TOCANDO NA FERIDA MORTAL - PARA TRANSMUTAR!
Autor Paulo Valzacchi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/31/2006 10:32:30 AM
Em nosso curso de dois dias, cujo tema era auto-estima e motivação, um dos nossos objetivos era tocar no que chamamos de "ferida mortal": o ponto por detrás de uma couraça forte de proteção. Chegar até ela cuidadosamente não é tarefa fácil, mas após diversas dinâmicas, algumas delas extremamente reflexivas e de caráter emocional, soltar-se e desarmar-se é inevitável.
Homens com aquela pose de empresários sérios ganham um novo colorido e se transformam em crianças a exporem todos os seus sentimentos represados pelo senso absurdo de acreditar que represando, escondendo, não sentimos dor e seguimos em frente. Mulheres, aparentemente duras, rígidas no aspecto emocional, com aquela afeição de distância, em poucas horas desatam os nós e se tornam aquilo que realmente são. Mexer na ferida mortal é dar acesso a uma cura maior.
Num desses cursos, uma das cenas mais impressionantes que pudemos testemunhar, foi a de um jovem de seus 35 anos que já não mais mantinha contato com seu pai e o culpava por muitos e muitos motivos. Nesse dia de finalização de curso, trouxemos um parente de cada cursando e o pai deste foi chamado. Havia um momento especial onde cada aluno ia ao palco para dizer sobre o quanto o curso o auxiliou e poder retirar de seus olhos as dificuldades que o impediam de crescer e de ser melhor. Num tom suave, quando a expectativa parecia tomar conta de todo o ambiente e sentia-se a vibração harmônica na sala, o rapaz levantou-se, olhou nos olhos do pai que estava sentado na platéia e disse: "- Perdoe-me pai, eu te amo de todo o meu coração."
Emocionado, o pai levantou-se e seguiu em direção ao filho que lhe tomou nos braços com um forte abraço. Todos nós ficamos extasiados pela vastidão de ternura e amor que se difundiu no ambiente, como se luzes focassem um aspecto da vida sobre o qual todos nós devêssemos refletir: o perdão.
Na verdade, nunca soubemos os motivos que geraram o afastamento de ambos, mas certamente pudemos presenciar os laços fraternais novamente se atarem. Sabíamos que aquele era o momento, a oportunidade.
Nesses cursos sempre acontecem situações surpreendentes pois as pessoas deixam a máscara da vingança, dor, mágoa, justiça, de fora e apenas começam a ser elas mesmas. São alguns dias de resgate daquilo que realmente somos. Tocar na ferida mortal de uma maneira cautelosa é um jeito especial de entender o que está acontecendo conosco.
Muitas pessoas não têm acesso a esses cursos, por isso gostaria de deixar aqui uma ferramenta que poderá auxiliá-lo, e muito, a se desvencilhar das couraças que o impedem de ser feliz.
Pegue um papel sulfite, escreva nele quais as pessoas que o magoaram e o porquê dessa mágoa. Escreva também quais os seus medos e inseguranças. Escreva aquilo que não gosta e o que mais gosta em você. Deixe fluir todas as palavras, tudo aquilo que quer expressar. Depois escreva para aquela pessoa que o magoou muito, ou que você a tenha magoado; coloque todas as suas dores, sentimentos... desabafe. Alguém vai ouvir aquilo que você quer, há tanto tempo, desabafar. A psicoterapia está baseada nisso.
Depois de ter feito tudo isso, envie-nos o que você escreveu para o meu email: [email protected] e aguarde alguns dias que retornarei com uma mensagem especial para você.
O grande foco deste trabalho é proporcionar a você um momento especial para deixar sair tudo aquilo que está preso e depois ouvir uma mensagem que o possa guiar por caminhos melhores.
Desejamos um bom encontro de você consigo mesmo!
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Texto revisado por Cris
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