SEU RELACIONAMENTO PODE NÃO ESTAR INDO BEM POR CAUSA DISSO...
Atualizado dia 5/24/2006 7:46:42 PM em Autoconhecimentopor Paulo Valzacchi
Todos nós sabemos que a mulher fala mais do que o homem, fato este comprovado cientificamente através de pesquisas que confirmam que a zona cerebral onde se elabora a fala ou a verbalização, na mulher, tem uma atividade maior; já isto não ocorre no homem que deixa de ser tão comunicador para ser mais reflexivo e lógico.
Essas diferenças já são o bastante para criar-se a zona de conflito, pois afinal como o homem é lógico, ele escuta a mulher (quando escuta) mas depois saca do bolso a calculadora para, definitivamente, calcular a lógica da solução, desconhecendo que a verdadeira lógica do relacionamento homem e mulher não é ofertar soluções, mas simplesmente compartilhar as emoções e os problemas vivenciados pela mulher, para serem validados.
É difícil? No primeiro instante não, mas o homem tem uma dificuldade muito grande em apenas ouvir sem equacionar decisões. Cabe a ele conquistar um amadurecimento essencial para que estas situações não criem discórdia e, consequentemente, o distanciamento.
Já no caso do homem é diferente. Por ser mais introspectivo, parece sempre querer estar em sua caverna e necessita apenas de um detalhe: ser admirado. Se isso ocorrer, pode ter certeza, as coisas funcionarão muito bem. Se você chamá-lo de "deus grego" ou algo do gênero, pode ficar tranqüila, está tudo acertado. O homem necessita dessa admiração; para ele é fundamental, é como se fosse uma chama contínua de motivação.
Mas tudo isso parece ter raízes nos antepassados. Vamos juntos dar uma volta no tempo. Imagine o homem e a mulher na idade da pedra. Muito bem, o homem tem como função básica ser um caçador, alimentar a família. A mulher deve ficar na caverna e cuidar dos filhos, preparar o alimento e outras coisas. O homem quando vai à caça, prepara-se para isso e no momento do abate, ele necessita silêncio; assim como no pescar é fundamental esse silêncio para não afugentar a presa. Observando esses detalhes você percebe que o homem pouco tem contato com outras pessoas. Afinal, a arte de caçar exige essa conduta silenciosa; sendo assim, obviamente, o seu nível de comunicação é menor, a troca de sensações é menor.
Já a mulher mantém estreito contato com os filhos, a prole, e nessa comunicação percebe necessidades, utiliza muito a verbalização e, por conseguinte, se relaciona muito afetivamente. Você pode perceber que uma criança do sexo feminino fala ou verbaliza muito mais rápido que uma criança do sexo masculino, pois tem seus centros verbais mais desenvolvidos.
Agora, imagine que num dia desses o homem convide a mulher para caçar! Seria algo inusitado! Em plena pesca, por exemplo, a mulher gritaria para o homem mudar de lugar ou mudar a isca ou mesmo que já está na hora de ir embora; ou na caça, a mulher falaria para o homem qual coelho ele deveria flechar, qual cervo seria a melhor refeição! Realmente, não daria certo.
Portanto, fica implícito que existem diferenças alarmantes entre os comportamentos masculino e feminino. Fica a pergunta: "O que fazer, então, para encurtar tantas diferenças?"
Pode parecer complicado, mas não é. A mulher somente precisa de uma atenção especial, uma interação e uma confirmação de seus sentimentos e tudo isso pode ser alcançado com uma boa dose de atenção. Por isso na hora em que ela estiver falando com você, pare o que está fazendo, não leia, não fique vidrado na TV, apenas preste muita atenção. Esta é uma dica que vai fortalecer a sua relação e você pode ir além: desenvolva uma continuidade de diálogo, ouvindo e dando sua opinião; apenas exponha soluções quando lhe forem solicitadas. Saiba que, no fundo, a mulher já sabe o que fazer antes mesmo de nós refletirmos sobre a solução.
Já para manter uma relação mais estável, a mulher necessita admirar o seu parceiro, buscar aquelas virtudes nas quais sempre se encantou. Sei que, com o tempo, vai realmente acontecendo - em ambos os sexos - a procura dos defeitos, mas pare com isso, admire a sua escolha, aquilo de bom que ele tem para oferecer, aqueles atributos pelos quais se apaixonou; não diga a ele o que fazer ou como fazer. Por incrível que isso possa parecer, esta atitude diminui acentuadamente a participação do homem no relacionamento afetivo. Por isso admire-o, somente isso.
Mas se você me disser que isso não é possível, obviamente temos um problema nas mãos que precisamos, a todo custo, encarar para buscar as respostas. Lembre-se: do mesmo modo que você precisa de alguém que a fortaleça, o outro também precisa.
Dr.Paulo Valzacchi (www.autoconhecimento.valzacchi.com.br)
Biomédico, palestrante e professor especialista em saúde emocional. Autor de uma série de CDs de auto-conhecimento. Este texto é um dos temas de suas palestras e cursos. [email protected]
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Texto revisado por Cris
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