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Sedução na terapia: isso é possível?

Atualizado dia 4/8/2008 9:14:35 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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O Dicionário da Língua Portuguesa define a palavra "sedução" como ação ou efeito de seduzir ou ser seduzido(a) pela atração, pelo fascínio ou encanto.

Já Sigmund Freud, ao analisar a sedução pelas motivações de origem inconsciente que nos fazem atrair ou sermos atraídos por outra pessoa, batizou esse processo de "transferência", ou seja, a forma como inconscientemente alimentamos desejos reprimidos resultantes do vazio de amor que restou das relações com as referências materna e paterna ou seus substitutos, transferindo essa demanda interna para as figuras de um homem ou de uma mulher pelo(a) qual sentimos atração.

Informa-nos o antigo e sábio dito popular que "a carne é fraca", deixando-nos a entender que por mais vigilantes que sejamos em nossas vidas, cedo ou tarde caíremos nas "armadilhas da tentação do sexo".

Diante desse dinâmico quadro de sedução que encontra-se intimamente inserido nas diversas formas de relações pessoais da sociedade moderna, torna-se complicado as pessoas com esse perfil psicológico, controlarem o instinto sexual associado à pressão do inconsciente que procura dar vasão às suas atávicas demandas.

Nesse contexto, a religião, assim como o esporte, funcionam como excelentes opções de redirecionamento das energias sexuais, uma vez que trazemos conosco as diretrizes éticas e morais transmitidas pela educação parental a qual Freud batizou de superego, instância da personalidade responsável por frear os impulsos provenientes de outra instância, o ID (instinto).

Se simplesmente deslocarmos essa realidade social para os consultórios terapêuticos, observaremos que a definição da palavra sedução, sob o aspecto da "atração" continuará o mesmo tanto para o(a) paciente quanto para o(a) terapeuta. A possibilidade que ocorra atração é natural, porém, o preparo do(a) terapeuta para a função que desempenha é que irá definir tal situação.

O nível de conhecimento de si mesmo e dos mecanismos técnicos que orientam a sua práxis profissional, serão fatores determinantes para que o(a) terapeuta adote a atitude neutra e ética da não-transferência. Caso contrário, a sedução na terapia poderá tornar-se um processo de difícil controle por parte do(a) mesmo(a).

Outro fator de importância, mas que não vem sendo considerado em grande escala por falta de conhecimento ou de percepção de seu verdadeiro significado, é o amor como instrumento de aplicabilidade transcendental nos métodos utilizados nas psicoterapias ou terapias em geral.

O amor visto "com olhos de ver" além da satisfação sexual é uma realidade dimensional que deve ser utilizada pelo profissional que encontra-se lúcido, perceptivo e em paz com o seu interior, porque é somente através do ponto de vista transcendental da existência humana, que atingiremos o máximo de eficiência em relação à nossa práxis e em relação ao nível de autoconhecimento que poderemos proporcionar às pessoas que procuram nossos serviços.

O sexo é bom e inerente à natureza humana. O homem não vive sem o prazer, sem o exercício pleno de sua sexualidade. No entanto, o sexo não deve ser instrumento de hiper-valorização como se a jornada do ser humano terminasse na satisfação básica de seus instintos.

O ser humano é muito mais que um conjunto de ossos, músculos e órgãos que possuem um prazo de validade temporário. O ser humano é também espírito em jornada evolutiva pelo cosmos. Portanto, sexualidade e espiritualidade são energias associadas que devem fazer parte da realidade multidimensional do indivíduo, através da aplicação de uma metodologia terapêutica que lide com os aspectos interdimensionais responsáveis pelas origens de seu sofrimento em relação às queixas que ele leva para o consultório.

Subestimar ou superestimar o sexo é um erro de consequências imprevisíveis. As Leis Naturais são sábias quando informam que na natureza tudo tem o seu lugar e a sua função. O prazer conseguido através do sexo e da sexualidade abrangente tem o seu lugar garantido na escala de valores e em grau de importância no inconsciente humano.
E o(a) terapeuta do terceiro milênio deve saber disso!

Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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