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ZOZ - Tocando a alma

Atualizado dia 4/29/2024 12:14:50 PM em Autoconhecimento
por Margareth Maria Demarchi


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Texto tirado do Livro: Mulheres Libertem sua Alma - Direitos autorais Margareth Maria De Marchi

Tudo começou com a vontade de escrever um livro, que tivesse como o objetivo de discutir como a libertação das almas femininas colabora para uma vida mais espontânea e feliz. Para isso este livro é o instrumento de orientação para as leitoras que como eu, possam refletir e entender os movimentos da vida rumo à realização e satisfação.

Comecei me perguntando:
Com tantos livros com temas sobre a vida e temas sobre o viver, o que eu gostaria de ler?

A resposta foi:
- Algo que me tocasse a alma.

Num primeiro momento isto me pareceu algo simples, como a própria resposta. No entanto, como falar sobre esse assunto teria também que ser algo simples e objetivo, algo que fizesse parte de nossa vida, portanto, simples de entender, simples de sentir, simples de viver... Algo que interpretasse a teoria e com todas as tintas da vida real, desse a ela, uma interpretação de causas e consequências práticas. Por isso, aceito a crítica de que o texto descritivo, às vezes se confunde com narrativa ou com a conversa de sala ou consultório e que certos pontos são repetitivos. Mas, isto é ecoar, e imita a vida, que sempre nos coloca diante de situações semelhantes (e repetitivas) para que o aprendizado seja efetivo e a omissão seja refutada.

É também um livro que pretende facilitar para que a leitora se reconheça, e que algumas até enxerguem sua própria situação. Por isso, reconhecendo que ninguém mais do que nós mesmas nos conhecemos, as experiências e interpretações que devem ser lidas como ficção e podem servir como referência, e às vezes guardam muita semelhança com experiências próprias e vividas, internas ou externas.

Segui então refletindo, se usarmos a alma ao invés da razão quando estamos diante de um momento de inspiração ou de reflexão de vida, perceberemos o quanto isso ajuda para a tomada de decisão. Percebi que a partir desse momento eu já estava comprometida com o que eu queria fazer para minha vida.

Uma pequena mudança no curso de minha vida serviu de impulso para que uma melhor atenção fosse dedicada a esse compromisso. Durante muito tempo trabalhei em empresas. Depois de formada em Psicologia, atuei na área clínica e passei a me dedicar ao campo como Terapeuta. Anos mais tarde voltei a trabalhar para uma empresa e ali, pude associar meu conhecimento e experiências em terapia na área de Treinamento. A pequena mudança que me refiro foi deixar a minha cidade Santo André em São Paulo para ir morar em Maceió, "nas Alagoas".

Chegamos à Maceió, eu, meu marido e quatros filhos. Pensei a princípio que as crianças teriam dificuldade para se adaptar. Engano meu! Eles foram os que mais rapidamente fizeram amizades! Ensinamentos da vida indicando para mim a quebra de paradigmas. Isto porque, eu, por um período, ainda estava tentando me acostumar com a tranquilidade do lugar e da minha nova situação. Afinal, passei anos trabalhando em empresas que me proporcionaram uma "tranquilidade financeira". Digo isso porque, mesmo que o trabalho às vezes pudesse afetar a minha tranquilidade emocional, eu ficava presa ao valor financeiro por ele proporcionado e a falsa sensação de segurança que isto trás. A grande verdade é que eu tinha medo de arriscar, quando deveria compreender que tudo, sempre, depende de mim. Em Maceió tive que romper com este medo.

Veio à crise. A minha crise.

Durante os meses iniciais eu me sentia sem valor e através deste sentimento acabei provocando um mal estar físico que me assustou e ao mesmo tempo fez com que eu me mexesse para sair daquela situação de crise.

A realidade choca... a minha realidade.

Percebi que antes sempre estivera ocupada com muita coisa e naquele momento me vi com todo o tempo que sempre desejei ter e sempre achava não tinha. Sentia temor e me perguntava se conseguiria me dedicar a um trabalho que durante muito tempo pensava em realizar e não o fazia com a justificativa ou o pretexto de falta de tempo. Aquele momento era de decisão e eu estava com medo de descobrir que não tinha capacidade para executar as minhas próprias ideias. Passei alguns meses com esse pensamento e isso atrapalhava o meu desenvolvimento, bloqueava minhas iniciativas e me fazia ficar escondida atrás do biombo de não ter relacionamentos, amizades e de ser uma estrangeira na nova cidade.

À noite, cada uma delas, quase que como registro de passagem, eu fazia a minha oração e pedia uma luz. Estava agora num processo de ganho de autoconfiança, de visualização das minhas possibilidades, mas contrariando meus próprios conhecimentos, ainda sem a noção concreta deste processo.

A cada novo dia quando eu acordava me sentia mais disposta e comecei a aproveitar o tempo sem me pressionar tanto.

Passei a analisar onde poderia encontrar uma atividade e foi assim que consegui iniciar as minhas amizades e procurar cursos para me desenvolver. Com esse movimento acabei mais confiante e surgiram as oportunidades aliadas às minhas amizades.

Conheci Zunara, Rose, Railda, Rosélia, pessoas do Instituto Ser. Através da Zunara e da Rose comecei a me inscrever em vários cursos. O curso mais importante para mim foi Namastê com Daniela e Eduardo Shiniashiki. De conversas e leituras, palestras e seminários, até o ritual de andar nas brasas, uma nova vida se iniciava.

Das idas e vindas da escola, para levar e buscar os meus filhos, quando a obrigação cedeu lugar ao prazer de fazer, nasceu duas grandes amizades: Gláucia e Mônica.

