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Relacionamento Com o Mundo que nos Cerca

Atualizado dia 2/7/2007 4:11:35 PM em Autoconhecimento
por Rogério Pires


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A relação existente entre o homem e o mundo que o cerca não está ocupando um capítulo deste livro por casualidade. Esta colocação tem a ver com uma necessidade que julgo importante neste mundo: que é a de NOS RELACIONARMOS EQUILIBRADAMENTE COM TODAS AS COISAS E PESSOAS À NOSSA VOLTA, independentemente do grau de ligação e afinidade com as mesmas. A necessidade de "respondermos" inteligentemente ao mundo à nossa volta, mesmo se recebermos dele ações não-inteligentes.

RESPOSTA é a reação dotada de inteliência e REAÇÃO é um estímulo desprovido de qualquer tipo de SABEDORIA.

Minha convicção de que o mundo no qual vivemos está passando por um processo de disjunção em várias áreas, inclusive entre a crença e a realidade e que devido a isso temos a tendência a desenvolver novos conceitos e atitudes, contribuiu na inclusão deste importante capítulo.

Esta linha de raciocínio é a responsável pela existência de pessoas extremamente competentes na esfera de relacionamentos com o mundo interno, mas que possuem um relacionamento, no mínimo, duvidoso com o mundo externo, não sabendo exteriorizar sua bagagem interna em toda a sua totalidade. Nossa sociedade está criando pessoas que mesmo dotadas de nível intelectual considerado, não conseguem manter um relacionamento satisfatório, nem consigo mesmas, nem com o que a sociedade impõe (família, amigos, bens materiais, colegas de trabalho, com o trabalho, religião, relacionamentos em geral, auto-imagem, etc) e nem mesmo com o mundo que as cerca.

Além desses fatores a sociedade também nos impõe conceitos como a ética e a moral, e além de lidarmos com os nossos problemas do dia-a-dia temos que resolvê-los dentro dessas questões para sermos qualificados como aceitos no grupo social em que vivemos.

O que define o indivíduo ser correto ou não em suas atitudes em relação ao mundo é, acima de tudo, a sua interpretação do que é “certo” e “errado”, estando este conceito intimamente ligado ao nível consciencial do indivíduo; ou seja, este fator é relativo, depende do ponto de vista de quem observa. Acredito que não existe o “certo” e o “errado” e, sim, que há situações e acontecimentos que nos dão acesso a um processo evolutivo construtivo e outros não, sendo-nos importante a viabilização de uma escolha consciente em busca de nossa evolução.

Para ser mais exato, acredito que o termo “observador” seja incompleto, pois mesmo quando estamos executando este papel somos participantes do evento no qual estamos observando. Somos observadores e participantes. Quando executamos a observação, neste contexto são inseridos todos os nossos modelos mentais e emocionais que estão intimamente interferindo na maneira como a situação é observada, sem contar com o nosso estado de espírito que é fator determinante em uma análise. Dependendo de nossa idiossincrasia, um mesmo caso pode ser observado de maneiras diferentes, em situações de tempos distintos. Este pensamento nos permite a possibilidade de uma observação e participação constantes, mas também nos mantém em contato eterno com a possibilidade do “erro” e do medo de errar.

Os primeiros a discutir este tema dentro da filosofia ocidental foram os gregos. Foi no debate sobre se certo comportamento era ou não justo que surge a contestação sobre a vida justa. Para os primeiros escritores gregos a vida ética era uma exigência em função de nossa relação com os deuses. Homero dizia que se somos descendentes dos deuses devemos viver uma vida digna. A partir deste passaram a observar o ritmo de ciclos existente em todas as realidades: o homem nasce, cresce, torna-se forte, mas também retrai e morre.

Este mundo nos é apresentado com um compasso muito acelerado de informações; estamos constantemente sendo bombardeados por conceitos individuais, sociais, grupais, religiosos e todo tipo de modelos utilizados por nós para nos relacionarmos, fazendo com que a cada segundo tenhamos uma opção de escolha e, principalmente, a necessidade de executá-la. Devido a estes fatos nos relacionamos de maneira bastante intensa com todas essas informações e, na maioria das vezes, este relacionamento nos causa um certo desconforto, sendo o medo uma das principais conseqüências, pois nunca conseguiremos nos ver como os modelos estipulados pela sociedade.

O medo é um dos principais sentimentos do homem moderno. Vivemos em um mundo de desigualdades, violência, terror, fome, dentre outros. Estes fatores fazem com que o homem tenha uma relação cautelosa com o mundo em que vive e principalmente com as pessoas que o cercam, dificultando a percepção e a utilização da Inteligência Interpessoal existente em cada um de nós.

Inteligência Interpessoal é a habilidade de interagir e compreender as pessoas e as coisas à nossa volta, perceber a existência de uma sensibilidade interna capaz de responder de maneira construtiva ao estímulo apresentado por outra pessoa ou situação. É a capacidade de interagir inteligentemente com o meio ambiente à sua volta independentemente do tipo de informação que o “mundo” lhe apresente.

Imagine um marceneiro em começo de carreira. Ele aprende a trabalhar com a instrumentação e equipamentos básicos de sua profissão; com o passar do tempo desenvolve sua metodologia de trabalho, aprendendo novos conceitos e métodos de dar forma à madeira; a cada aprendizado faz-se possível a utilização de novos equipamentos e conceitos. Apesar da melhora em sua técnica e de ter somado novos conceitos em seu cotidiano profissional, ele não deixou de ser um MARCENEIRO. Pelo contrário, melhorou a sua capacidade de interagir com a madeira e o benefício dessa capacidade de interação não pode ser definida com palavras; é como se o Universo entrasse em sintonia com suas intenções tornando essa reciprocidade construtiva e ritmada, fator importante da evolução consciencial do indivíduo.

A inexistência de um verdadeiro comprometimento com a auto-observação/participação, pode comprometer a percepção deste entendimento. A modernidade e a individualização do indivíduo contribui para que esta realidade se concretize em nossas vidas. Quanto mais o ser-humano acha que se conhece, mais ele se limita e se rotula.

O homem tende muito facilmente a vislumbrar o desequilíbrio. Tem um convívio muito íntimo com situações diárias que possibilitam a manutenção destes sentimentos internos que viabilizam a sustentação do medo. Não que o medo seja um sentimento que nos prejudique; pelo contrário, ele pode ser fundamental para que tenhamos uma vida proveitosa. O problema é o seu descomedimento e a intensidade com que interagimos com ele.

O medo surge quando não realizamos as nossas expectativas de conquista, pois em alguns casos a expectativa da conquista torna-se mais atraente do que a própria conquista. Ame-se do jeito que é, saiba que todo ser humano é perfeito em sua totalidade, nada será capaz de mostrar o que realmente somos, nenhum elogio pode ser suficientemente verdadeiro se ele não lhe passar a idéia de que você é DEUS!

Trecho do Livro "O QUE REALMENTE SOMOS?", de Rogério Pires
Terapeuta e Psicoterapeuta Holístico
CRT 37461
www.phatae.com

Texto revisado por Cris

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