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Quem está no comando?

Atualizado dia 9/6/2016 1:48:09 PM em Autoconhecimento
por Rodrigo Durante


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Desde que comecei a atuar como um canal de cura multidimensional e a escrever aquilo que aprendia, abri-me para toda sorte de retorno de quem me lia com suas perguntas, agradecimentos e críticas também. Estas, acredito que aceito muito bem, já que não tenho intenção nenhuma de convencer ninguém de que minha verdade é melhor que a do outro, tampouco acredito em opinião alheia sobre mim. Já as perguntas são o que há de mais maravilhoso para um canal, pois através delas nos abrimos para mais luz e novos pontos de vista que nos chegam instantaneamente sempre que nos colocamos em posição de receber.

Às vezes, mesmo não recebendo no físico, ao publicar um artigo, recebo no astral alguns ataques dos que apelido de “anti-luz”, seja mentalmente através de encarnados ligados a estas egrégoras por afinidade vibratória ou daqueles que são cutucados em algo que querem esconder de si mesmos, como também de desencarnados ligados a pessoas que estão encontrando em meus textos ajuda e esclarecimento, ou mesmo dos seres trevosos que estão no poder e controle de toda essa ilusão.

Estamos em tempos estranhos, quando irmãos agem com total desrespeito e agressividade uns com os outros por simples discordância de opiniões políticas e de suas escolhas de vida... Ou algo que me assusta mais ainda, quando religiosos dos tempos atuais julgam e condenam alguém em nome de Deus e com vibrações nada Cristãs. Estes são os conflitos que vivemos hoje em nosso país onde percebo maior envolvimento das pessoas que se deixam levar pela massificação, onde permitem que a raiva, o medo e promessas de conforto externo dominem seus corações, impulsionando a partir destas frequências seus pensamentos e ações. Estes dois assuntos e suas vibrações nocivas estão bem fortes atuando no inconsciente coletivo ultimamente, tanto é que médiuns e canalizadores ligados ao Brasil estão trazendo mensagens e vibrações de paz e amor fraternal para este momento, atentando-nos para vigiarmos nosso mental e não nos envolvermos com julgamentos e discórdias.

Ao invés de aborrecer-me com os últimos ataques, aproveito então a oportunidade com uma pergunta, abrindo-me para escrever um artigo que traga luz, ou pelo menos um novo ponto de vista sobre o que estamos fazendo aqui. Aí vai:

Quem está no comando?

31-8-2016. Estamos no futuro, além do ano 2012. Com todos os medos, guerras e teorias apocalípticas, sobrevivemos.

Uma grande imagem de seres humanos e de uma civilização perfeita foi inserida como meta na vida de todos, como uma propaganda política antes da efetiva vitória nas eleições. Uma imagem com regras e programações que só nos põe a andar em círculos, perpetuando na submissão, na limitação e na inconsciência.

Como de costume, famílias, escolas, educação, religiões e governos que descaradamente se colocam em posição de comando da vida alheia continuam fazendo as escolhas por nós, definindo assim o rumo de nossa civilização.

É através das aparências que nos manipulam, as mesmas aparências que buscamos e lutamos para viver e manter. Como aquele que acredita que vive em uma democracia apenas porque de quatro em quatro anos pode votar e escolher entre o péssimo e o horrível. Ou aquele que por ser um trabalhador bem sucedido acredita que é normal viver estressado tomar tarjas-pretas para dormir. Ou aquele que de tão viciado em distrações não consegue mais estar em silêncio interior e olhar para si. Quem sabe também aquele que por dedicar sua vida aos valores "espirituais" de sua religião julga como inferior aqueles que seguem outras crenças, assim como aos assuntos da matéria.

Tudo isso ganhou um disfarce tão competente que quase não é percebido, agindo no inconsciente, servindo apenas como um gerador de pensamentos direcionados a outros assuntos de nossas vidas como dinheiro, sucesso, trabalho, relacionamentos, filhos, reclamações, julgamentos, opiniões etc., distrações perfeitas para não percebermos onde estamos errando. A busca pela imagem da perfeição que idealizamos tornou-se tão essencial em nossa vida que não paramos mais para refletir o por que precisamos daquilo, se é que realmente precisamos. A interiorização e reflexão tornaram-se "papo de monge", ou qualquer que seja a adjetivação pejorativa que intencionalmente (e inconscientemente) nos manipula a voltarmos ao "modo zumbi" de funcionamento.

Então além das aparências óbvias, o que realmente mudou? Será que conseguimos verdadeiramente aprender algo? Será que evoluímos?

Embora inconscientes do ser e apenas buscando um ideal imaginário, já notamos em nossa busca valores como a compaixão, a sabedoria interior, a ação pura e sem julgamento. Graças a Jesus, Buda e Krishna respectivamente que nos abriram os canais para a assimilação destas capacidades em nosso consciente, hoje vivemos melhor que há centenas ou milhares de anos.

Ao mesmo tempo então que caminhamos como sociedade em total cegueira consciencial ainda como fantoches daqueles em posição de poder em uma pseudo-hierarquia tirana e manipuladora, muita melhora pode ser percebida pelo menos nas tentativas de se corrigir problemas como a fome e a miséria por exemplo, ou de ser possível ensinar sobre melhores condições de vida a todos que estão dispostos a aprender. Já no caso da violência, esta é convenientemente tolerada quando parte de "autoridades" ou dos “coitadinhos”, o que mostra a ignorância ainda presente em todos os filões de nossa sociedade que ainda consideram a violência como uma opção. Da mesma forma, apesar de alguma censura e manipulação da mídia ainda existir, já temos muito mais liberdade de expressão. Hoje, pessoas comuns podem ser ouvidas como nunca antes. Já buscamos como sociedade abraçar e acolher as vítimas de preconceito, por exemplo, já existe um consenso crescente no sentido de tratar esta questão trazendo mais luz aos mais resistentes em despertar.

