Quem sou eu?




Autor Paulo Tavarez
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/15/2025 8:34:01 AM
O homem deve buscar a consciência de si mesmo e permanecer consciente. Esse é o ponto de inflexão, pois, ao estar centrado em si, todas as respostas surgem. Tudo aquilo que ele anseia, mesmo sem saber, resume-se à pergunta essencial: "Quem sou eu?"
Outras indagações como "De onde vim?", "Para onde vou?", "O que é a vida?" perdem sua relevância. Estar focado em si mesmo é o primeiro passo - o passo que abre as portas da percepção.
A consciência é tudo. A consciência é o próprio Eu. Grandes mitos da história da humanidade simbolizaram essa busca pelo Si Mesmo de formas distintas: o Velo de Ouro de Jasão, a Ítaca de Odisseu, o Santo Graal de Percival, os trabalhos de Hércules, entre outros.
O herói de cada um desses mitos representa o ser humano. Preso na ignorância de si mesmo, ele enfrenta uma jornada repleta de desafios. Assim vivemos: lutando com todas as forças para romper essa prisão imaginária, dissolver as trevas interiores e emergir para a luz da realidade.
Nunca se tratou de bem e mal, mas de conhecimento e ignorância. Quando essa descoberta acontece, toda escuridão desaparece. O mal nada mais é do que ausência de luz. Ele não é uma entidade, não possui poder real - seu "império" se estabelece apenas por essa ausência.
Quando o ser humano encontra o Si Mesmo, tudo se transforma de forma instantânea. Constructos mentais negativos se dissolvem: a culpa, os medos e os sentimentos obscuros desaparecem. A escuridão não pode resistir à luz.
Imagine uma caverna mergulhada na escuridão, que nunca conheceu a luz do sol. No instante em que uma fresta se abre e a luz penetra, ela se ilumina automaticamente. Não há resistência, não há luta, não há força que impeça a luz de invadir o ambiente. O mesmo se dá com a consciência.
O sofrimento é, na essência, ausência de consciência de si mesmo. No momento em que compreendemos com clareza quem somos, tudo se ilumina. Isso é iluminação - nada mais.
Iluminar-se é acender essa luz. E o interruptor está dentro, nunca fora. Para isso, é necessário silenciar-se e observar os próprios processos mentais sem se envolver com eles. Ser um espectador. Abandonar o interesse pelas "janelas do pensamento", fechando uma a uma. Só a prática constante - o sadhana - pode trazer resultados. E isso exige uma atitude interior decidida, um desejo real de trilhar esse caminho.
Como Jasão, Hércules, Percival, Teseu, Perseu e tantos outros heróis míticos, é preciso disposição para enfrentar os dragões, minotauros e medusas da própria alma.
As grades dessa prisão nunca estiveram trancadas. O problema é que nos acostumamos ao cárcere ilusório em que vivemos e perdemos o interesse em sair. O mito da caverna de Platão é uma metáfora clara desse estado: muitos ainda se encontram acorrentados à ilusão e rejeitam a possibilidade de uma realidade mais ampla, vibrante e iluminada do que aquela sugerida pelas sombras.
O homem acostumou-se aos limites de um aquário e esqueceu-se do oceano a que pertence. Busca a felicidade tentando adaptar-se a esse mundinho estreito, sem perceber que a realização só virá quando ele decidir abrir as portas da cela, desapegar-se do que aprendeu a valorizar e sair.
A sua Verdadeira Natureza não pode ser restrita. O universo não está fora - ele é o próprio Universo.









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