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Quem realmente está seguro?

Atualizado dia 3/28/2008 6:23:31 PM em Autoconhecimento
por Celso A. Cavalheiro


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"A segurança nada mais é que uma superstição. Ela não existe na natureza. Nem os filhos dos homens podem experimentá-la totalmente. Evitar o perigo não é, a longo prazo, mais seguro do que enfrentá-lo diretamente. Ou a vida é uma aventura perigosa ou não é nada. Voltarmo-nos para a mudança e comportarmo-nos como espíritos livres na presença do destino, é uma força indestrutível".
Helen Keller

Em nossa vida diária a virtude da coragem não é muito valorizada. É uma qualidade reservada para soldados, bombeiros e ativistas. A segurança é o que mais importa hoje. Talvez você tenha sido educado para evitar atitudes atrevidas ou corajosas. Talvez você tenha ouvido frases como: "Não seja muito arrojado". "Não corra riscos desnecessários". "Não chame a atenção sobre você em público". "Siga a tradição familiar". "Não fale com estranhos". "Fique de olho em pessoas diferentes".

Mas o efeito colateral de se enfatizar demais a importância da segurança pessoal é que você se torna uma pessoa extremamente tensa e insegura. Se em vez de estabelecer suas próprias metas, fazer planos para alcançá-las e ir atrás delas com garra e determinação, você preferir economizar a sua energia jogando do lado seguro... Se você prefere manter o seu trabalho fixo, mesmo que isso não lhe traga a menor satisfação... Se você prefere continuar com esse relacionamento desastroso, embora por dentro aquela paixão já tenha morrido e você se sinta vazio... Se você acha uma boa idéia aceitar o seu quinhão na vida e fazer o melhor que pode deixando a vida rolar... Então, talvez, na melhor das hipóteses, seu barco ainda o leve à terra firme; mas, mesmo assim, não aposte que isso o fará mais feliz.

Dois anos no serviço público e duas úlceras duodenais empurravam-me para longe da burocracia. No entanto, a pressão familiar, o tempo perdido sobre os livros na disputa por uma vaga, a promessa de uma vida calma e sem sobressaltos, me levavam de médico em médico e me condenavam à depressão e ao desespero. Graça a Deus, os anos subseqüentes jogaram o funcionalismo público deste país ao abandono e ao descaso e o serviço público perdeu por um momento o seu encanto. O período do boom das microempresas foi o bálsamo que minhas mazelas tanto esperavam.

Dois meses depois, e de volta ao mundo dos desafios, minhas úlceras eram pequenas cicatrizes indolores. Minha vida havia retomado seu leme e, apesar do mar desconhecido, navegar era mais desafiador e gratificante que o falso porto seguro. E descobri que, às vezes, andar por um tempo sem rumo certo é bem melhor que ancorar no porto errado.

Não há dúvidas de que existem perigos reais na vida que devemos evitar. Mas há uma diferença enorme entre irresponsabilidade e coragem. Não me refiro à coragem necessária para salvar, por exemplo, alguém de um afogamento onde você arrisca a sua própria vida. A coragem a que me refiro é aquela que precisamos para enfrentar e destruir nossos medos imaginários e retomar o controle sobre nossa vida e nosso destino. Medos como o do fracasso, da rejeição, da privação, da solidão e da humilhação. O medo de nos expressarmos abertamente, de sermos o que realmente somos. O medo de não sermos ouvidos, de não sermos aceitos na família, no grupo social; o medo do arrependimento e do ridículo que tanto nos paralisa e também o medo do próprio sucesso.

Quantos desses medos estão emperrando sua vida agora? Como seria sua vida se esses medos desaparecessem de repente? Veja, você ainda manteria sua inteligência para esquivar-se dos perigos reais, mas sem viver a emoção do medo, certamente se arriscaria mais e mergulharia de cabeça em seus projetos, em seus sonhos. Você falaria mais com estranhos e descobriria que eles também têm um mundo maravilhoso que você pode explorar e desfrutar. Você descobriria a alegria incomparável de vencer esse carrasco que o aprisiona e acabaria fazendo disso um motivo de crescimento pessoal. Cada vitória sobre o medo é um tijolo a mais na construção desse novo homem ou mulher que você quer ser.

Certamente você já tentou se convencer de que não tem medo de nada, de que há realmente bons motivos pelos quais você não faz aquilo que deseja. Você diz: seria indelicado eu me apresentar a um estranho em uma festa, por exemplo. Eu não falo em público porque eu não tenho nada a dizer. Não posso pedir aumento agora ao meu chefe porque sei que a empresa não está em um bom momento. Eu não vou me candidatar àquela vaga porque há uma fila enorme de candidatos e a minha chance é praticamente nenhuma.

Todas essas coisas são justificativas para o medo que você sente. Imagine como sua vida seria bem diferente se pudesse fazer todas essas coisas com confiança e coragem, se vencesse esse inimigo imaginário que você cria e alimenta dentro de você!

Texto revisado por Cris


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