para manter sua criação dentro do caminho que traçou;
2. DEÍSMO: existe um Deus que criou o Universo, mas não é pessoal e não interfere no Universo. Não está associado às idéias de pecado e redenção, providência, perdão ou graça;
3. PANTEÍSMO: Deus e a natureza são uma coisa só. A natureza tem uma essência divina. Cada coisa ou ser é parte de Deus e a soma de tudo é exatamente Ele;
4. PANENTEÍSMO: o Universo e Deus tem a mesma essência, mas não são do mesmo tamanho ou forma. Deus contém todo o Universo, e o transcende;
5. AGNOSTICISMO: não se sabe se há um Deus, e caso exista, como Ele é. Em geral, não se discute a possibilidade da existência de vários deuses. Não se dá importância ao assunto;
6. ATEÍSMO: não existe qualquer força sobrenatural, consciente ou inconsciente. O conhecimento adquirido por meio da ciência pode, pelo menos em tese, explicar todos os fenômenos materiais.
Partindo das definições acima expostas, cada um de nós poderá chegar a uma conclusão muito pessoal sobre a existência de Deus. Acredito que a concepção DEÍSTA sobre Deus, engloba vários elementos essenciais para vermos a divindade, além de nossas limitações humanas.
Poderia um Ser Perfeito criar algo, que não fosse perfeito – como é o Universo -, precisando interferir constantemente em sua obra, para corrigir imperfeições?
Esse Ser Perfeito – como se concebe Deus -, necessitaria intervir no livre-arbítrio das suas criaturas, punindo ou recompensando, decretando o que seria “pecado” e “virtude”?
Esse Ser Perfeito teria as paixões humanas como atributo, distribuindo “perdão”, “redenção”?
Enquanto ciência e religião continuam seus debates, confrontações sobre o existir ou não de Deus, melhor deixemos essas lutas ideológicas a quem de direito, e façamos nosso juízo sobre a questão.
O que podemos afirmar – na minha visão -, é que Deus interage com a criação por meio de leis cósmicas, às quais todos nos encontramos vinculados, sem qualquer noção judaico-cristã de pecado, punição ou redenção. A lei de causa e efeito é um exemplo desse funcionamento harmônico do Cosmo.
Meditar a respeito de Deus, ampliando em nosso espírito sua presença como a imagem de uma Consciência Cósmica Criadora, fonte inesgotável de amor, que promove, através de mecanismos insondáveis – em nosso atual nível de consciência - a evolução interminável de todos os seus filhos, em todos os mundos do Universo, é uma maneira dinâmica e moderna de concebê-lo.
Qual o seu tipo de Deus?

Texto revisado por: Cris

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