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Ser como uma torneira, que jorra boa afetividade

Atualizado dia 21/10/2021 17:52:26 em Espiritualidade
por Ingrid Monica Friedrich


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Ser como uma torneira de acionamento automático.
Quando chega alguém que necessita de água limpa, jorra e faz a tarefa.
Assim que acabada, o jorro cessa.
Não jorra sempre, para não desperdiçar água límpida, transparente, potável que doa vida.
Nos intervalos de uso, a água se mantem no reservatório apropriado, sendo conservada, à espera de uso, e recebe novo abastecimento, conforme a boia regula entrada e saída, um fluxo regido pela capacidade do reservatório de água, tampada, protegida.
Na Natureza, é raro se encontrar esta maravilha de água potável e límpida, exceto nos momentos que cai do céu como chuva, ou nas geleiras que derretem.
O normal é encontrarmos água com terra, minerais dissolvidos fluindo em rios, lagos, mas que ,mesmo assim, permite a vida, seja tornando a terra fértil para plantas, matando a sede e banhando animais que sem a ela beber, como fazemos ao abrir a torneira, ou mesmo vivendo bela, como os animais aquáticos.
Apenas a água putrefata que, sem Oxigênio, que está tão estagnada que bactérias, algas a tornam tóxica, não permite a proliferação de vida, deixa de acolhe-la, se torna lodosa, fétida, venenosa a maior parte da vida que dela depende para viver.

Nós podemos ser a torneira e o reservatório de água limpa, nossa capacidade, reservatório de amor incondicional, límpido pois julgamentos e ao ser requisitado, deixamos jorrar, zelar pela vida que busca em nós, afeto regenerador, purificador.
Mas devido ao atrito com a vida, nosso "reservatório" de afeto  (que irá afetar a quem o toca) pode ter recebido impurezas, tal como o rio e lagoas, a água já turva, com sedimentos, mas ainda capaz de nutrir vida, apesar de não estar pura como a água das chuvas.
Mas algumas pessoas, por carregarem grandes sofrimentos retidos, se tornam amargas, e sua "torneira" já não traz boa água, afetos positivos, mas deixam jorrar água sem oxigênio, repleta de contaminantes que podem ser tóxicos a quem dela se servir, mas intoxicam aquele que serve de reservatório a este tipo de água, e qualquer água potável que chegar a está caixa, o deixará de ser, se contaminando.
Esta caixa necessitará de uma limpeza completa, remover todo lodo decantado, as bactérias, fungos precisariam ser eliminados, e apenas após higienização completa, receber novamente água potável.

Nós somos o recipiente onde a água é recebida, a caixa de água limpa, a torneira.
A água é o potencial se vida, que chega dos céus pura como a chuva, na inocência da criança. A caixa é o reservatório onde ágape se mantém.
Nosso corpo é o reservatório que contêm nossa alma, fonte de afetividade.
Nós somos a torneira, e a alma é a água limpa, translúcida.
E se a alma for a torneira, o Espírito que nós anima, a caixa que contém a centelha divina a quem estamos conectados e por quem somos supridos da vida que flui em nós.
Somos todos o vaso escolhido que contém a vida fluindo, o reservatório de amorosidade, a torneira que quando ativada corretamente, deixa jorrar ágape, vida.
Nem sempre a água amorosa em nosso reservatório está tão pura, pode se assemelhar a água dos rios barrentos após chuva forte, mas capaz de nutrir vida.
Cabe a nós, torneira e ao mesmo tempo reservatórios, zelar pela qualidade do afeto que deixamos fluir de nós, evitando envenenar a quem temos afeto, com nosso pior conteúdo, ou quando recebermos "água limpa não causarmos a contaminação desta fonte regenerativa.

Cabe nos, avaliar a cada "abertura da torneira" que tipo de água estamos ofertando, se produtora de vida e crescimento ou capaz de contaminar o reservatório da outra pessoa, e observar a qualidade de afeto, que recebemos para que nossas relações não se tornem tóxicas um ao outro, ao ambiente.
Somos , ou melhor temos, ao mesmo tempo dois ou mais reservatórios internos, um com água pura, e outro de água putrefata do corpo de dor, e as vezes, a água que chega a torneira é a mistura destas duas fontes, as vezes apenas cor de barro, mas outras vezes portadora de toxidez.

Cabe a nós fazer a limpeza deste segundo reservatório, onde o sofrimento passado está fermentando e impedindo a vida de prosperar, não apenas para água limpa chegar a torneira, mas que não destrua o próprio reservatório, nosso corpo, envenene nossa alma, tornado sua expressão amarga e azeda ao paladar daquele que bebe desta fonte...

Será que vale a pena viver uma vida, apegado as feridas abertas no passado, as deixando infeccionar até morrermos desta infecção que consome todas nossas forças a favor da vida, apenas tentando sobreviver, ou vale o esforço de retornar a cada ferimento e trata-lo para que primeiro cicatrize e depois até as marcas se apaguem da memória?
Purificar nosso reservatório internos de afetividade, para que quando a torneira seja solicitada, tenhamos boa água para fluir de nós, a vida jorre através de nós, porque vem de fonte boa, a qual não contaminamos com nosso corpo de dor.
Todos recebemos a água pura da chuva ou do orvalho para realizar nosso processos alquímicos interiores, ou somos capazes de purificar a água barrenta e torna-la em fonte de vida.

Somos o cálice sagrado onde o vinho, símbolo do sangue, da vitalidade, da vida, repousa e se oferece a quem dela vem beber, o recebendo como uma bênção, confiante que o bem será colocado em ação, entrará em fluxo, após esta comunhão.

Ainda estamos longe de sermos a própria energia de ágape se movendo, do Creador para as criaturas, mas podemos escolher que tipo de reservatório, de cálice seremos, e que tipo de água sairá de nossa torneira, de nossas palavras e atitudes.
Quem sabe, então um dia cálice e conteúdo se tornem Um só, ambos sagrados doadores de vida inseparáveis, até o dia que deixemos nossos recipientes de manifestação terráquea, tal como houve na ressureição, o corpo sublime se torna no sublimado...

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Conteúdo desenvolvido por: Ingrid Monica Friedrich   
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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