Mesmo assim, a busca pela satisfação das carências e feridas que nos iludem da verdade de quem somos ainda prevalece. Através de nossas feridas, desejos e carências somos facilmente manipulados. Vou dar alguns exemplos: quem vota em um candidato a alguma coisa por promessas de viver sem nada produzir, por exemplo, não está votando com consciência, mas sim através de suas inseguranças, baixo amor próprio e pouquíssima ou nenhuma confiança na própria capacidade realizadora. Quem vota por se identificar com o gênero, cor, opção sexual ou a história da vida sofrida do candidato, por exemplo, não está votando com consciência, mas sim através de suas feridas ainda não curadas e identificação com seu corpo de dor. Quando estamos livres de imagens, mágoas, tristezas, culpas, medos ou carências, nossas escolhas são conscientes e não visam questões pessoais, desforra, preenchimento ou punição, tampouco nos manter em zonas de conforto, mas sim o bem comum e o respeito a todos.

Então pergunto, quem está fazendo as escolhas por nós? Somos nós mesmos ou são nossas feridas? O que motiva nossas opiniões e ações, é a pura criatividade e expressão do ser ou são medos, raivas e necessidades de alívio, aceitação e preenchimento?

Um julgamento, opinião ou ponto de vista se originam em nosso chakra frontal através de comparações e análises baseadas em um banco de dados, simples rótulos que passamos a vida catalogando, aceitando, acreditando ou mesmo imitando de outras pessoas. Estes pontos de vista atuam como programações que através do mecanismo mental criam raízes energéticas passando por nossos corpos mental, emocional, etérico e finalmente chegando ao físico. Cada julgamento energizado logo começa atrair em nosso subconsciente mais julgamentos para embasá-lo e torna-lo real. Dizemos então “isso é verdade por causa disso, disso e disso”, sempre buscando no mundo externo pontos de vista que validem nossas programações. Ou seja, acreditamos que uma ideia e opinião são reais por causa de outra ideia, outra e mais outra também. Tudo isso ocorre em nossa imaginação, são reais apenas em nossa mente. Dessa forma, a ideia profundamente enraizada chega ao corpo físico, o que dá ainda mais a sensação de ser real. É assim que criamos nossas doenças e limitações, por exemplo. Sentimos na pele, músculos e principalmente em nosso aparelho digestório, reprodutor e excretor (chakras gástrico, sexual e básico) os impulsos elétricos de nossos corpos sutis nos transmitindo o teor de nossas crenças e julgamentos em tempo real, assim como a maneira previamente analisada e rotulada com que absorvemos o mundo.
Acreditamos ferozmente em nossos pensamentos, emoções e sofrimentos em geral. O mesmo acontece com nossas paixões, afinal, quantas “almas gêmeas” já não passaram por nossas vidas? A sensação de realidade que construímos como resultado de nossas interpretações é o que vemos no mundo, usando nossos olhos como projetores e não mais como puros receptores.

Por isso enquanto atuarmos apenas na dualidade, não haverá saída. Enquanto perseguimos uma imagem de perfeição e julgamos a vida comparando a nós mesmos e a tudo com ela, qualquer escolha que façamos estará apenas reforçando a ilusão que acreditamos ser, assim como as limitações que acreditamos ter. Querendo e comparando, continuaremos vivendo baseados no alívio de nossas feridas e carências, desconsiderando totalmente a perfeição inerente à individualidade e livre expressão de cada um.

Chega um tempo que de tanta informação que já temos e recebemos, persistir em determinado caminho não é mais ignorância, é por pura escolha. E apesar de às vezes termos que nos esforçar para aceitar a escolha inconsciente de alguns de viver na pobreza, no desrespeito, na maldade, no ódio a si mesmo e à vida, é preciso mais esforço ainda para entender àqueles que tudo tem para estarem bem, mas insistem na ilusão. Insistem em descarregar suas raivas e carências nos outros, em obrigar seus cônjuges e filhos a seguirem suas crenças e opiniões, a buscarem uma posição de poder e controle através do autoritarismo, da política ou religião, a fazerem sucesso a qualquer custo etc. etc... Então, o que estamos esperando para nos libertarmos de tudo isso? Podemos escolher algo melhor agora?

Simplificando: quem somos nós sem toda essa ilusão? Quem somos nós livres de nossas histórias, nossas feridas, crenças e imagens que inventamos de nós mesmos? O que “o verdadeiro você” escolheria agora? Alguém aqui já vive unicamente através do coração? Então, como ousamos ainda julgar a nós mesmos ou a alguém com nossa opinião?

Enquanto na inconsciência e distanciamento de nosso verdadeiro eu, há uma boa postura a se seguir: na Criação somos todos diferentes e, portanto, devemos conviver uns com os outros em paz, harmonia e aceitação, assim como também somos todos iguais, não havendo um só indivíduo melhor que o outro, nem uma família melhor que a outra e, principalmente, ninguém com o direito de fazer as escolhas por cada um de nós.

Já no coração, a vida é livre de aprisionamentos, limitações e de erros, pois neste nível não existe mais certo e errado, apenas escolhas e contemplação. Também não existem mais invasão ou desrespeito, pois a paz e a plenitude já são presentes em cada um. A vida através do coração é o puro amor e aceitação, recebendo a vida sem julgamentos e com tudo de melhor que fomos Criados para ser. Isto é consciência, isto é liberdade, isto é unidade. O resto é ilusão.

Namastê!

Rodrigo Durante

Texto revisado



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