Quem está decidindo a sua vida? Você ou a sua criança?




Autor Andrea Pavlo
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/21/2025 1:37:31 PM
Hoje, eu reestruturei essa opinião. Não é que eu pudesse voltar, mas entendo que o arrependimento é outra coisa. O arrependimento serve para você analisar o porquê daquilo ter dado errado. Porque eu, aos 21 anos, fiz a assinatura de 4 revisas que eu nem usava, e acabei com o mísero limite do meu cartão? Detalhe, fiz isso depois de ouvir algumas poucas palavras de um desses vendedores de assinaturas do metrô.
Por que caímos em golpes, acreditamos em fake news e nos aninhamos na frente da TV para assistir a mesma notícia milhares de vezes? Por que acreditamos, ainda hoje, que é só se formar numa faculdade, arrumar um emprego e ter força de vontade que compraremos a casa dos nossos sonhos? Por que algumas decisões, pensadas anos depois, parecem idiotice?
Somos camadas. Camadas e mais camadas. E em um mundo lotado de coisas que se parecem muito com oportunidades, como decidir o que é bom e o que é ruim? Eu estava muito em dúvida com uma decisão e acabei decidindo. Mas depois isso me fez pensar, em só na decisão em si, mas em todas as que já tomei. Decisões boas e ruins. Vezes em que bati o pé, em que "sentia" que era o certo e não pareceu. Bom, na verdade, não decidimos - na imensa maioria das vezes - com o racional. Quem nos dera!
Existem instancias dentro de nós que decidem por nós. Quando a nossa criança ferida entra em ação, você toma decisões sem nem pensar direito, entrando num tipo de torpor. Atendi um moço esses dias, que dizia que perdia a linha na frente de um buffet e não entendia por que ele não conseguia nem pensar. Esperamos que seja só parar para pensar, mas mesmo assim, ele não consegue.
Não conseguimos porque não é assim tão fácil. Não conseguimos porque existem camadas em nós que estão respondendo mais rápido que os nossos pensamentos. E, por incrível que pareça, esperamos de nós e dos outros comportamentos egóicos e racionais que são impossíveis.
Nos casamos com o completamento das nossas carências afetivas. Escolhemos uma profissão por causa de um trauma de infância. Perdemos dinheiro porque não podemos ser ou ter mais do que nossos pais. Usamos roupas curtas e decotadas porque queremos ser amadas (e não sexualizadas) ou compramos um carro que não podemos pagar porque precisamos provar que podemos. E todas as decisões não racionais são o que movimenta a nossa economia e a nossa cultura.
Então como sair desse limbo? Já aviso que fácil, não vai ser. Mas podemos começar entendendo tudo isso. Entendendo que nossos arrependimentos foram decisões tomadas por crianças de 4 anos que vivem em nós, como o moço no buffet livre. Que nossas escolhas estão longe de serem perfeitas para todo mundo, mas que poderiam ser perfeitas para nós e melhor, que todas as decisões têm preço. As vezes preços que estamos dispostos a pagar, as vezes preços que não computamos.
Olhar a própria humanidade, a nossa criança ferida e a nossa sombra são primordiais para isso. São essas instancias que tomam nossas "decisões racionais" de usar o cartão só mais dessa vez e depois orar para Deus providenciar. E são para essas dores, muitas e muitas, que precisamos focar para parar de errar, perdoar os nossos erros e aceitar as nossas derrotas.
Autor Andrea Pavlo Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |





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