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Sathya Sai Baba: Visão do Divino

Atualizado dia 11/2/2008 7:27:16 PM em Autoconhecimento
por Marcos Spagnuolo Souza


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O artigo que estamos apresentando é uma síntese do discurso feito por Sai Baba com o título “Visão do Divino” proferido em 11 de Outubro de 2005 na ocasião do Festival das Mães Divinas.

Salienta Sai Baba que todas as pessoas no mundo desejam ter a visão de Deus e, na realidade, anseiam por uma oportunidade única de se unir à Sua divina resplandecência. Quando uma pessoa percebe a natureza Divina, ela própria se tornar uma encarnação da divindade, em consonância com o dizer: “Aquele que compreende Deus tornar-se-á certamente Deus”.

Assinala Sai Baba que o intenso anseio por ter a visão de Deus não é um fenômeno novo. É assim desde que apareceram os seres humanos no mundo. Vários sábios e profetas no passado ansiaram por uma visão de Deus e a fusão final com a Divindade. Essa é, na realidade, uma antiga tradição.

Diz Sai Baba que para que tenhamos a visão do Divino o primeiro passo é desenvolver o apego a uma forma particular de Deus, a fim de amar a Deus. Para que as pessoas se apeguem à forma de sua escolha, Deus assume várias formas. Às vezes, ele se manifestava em Sua plena glória divina, às vezes, ele se manifesta como um ser humano normal, outra vez, ele manifesta como uma pessoa simplória. Contudo, Deus é Deus. Na verdade, a Divindade não está limitada a uma forma. Deus pode assumir várias formas, mas Deus é apenas um e o mesmo. Ele permanece imutável, independentemente da forma que Ele assume. Assume uma forma para que o ser humano tenha condições de se apegar a Ele, mas Deus em si é imutável.

Conclui Sai Baba que é muito difícil conseguir uma transformação da mente humana. Só Deus pode desempenhar essa tarefa desde que a pessoa O procure. Várias pessoas pedem a Sai Baba “Swami! Por favor, mude a mente do meu filho. Ele desenvolveu o ódio por seus pais, por alguma razão que desconhecemos. Normalmente, ele é um bom rapaz. Ele nunca toma o mau caminho. Por favor, Swami! Mude a sua mente, para que ele se comporte bem com os seus pais". Sai Baba salienta que uma mente é uma mente apesar de tudo! Às vezes, algumas pessoas estão além da redenção.
Sai Baba diz que somente quando um ser humano desenvolve a fé em Deus que Ele virá resgatá-lo. Considerando o merecimento de cada pessoa, Deus interfere para promover a transformação dela. A transformação da mente humana não pode ser provocada por um ser humano ou pela repetição de algum “mantra”. Só é possível quando Deus assim o quer. Deus pode dar “darshan” para algumas pessoas, enquanto outras não recebem esse benefício. Depende muito da atitude mental de cada pessoa. Vários iogues e renunciantes anseiam pelo “darshan” de Deus, mas poucos podem ganhá-lo e somente recebem o “darshan” aqueles que possuem uma fé inalterada a Deus e conseguem manter o espírito de devoção a Ele.

