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RESPONSABILIDADES INDIVIDUAIS

Atualizado dia 8/11/2007 12:54:02 PM em Autoconhecimento
por Gilberto Cabral de Carvalho


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A evolução da raça humana está marcada, pelo que se conhece historicamente, por uma necessidade marcante de mitos, símbolos e ídolos. Esta característica não se evidenciou apenas no lado religioso, mas também em todas as áreas da realidade humana. Todos os indivíduos que tiveram ou pareceram ter uma capacidade que sobressaía foram colocados em evidência e muitas vezes em pedestais, sendo elogiados, venerados, idolatrados ou santificados, de acordo com as características pessoais ou necessidades dos grupos a que estavam ligados.

Cada época vivida pela humanidade teve sua realidade com aspectos psicológicos próprios mas sem nunca perder esta característica da busca do equilíbrio através dos símbolos. O tempo passou, as dificuldades foram surgindo e foram sendo superadas, mas os símbolos apenas foram sendo mudados ou substituídos, permanecendo sempre como característica e necessidade do ser humano.

Há um ditado que nos leva a uma reflexão para o momento atual, não só da realidade brasileira mas também mundial: “Faça tua parte que o Céu te ajudará“. É tão simples, tão fácil, tão prático transferir para os nossos símbolos, santos ou ídolos a resolução dos nossos problemas sem dar a nossa colaboração necessária, sem nos preocuparmos com a nossa responsabilidade e a nossa participação nas mudanças, sem olharmos os nossos erros de conduta que ajudaram a criar e a manter esses problemas que nos afetam a vida diária e conflitam com a expectativa de harmonia, paz, amor e felicidade.

“Ocupem-se das coisas de Deus e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. Àqueles que acreditam, àqueles que não acreditam, àqueles que duvidam, àqueles que questionam, quero lembrar que poderíamos ter tudo com que sonhamos (ou quase tudo), se nos ocupássemos das coisas de Deus, não passivos ou omissos dentro de qualquer processo religioso ou esotérico, mas transpondo para o nosso dia-a-dia os pensamentos, as palavras, as atitudes e acima de tudo os sentimentos, sem falsidades, sem desonestidades, sem disfarces.

Mas quais seriam essas coisas de Deus? É muito difícil, eu diria impossível, que todos respondam exatamente o mesmo a esta pergunta. A diversidade de compreensão dos seres humanos difere tanto quanto a sua aparência, ou seja, não existem duas pessoas iguais. No entanto, tanto quanto as pessoas têm dois braços, duas pernas, um tronco, um pescoço, um organismo biológico completo (apesar de algumas falhas eventuais), a humanidade tem parâmetros básicos do que sejam as posturas que devam reger a participação do indivíduo em sociedade. E esses parâmetros sofreram mudanças e adaptações, mas estão exemplificados em todas as atividades da sociedade: na religião, na ética em todas as profissões, nas leis que regem a conduta individual e na conscientização de que determinadas atividades trarão conseqüências altamente prejudiciais às pessoas, seja individual ou coletivamente.

Há alguns anos perdemos um tempo precioso, gastamos um dinheiro precioso, alimentamos uma expectativa e uma esperança preciosas, fazendo uma nova Constituição aqui no Brasil. Só não conseguimos o principal: que a Constituição e as leis fossem cumpridas. Isto era muito mais importante do que fazer uma nova regra; esta viria depois e muito melhor! Depois que aprendêssemos a cumprir as leis...

Fica muito fácil dizer que a culpa é dos dirigentes e dos políticos. Quem os colocou lá? O povo, e normalmente olhando as suas conveniências e interesses pessoais. E qual a atitude do povo em relação às atitudes do dia-a-dia? Como disse outro dia uma pessoa conhecida: “Estou quase me aposentando, quero que se danem, quero saber do meu!“

Claro que esta não é a postura de todos, mas revela uma característica de como as pessoas estão se colocando. Há um ditado também muito conhecido: “Se o malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto por malandragem.“ Estamos tomando atitudes de malandros, mas malandros bobos, inocentes, que nunca sairão do marasmo da malandragem. Estamos fazendo mais ou menos o que se comenta que foi dito por um jogador de futebol atual: “Os dirigentes fingem que nos pagam direito e nós fingimos que jogamos a sério.“ Nós estamos fingindo que acreditamos nos nossos políticos e dirigentes (há muitos sérios e muito competentes!) e eles fingem que irão resolver os nosso problemas! Eles não poderão nunca resolver os nossos problemas se nós não fizermos a nossa parte. Temos que colocar no poder pessoas sérias, inteligentes, preparadas culturalmente e principalmente humanisticamente; temos que agir no nosso dia-a-dia de forma honesta: trabalhar corretamente, cumprir horários, executar eficientemente nossas funções em tempo e qualidade independentes do nosso salário ou da nossa função. Tudo irá se ajustando e melhorando se todos adotarem esses princípios de ação. Os omissos, os incompetentes, os desonestos, os aproveitadores, com certeza irão sendo eliminados progressivamente.

Mas para isso é preciso que cada um faça sua parte honestamente e não adote atitudes iguais às que ele está condenando nos outros. Não se pode esperar resultados favoráveis quando se trabalha mal porque se ganha mal; não se pode boicotar o trabalho que se realiza porque não se ganha o que se gostaria ou porque o chefe não lhe agrada. Não se pode criticar o governo ostentando o plástico do nosso candidato no vidro do carro bem cuidado, comprado na vigência do governo anterior, que bem ou mal lhe deu condições de vida para isso. Só existe roubo de carro e de rádio de carro porque existem pessoas que os compram, com a postura de esperteza, comprando muito barato. Essas atitudes é que levam, inclusive, à existência do contrabando, fruto exclusivo da sociedade que aceita essas vantagens pessoais, independentemente dos problemas sociais que isso acarreta.

Da mesma forma existe a violência decorrente do tráfico de drogas porque as pessoas consomem drogas; grande parte dessas pessos não é exatamente um dependente doentio, mas acha que não há o menor problema em fazer uso delas, quando na verdade ele é mais um a alimentar esta situação de violência.

Governo nenhum, em lugar nenhum, em época nenhuma, poderá produzir bons resultados se o povo não participar ativamente. Não vamos fingir que estamos agindo, individualmente, de forma correta; vamos fazê-lo. E provavelmente com menos políticos a comandar o País e a gastar mal o dinheiro público, haverá mais qualidade de vida para o povo, porque haverá mais honestidade, sinceridade e lealdade.

Termino lembrando mais um ditado: “Duas cabeças pensam melhor do que uma”. Vamos nos unir, mas deixando de lado a nossa vaidade e o nosso orgulho e vamos ouvir os outros, vamos buscar idéias em consenso, mas acima de tudo vamos agir em harmonia buscando a paz pela vivência da paz interior, pela seriedade, sinceridade e honestidade, fazendo a nossa parte por um mundo melhor, se não para nós, pelo menos para nossos filhos e netos. E já estamos muito atrasados nessa missão...

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