Silenciar também é existir

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Autor Paulo Roberto Savaris

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 6/20/2025 8:08:47 PM




Vivemos tempos em que a voz não precisa mais passar pelos ouvidos para existir. Basta um clique, uma reação, um gesto performático diante das janelas luminosas das redes. A compreensão? Essa dança conforme o interesse alheio, não necessariamente o de quem ousa falar - e muito menos o de quem ousa ser.

Silenciar tornou-se um ato revolucionário. Não o silêncio covarde, cúmplice do medo. Mas o silêncio que se recolhe para dentro, onde mora o ser em sua inteireza. Ficar em si, sem querer ser megafone de um mundo que grita sem escutar. Um mundo onde todo barulho parece chamar atenção, mas poucos tocam o essencial.

Falar? Sim, é necessário. Mas há de se ter cuidado para que não se transforme em labareda de vaidades, fogueira de egos inflamados. Thomas Edison, ao observar pedaços de madeira cobertos de terra que continuavam a queimar mesmo sem chamas visíveis, intuía ali o segredo da combustão persistente - a centelha silenciosa que inspiraria a criação da lâmpada. E nós? Seguimos como corpos em combustão estética, consumindo-nos por dentro, exaustos de alimentar um fogo que já não ilumina, nem aquece. Apenas queima. Em silêncio.

A vida nas redes é isso: efusão de impressões. Já não importa o que eu penso, mas o que os outros pensam que eu penso. Já não conta o que eu sou, mas o que aparento ser - editado, filtrado, programado para aceitação instantânea. No palco virtual, o observador que silencia é tachado de tolo. Mas talvez seja sábio. Afinal, enquanto todos se apressam em dizer, poucos param para compreender.

E o mais curioso: nesse teatro de vaidades, até a responsabilidade escorrega por entre os dedos. Sempre há um outro para culpar. E se faltar esse outro, sobra até para Deus. Sim, esse Ser ainda incompreendido, mas que nos dá pistas - tudo vibra, tudo é energia. E a energia... ah, essa sempre retorna.

Por isso, talvez o maior ato de coragem hoje seja não reagir. Mas observar. Escutar. Plantar em silêncio, sabendo que a colheita não falha - só atrasa para quem insiste em terceirizar a semente.

E você?

  • Tem vivido mais como eco ou essência?
  • Escolhe falar por impulso ou silenciar com intenção?
  • Está em conformidade com o seu ser ou anda representando um papel no palco das redes?
  • Que modelo de ser você está cultivando - o que vibra em verdade ou o que grita por aceitação?
O silêncio, às vezes, é o único som que conversa com a alma. O resto... é só barulho.

Um Sonhador, Caminhando com Francisco: Paulo Roberto Savaris é autor dos eBooks: Caminho de Francisco, Entre o Céu e o Silêncio e o Segredo da Simplicidade Franciscana na Amazon https://abrir.link/dyRZv e do Blog Caminhando com Francisco, dedicado à educação, à escrita inspirada na espiritualidade e nos valores de simplicidade e amor ao próximo. https://www.caminhandocomfrancisco.com/






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