Conta Sai Baba que quando visitou Rishikesh, deu darshan para Swami Purushothamananda que vivia na gruta Vasishtam, localizada no caminho para Badrinath, nos Himalaias. Ele estava fazendo tapas (penitências, austeridades praticadas para se obter o controle dos sentidos) vivendo sozinho na caverna. Ele costumava manter uma pequena lâmpada de óleo na caverna. A gruta se encontra um pouco afastada da estrada. Ele costumava comprar leite e fazer chá com ele. Esse era o seu único alimento. O resto do tempo, ele estava sempre imerso em tapas. Os dias iam passando. Depois de algum tempo, ele não tinha forças suficiente para ir à estrada comprar leite e voltar para a sua gruta. Daí, ele fazia as suas viagens para obter leite com menos freqüência, ou seja, uma vez por semana. Um dia, ele soube que Bhagavan Baba estava no ashram de Shivananda por alguns dias. Ele desejava obter um darshan de Swami. Enviou, dessa forma, uma carta através de um mensageiro pedindo: "Bhagavan! Venha até nossa gruta e conceda-me um darshan." Sai Baba estava ciente de sua intensa devoção. Sai Baba leu a sua carta e imediatamente apressou para ir à gruta Vasishta dar-lhe o darshan. A entrada para a gruta era fechada com uma porta. Purushothamananda não tinha energia para se levantar e abrir a porta. Kasturi acompanhava Sai Baba nessa viagem. Naquela época, ele era muito forte. Então, Kasturi e Sai Baba tentaram abrir a porta. Por fim, conseguiram abri-la. Purushothamananda ficou muito feliz em ver Sai Baba. Ele queria passar alguns minutos sozinho na Divina presença de Sai Baba. Por isso, ele sugeriu que Kasturi desse uma olhada no interior da caverna. Kasturi, com sua curiosidade jornalística, entrou. Purushothamananda fixou o seu olhar em Sai Baba e ficou perdido em êxtase. Após alguns momentos, ele se recuperou. Sai Baba disse a Purushothamananda que voltaria mais uma vez à sua gruta. No dia seguinte, visitou Purushothamananda e passou algum tempo com ele novamente. Após o regresso de Sai Baba ao ashram de Shivananda, Swami Shivananda estava um pouco decepcionado porque Sai Baba tinha visitado duas vezes a gruta de Purushothamananda e não teve muito tempo para ficar no ashram de Shivananda. Na segunda visita à gruta Vasishta, Sai Baba pede um pedaço de papel a Kasturi e escreveu uma data para a próxima visita ao ashram de Purushothamananda. Na data prevista, Purushothamananda tomou um banho sagrado no Ganges e esperou ansiosamente o darshan de Sai Baba. Profundamente perdido na contemplação da Divina Forma de Sai Baba, ele teve, após algum tempo, a visão divina. Alguns minutos depois, ele deixou o seu invólucro mortal em estado de samadhi (êxtase espiritual). Sai Baba recebeu a notícia enquanto estava em Déli. Foi informado por telegrama que Purushothamananda havia se fundido em Sai Babai. Sai Baba confirmou a notícia dizendo, "Sim, sim”. A data que Sai Baba tinha escrito no papel era a data em que ele atingiu o samadhi. Quando a porta da gruta Vasisthta foi aberta, toda a caverna estava coberta de vibhuti (cinza materializada por Sai Baba, a cinza tem um simbolismo muito bonito: ela nos lembra que toda a matéria é perecível e limitada a uma forma e a uma duração. Portanto, não devemos nos apegar a nada, nem mesmo ao nosso corpo físico, pois tudo acaba em cinzas. Essa cinza sagrada significa “gloria a Deus”). Sai Baba diz que o corpo de Purushothamananda foi levado posteriormente para o rio Ganges pelos discípulos de Shivananda. A partir de então, o nome e fama do Purushothamananda foram difundidos por todos os lugares. Purushothamananda foi uma nobre alma, afirma Sai Baba. Ele era realmente um, o melhor entre os homens. Essa é a história de Purushothamananda. Diz Sai Baba que a gruta Vasishta ainda está como era quando Purushothamananda vivia ali. É perfeitamente limpa e santa, impregnando todo o ashram com a divina atmosfera.

Meditando nas palavras de Sai Baba podemos concluir que é a intensidade do nosso amor por Deus que nos conduz a ter uma visão do Divino. Para que possamos desenvolver o amor por Deus Ele se manifesta em infinitas formas, inclusive nas formas de deidades, o que permite que adotemos uma das formas de Deus para desenvolvermos o amor a Ela iniciando assim o caminho que culmina na visão plena do Divino como Ele é.

Referência: Organização Sri Sathya Sai Baba do Brasil. Disponível em: link Acesso em 02 Novembro 2008

Texto revisado por: Cris

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