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Terapia em Mandalas, Labirinto Chartres e Amies na Arteterapia

Atualizado dia 9/3/2020 9:41:34 PM em Autoconhecimento
por UNIABRATH SOMOS TODOS UM


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MANDALA, ARTETERAPIA E MITO DE HEFESTO

Ao trabalhar a mandala, há entre os alunos uma pergunta pontuada várias vezes, como e porque, trabalhar os mitos e contos como expressão e a interpretação pode ser feita.

Estas questões podem ser respondidas de várias formas, a primeira que a mandala é um processo de individuação, isto é, ele está em constante movimento para autoconhecimento e transmutação do indivíduo.

Segundo, ela é trabalhada como história de vida e todos nós contamos uma história. Qual a sua?

Terceiro, a mandala com simbologia e imagens é como sonho, onde você não controla e sim o seu inconsciente trazendo a imagem ao seu consciente.

Quarto, os mitos e contos são arquétipos universais e nos ajudam a transmutar o que não conseguimos representar em palavras.

Podemos trabalhar, vários mitos e contos, aqui vou falar do Mito de Hefesto, pois no meu ponto de vista ele reflete muito este caminho para centro, como explicação do processo mandálico entre o indivíduo e a arte.

Hefesto, inicialmente é excluído na ordem patriarcal do Olimpo, coxo, rejeitado pelos pais, lançado ao mar. O único com deformidade física e o único dos deuses que trabalha. O filho de sua mãe, pois há uma ausência do pai, conscientemente não se insere na ordem aceita, nos valores coletivos e na tradição.

O ciclo mítico de Hefesto nos relata que o deus, ao cair do Olimpo, rejeitado pelos pais por sua feiura, cai no oceano, onde foi recolhido pelas ninfas Tétis e Eurínome e passa nove anos, sendo educado pelas ninfas em local cálido e abrigado, chamado Múkos, que em grego quer dizer Local sagrado, mais íntimo, o lugar das mulheres-casa. Neste lugar feminino, o deus irá aprender as artes da ourivesaria mais sutil, bem como a arte mágica de ferreiro.

Por ser considerado, um padrão introvertido, irá considerar seu lugar predileto longe das alturas do Olimpo dominado pelo masculino, cercado pelas intimidades do arquétipo da Grande mãe, o oceano, as ninfas onde o ciclo mágico iniciático regido pelo número nove, símbolo da completude.

A criatividade tem um papel nuclear no mito Hefesto, pois demonstra os aspectos positivos do arquétipo da Grande Mãe, onde aparece as águas do oceano, as ninfas, o local feminino oculto debaixo das águas e lá que Hefesto terá sua iniciação.

Pela criatividade, a personalidade de Hefesto elaborá sua libido introvertida, determinado pelo arquétipo do pai (zeus). Aqui, podemos ver frequentemente nas técnicas de expressões artísticas. As abordagens interpretativas pertencem ao domínio do “logo”, da palavra ou do pai, as artes expressivas são as esferas da mãe, e neste contexto simbólico situa Hefesto, a criança polimorfo-criativa.

Nas mandalas e nos trabalhos de arteterapia, a arte é a expressão, num contexto simbólico “a criança ferida”, Freud usava como criança polimorfo-perversa, busca da gratificação e Jung ao contrário em seu arquétipo da criança, a futuridade Per se, o símbolo de si-mesmo, a criatividade personificada por Hefesto.

Hefesto representa a transição da natureza e da cultura pela atividade simbólica. A função transcendente, atividade simbólica do arquetípico central do si-mesmo através da criatividade do princípio arquetípico personificado por Hefesto.

Voltando à pergunta inicial dos alunos, o trabalho com contos e mitos na Mandala, trabalha o si-mesmo em sua essência e reconta a história de cada indivíduo e quando trabalhada com a expressão artística, irá trabalhar o equilíbrio entre Anima (psique masculino) e Animus ( psique feminina). Retomando, o arquétipo da “criança ferida” e movimentando num processo de individuação, há amadurecimento e reconhecimento de seu próprio aprendizado, onde tudo é como é e está no lugar certo.

Ao interpretar uma mandala, estamos dando consciência ao inconsciente e isto é um trabalho do arquétipo do pai, o movimento, ação para uma transmutação e ao pintar, desenhar, colocar forma na mandala estamos dando vida arquétipo da mãe, o acolher, a compaixão entendimento do inconsciente e representação da criança ferida está na evolução, isto é, na transmutação do arquétipo do pai e do arquétipo da mãe e da criança ferida, para o processo individuação e do si-mesmo e na aceitação do próprio centro.

A mandala, arteterapia e mito Hefesto nos lembram da introversão, voltar-se para dentro de si mesmo e resgatar a extroversão num processo continuo de Individuação e aceitação do nosso próprio centro, a essência que nos faz seremos únicos...

Esta é uma observação pontuada em minha experiência e estudo, há outras formas de serem vistas e  o lindo do universo é este eterno movimento, que também é mandálico, mesmo na forma de colocarmos como eterno aprendiz...

Namastê!!!!

Prof. Ivanice Rodrigues - Prof. Ead-Uniabrath/Psicopedagogo/Arteterapeuta-Junguiana.

Bibliografia: Walter Boechat. A Mitopoese da Psique.Mito e individuação- Editora Vozes

Carl Gustav Jung - Psicologia e Alquimia, Petrópolis, Vozes

Carl Gustav Jung - Símbolos e Transformação- Petrópolis- Vozes

J.S. Brandão- Mitologia Grega. Vol. I/II/III

Cursos onlines link, atendimentos arteterapeuticos, mentoria para Oficinas.

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