O desejo e a vontade de realizar um projeto me levaram a conhecer pessoas com situações semelhantes. Com a Mônica, participei na realização de um sonho que ela tinha de trabalhar e orientar uma escola com propostas especiais, cujo diferencial está em permitir que a criança explore sua capacidade de criar e compartilhar, de forma a sentir-se confiante em ser ela mesma, superando crítica.

A Gláucia me apresentou a clínica que mantinha com mais três amigos de Faculdade: a Dolores, o Jô e a Karla, com os quais compartilhei atividades. Ali, o trabalho era dedicado à terapia. Trabalhar em sociedade requer um tipo especial de comportamento, por isso, aprendi com eles que isso é possível quando existe carinho e o respeito mútuo.

Muito rapidamente, eu e a Gláucia unimos nossas ideias e começamos também a realizar atividades de treinamento organizacional, num dos programas pudemos montar um conjunto de exercícios de convivência apoiado no ambiente de uma reserva de mata atlântica e na observação da natureza ali presente. Neste crescente de acontecimentos, foi quando descobrimos a Fazenda São Pedro. Utilizamos a trilha do local e me vi encantada pelo lugar. A fazenda possui uma reserva maravilhosa. Francisco e sua esposa Carmelita são quem mantêm o local com atividades educativas, tanto para o turista como também para escolas (quando forem "às Alagoas" visitem a fazenda São Pedro que fica na cidade de Pilar, bem perto de Maceió).

Fui a muitos lugares naqueles anos, e cada um tinha algo que me tocava profundamente, aquilo que no início me provocava saudade passou a alimentar minha admiração e contemplação pela beleza abundante.

Certo dia, passeando de carro com a minha família, tivemos a felicidade de ver três arco-íris de uma só vez, concêntricos, juntos colorindo o céu com as suas cores vivas, quase como se pudessem ser tocados, estavam ali como pintura realista cortando os morros ainda molhados pela chuva, o que intensificava os vários matizes de verde, em inigualável obra de arte da natureza. Foi algo que nos impressionou bastante. Um raro momento.

Numa outra ocasião, quando viajava de ônibus com o grupo do Instituto Ser, todos ali assistimos maravilhados a outro espetáculo da natureza. Olhando para a estrada que na distância se encontrava com o horizonte, víamos as paralelas da pista com ambas as direções ladeadas pela aparentemente infindável plantação de cana de açúcar que era penteada suavemente pelo vento quente daquela tarde de verão. À nossa frente, no horizonte, o Sol, majestoso, como que de repente "desceu" assim, como se estivesse bloqueando a estrada, imponente, dando a impressão de que o ônibus no qual estávamos iria entrar nele. Essa visão foi inesquecível!

À noite, o céu quase sempre límpido e as estrelas parecendo muito mais próximas de cada um do que a real proximidade do trópico permitia. E no mês de agosto ainda mais lindo quando fica entrecortado por uma infinidade de estrelas cadentes.

Um dia, passeando sozinha pela orla, resolvi me banhar no mar. Que maravilha! A água tépida, sem ondas e o mar parecendo uma enorme piscina. A sensação é que o mar te acaricia.

Saí sentindo os meus pés tocando a areia macia e quentinha. Com uma sensação quase infantil e fui andando e olhando aquele cenário que a gente só consegue observar quando está em busca do seu próprio sentimento. A beleza natural dos coqueirais e a cor do mar de um azul mutante, sem igual.... Tudo isso em conjunção com um céu de intensidade simplesmente perfeita para o cenário maravilhoso!

Não posso deixar de falar também do quanto era gostoso passear à noite. A lua cortando o mar com um brilho lindo e o vento balançando os coqueirais. Esse cenário é digno de um ótimo pintor, mas que mesmo com toda sua habilidade não conseguirá representar a beleza real.

Acho que eu estou deixando você com uma vontade enorme de conhecer ou voltar "às Alagoas", não é mesmo? Foi assim que comecei a me envolver com Maceió e Alagoas.

- Gente, tudo isso é Fabuloso! Simplesmente fabuloso!

Ali eu já tinha me batizado e passei a amar Maceió.

Em Maceió eu comecei a escrever este livro e não é um simples texto, ele tem algo especial desde sua concepção. Quando resolvi escrevê-lo tive um sonho onde um Frei Franciscano me entregava um livro. Olhei-o e percebi a capa vermelha que continha uma sigla bem grande, escrita em dourado ZOZ.

Acordei lembrando do sonho e decidi que iria usar a sigla do livro como uma ordem para trabalhar uma mensagem de efeito e importância. Pesquisei sobre sigla e descobri que existem famílias com o sobrenome ZOZ, existem fatos, historias e estórias, mas fiquei especialmente afeita às ligações de ZOZ (símbolo e palavra) com heroínas femininas. Depois de alguns meses, algo surpreendente veio a acontecer: quando eu estava participando de um treinamento, vi entrar um Frei Franciscano, como no meu sonho. Espantei-me e fui cumprimentá-lo. Contei-lhe o sonho e ele, meio que brincando me disse em tom de pergunta:

- Quem sabe se não era eu mesmo que estava lá?

Acredito que muita coisa acontece em nossa vida sem que possamos explicar. Mas, sabemos que estamos rodeados de eventos mágicos que depois de um tempo sendo avaliados, entendemos os seus significados (apesar de algumas vezes termos compreensão imediata do que devemos fazer e em muitas ocasiões nos forçamos a nos desacreditar de nossas próprias aspirações).

Estou muito feliz por escrever este livro e poder dizer o quanto espero que ele seja especial para você, assim como ele é para mim.
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