Quem é a criança dos 0 aos 7 anos? Primeiro Setênio - Rudolf Steiner.(1/2)

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Autor Marcia akahoshi

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/13/2012 7:23:56 PM


1º. SETÊNIO – DO ZERO AOS SETE ANOS.
Neste período a criança aprende o “bom da vida” através da imitação e precisa de afeto, cuidado e aconchego de uma família para perceber o prazer de viver.
Os brinquedos e brincadeiras devem ser instrumentos para um aprendizado da vida com muita liberdade e entusiasmo. Então temos a vontade sendo trabalhada, estimulada e percebida através dos “olhinhos brilhando”.
No primeiro ano o bebê aprende a andar, no segundo a falar e no terceiro a pensar. Então a criança saudável nesta idade já terá a tranqüilidade de brincar sozinha e também o entusiasmo de interagir em um grupo de amiguinhos. Para uma educação correta é necessário buscar respostas para algumas perguntas.

1.a.)Como desenvolver um olhar para ela de que existe um potencial infinito a ser desenvolvido?
Semelhante a uma semente onde existe a riqueza da diversidade e o divino do desabrochar humano, este olhar deve conter respeito, admiração e muita responsabilidade em transformá-la em uma árvore frondosa e que no futuro possa servir a humanidade.
Neste período a criança aprende por imitação e sua capacidade mental de entender através das explicações é muito restrita.
É importante dar um apoio incondicional a esta criança onde ela sinta que sempre terá alguém em quem poderá confiar e contar nas dificuldades da vida. Isto não significa não dar limites, mas sim estar presente nas alegrias e tristezas compartilhando momentos bons e de superação, enfim ser amigo.
Valorizar e priorizar a importância dos relacionamentos familiares em mais quantidades de horas e qualidade na dedicação e convivência entre os seus integrantes.
A rotina diária transforma os relacionamentos familiares em julgamentos, condenações e veredictos e esquece-se de ouvir o outro lado, geralmente a criança.
É importante entender a diferença entre gastar o tempo em se preocupar com o que os outros falam e o que se passa dentro de cada criança.
Também precisamos desenvolver os talentos de cada um praticando o reconhecimento, o aconchego das idéias e o perdão.

1.b.) Como ensinar a capacidade de fantasiar, imaginar e criar imagens através do desenrolar das tramas de estórias?
Quando uma criança pequena vivenciou ouvir estórias narradas pelos pais na hora de dormir, provavelmente ela terá esta competência. Então quando o professor estiver explicando uma matéria, esta criança estará criando cenas e imagens em sua mente e memorizar o conteúdo será muito mais fácil. Desta forma esta matéria será entendida em sua essência e não decorada.
Caso a criança não tenha adquirido esta capacidade no primeiro setênio, poderá aprender através do hábito da leitura, mas é uma competência necessária para um futuro próspero.

1.c.) Porque as vivências “na natureza” servem como base no aprendizado da vida?
A criança que recebe um ovo frito na mesa e simplesmente come mecanicamente sem saber a origem e o processo que passou para chegar até a sua boca, percebe a vida de uma forma muito parcial e “viver”torna-se um processo mecânico e sem graça. É necessário que a criança vivencie uma galinha botando um ovo, a compra da caixinha de ovos no supermercado, ver os pais fritando o ovo no fogão e depois a louça sendo lavada na pia.
Quando isto não acontece e os pais decidem por ela, entender a vida para a criança será muito difícil. E quando ela estiver longe dos pais, outros decidirão por ela.
É muito importante que nesta idade os pais narrem de uma forma lúdica e verdadeira tudo o que acontece ao seu redor, com princípio, meio e fim. Desta forma ela construirá uma personalidade forte e íntegra, sua vontade de atuar no mundo será estimulada e esta criança nunca terá tédio.
O mundo atual valoriza muito o conforto proporcionado pela tecnologia e esquece a simplicidade das vivências na natureza. Então a criança cresce sem andar descalço pisando a terra em terrenos irregulares, não sobe em uma árvore, não tem contato com diferentes formas, cores, texturas, tamanhos de folhas, flores e frutos. Segundo Rudolf Steiner criador da antroposofia, temos 12 sentidos para perceber o mundo e seremos mais felizes, equilibrados e competentes quanto mais desenvolvermos estas percepções. Vivências “na natureza” durante o período infantil trabalhará estes sentidos.

1.d.) Porque o Brincar é coisa séria?
O brinquedo é um instrumento para praticar o “BRINCAR” que é um ato muito importante para o desenvolvimento anímico de uma criança. Esta atividade é uma coisa muito séria e é feita com total dedicação e diferente do trabalho para o adulto que é dirigido de fora para o indivíduo, o brincar brota de dentro através da vontade da criança.
No brincar a criança interage com os elementos da natureza: terra, água, ar e fogo.
É muito importante a criança vivenciar atividades como empinar pipas, soltar bolinhas de sabão ao vento, fazer uma horta, acender uma fogueira, contemplar o crepitar do fogo de um fogão de lenha, um barquinho de papel levado pela correnteza da água da chuva e um banho de cachoeira.

O brincar é uma manifestação muito profunda que conduz ao fazer e
através dele o homem inicia sua manifestação da essência humana.

Através desta atividade a criança aviva suas fantasias e a imaginação desenvolvendo a inteligência.
Os brinquedos industrializados totalmente prontos impedem que a criança tenha liberdade de imaginar, criar, projetar e completar.
No conceito da Pedagogia Waldorf (criado por Rudolf Steiner) os bonecos(as) são feitos de lã de carneiro, algodão e tem uma postura ereta e as partes do corpo proporcionais a de um homem e entende-se que elas sejam semelhantes à criança.
Objetiva-se com os bonecos(as) o estímulo da imaginação porque com o material natural com que é feita de forma artesanal, temos diferentes texturas, cores e formas.
A criança acolhe a boneca em seus braços e rapidamente a temperatura do seu corpo passará para a boneca criando uma interação entre as duas de muito carinho.
As feições da boneca são pouco definidas para que as emoções da criança possam ser compartilhadas com a boneca criando um vínculo muito amoroso entre as duas.
Através dela a criança aprende a se conhecer através do “espelhamento”, exercita a sociabilidade e aprende a cuidar do outro ser humano.
Continua ...

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