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Sincronicidades, Incertezas, Dissociações

Atualizado dia 9/26/2006 3:02:05 PM em Autoconhecimento
por Fátima Cristina Vieira Perurena


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Jung chamava de sincronicidades as experiências repetidas que indicavam eventos que nem sempre obedeciam às leis de tempo, espaço e causalidade. Este conceito, por si só, questiona todo status da ciência que conhecemos, responsável por muito de nosso excelente bem estar do qual gozamos hoje e, que, portanto, não pode ser simplesmente jogado fora. Trabalhamos, sempre, com a hipótese do equilíbrio.

Fala-se muito, atualmente, quase à exaustão, em globalização (e aqui nem se entra no próprio conceito, já suficientemente trabalhado), em um tipo de sociedade em que as pessoas estão cada vez mais voltadas para si mesmas, em detrimento ao coletivo, embora este venha se estruturando de forma diversa àquelas velhas conhecidas, como os sindicatos, os partidos e assim por diante... Alguém já dizia há pouco tempo atrás que o grande problema do século que se inicia seria o estiolamento das relações sociais. A despeito das inúmeras formas de todos se comunicarem, a comunicação em si se tornaria cada vez mais difícil, tornando, assim, quase impossível a convivência humana. O pensar em si próprio, coadjuvado pela certeza da incerteza (sem querer fazer trocadilho), ignorando em boa medida o outro, encaminha para tipos de relacionamentos sociais antes não pensados, muito menos vivenciados. Um economista americano já falava, na década de setenta, de uma era da incerteza.

Com efeito, o que assistimos e vivemos em nossos dias é um viver de incertezas, podendo, aqui, incluir desde o mundo material até o afetivo. As certezas que tínhamos foram “desmanchadas no ar”. O mercado financeiro está incerto, a guerra poderá haver ou não, não sabemos o que esperar de nosso relacionamento afetivo amanhã.

Em boa medida, este olhar para nosso umbigo, se de um lado nos dissociou do outro (ou passamos a não contar com o outro), de outro nos “obrigou” a um processo de auto-conhecimento. Queremos, mais do que nunca, saber quem somos, porquê somos e agimos desta e não daquela forma. E, nesse sentido há muito sendo feito, desde a criação da própria psicanálise, enriquecida sobremaneira pelo próprio Jung ao incorporar o conceito de inconsciente coletivo, até as chamadas práticas terapêuticas complementares.

É possível que homens e mulheres acabem se encontrando de uma forma mais feliz quando tiverem feito este caminho interior (o olhar para o umbigo que é o auto-conhecimento) e, finalmente, possam olhar para o outro e empreender o processo de relacionar-se. Por enquanto, ficamos apenas com as incertezas, as dissociações e o conceito de sincronicidade para compreendermos um pouco melhor esta realidade.

Texto revisado por Cris

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