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Transmutando a dor da perda!

Atualizado dia 9/3/2006 2:05:30 PM em Autoconhecimento
por Paulo Valzacchi


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Eu estava num daqueles plantões intermináveis num domingo à noite, mas como era inverno tudo estava calmo, a tal ponto que o tempo parecia não passar... Então, fui interrompido por uma chamada que me mobilizou prontamente até a UTI.
Chegando ao centro, observei uma jovem de face extremamente branca; ao pegar em suas mãos, senti o gelo profundo de seu corpo... Com um toque sutil, sentei ao seu lado e lhe disse que eu iria apenas colher seu sangue.
Ela acabara de vir da maternidade, teve uma bela criança, mas havia algo errado acontecendo... eu sabia disso... estava como se estampado no ar, a atmosfera irradiava algo em desacordo.
Ela olhou bem em meus olhos e dizia freneticamente que iria morrer...Em contra-partida, eu dizia que não, que estava tudo bem, ignorando minha razão para tentar confortá-la.
Tirei rapidamente seu sangue, pedi que não se preocupasse e sai em disparada para o laboratório, assim teria os resultados o mais rápido possível.
Se passara exatamente quinze minutos, não mais que isso... Ao chegar, estendo minha prancheta com o resultado para as mãos do médico de plantão, que de cabeça baixa apenas faz um suave meneio de cabeça: não era mais necessário...
Eu estava simplesmente abismado... Como em apenas quinze minutos uma pessoa segue em direção a outra jornada! (Com o passar dos anos, aprendi que quinze minutos às vezes seria tempo demais, existem pessoas que partem mais rapidamente).
Segui então em direção à maca que acolhia aquele pequeno corpo que certamente sabia mais do que eu o que estava acontecendo e como transcorreria o final, um íntimo sentimento de que a hora estava chegando... Encostei perto da maca e num gesto de tristeza, desesperança, mas de fé, orei baixinho pequenas frases de um coração cansado e triste por um momento de plena reflexão.
Naquela noite não pude dormir, assim como outras que se passaram.
Essa história não terminara com um "viveram felizes para sempre", mas de uma forma mais dramática, vendo o marido na recepção chorando copiosamente sabendo que não somente a sua esposa, mas também sua filha não sobrevivera.
Aquele sentimento de perda me invadiu e tive de trabalhá-lo por muitas e muitas semanas até poder entender o que se passava.
A perda é uma das mais profundas dores que a alma pode sentir, hoje eu tenho plena consciência disso... Existem pessoas que perdem entes queridos que vão para o outro lado e outras que perdem pessoas pelo simples fato de saírem de sua vida.
Nós, como seres emocionais, sentimos e sentimos muito.
Diante disso,às vezes é até difícil de conceber a frieza de pessoas que tiram a vida preciosa de outras pessoas.
Mas todo esse sofrimento foi abreviado em minha vida quando eu pude crescer espiritualmente, no momento em que fui buscar as respostas às minhas mais profundas questões, e como eu era extremamente cético, observador e científico, as respostas demoraram muito mais... Eu precisa não somente sentir, mas também provar a mim cada uma delas.
Com o tempo, meu sofrimento foi dando espaço para uma compreensão profunda, mais palpável... Embora ainda as pessoas teimem em dizer que não existe o palpável no lado espiritual, para mim essa e muitas outras experiências foram reais.
Naquele pequeno hospital onde tive as minhas mais diversas experiências, pude observar nas capelas onde as pessoas dão o último adeus às pessoas que amam, num ritual doloroso, pessoas que estavam aturdidas pela evidência da perda, que gritavam, gemiam, choravam... Mas pude observar também semblantes calmos, de paz, e de profundo amor em outras, tudo isso dependendo de suas crenças interiores.
Acreditar na espiritualidade fez de minha vida um pouco melhor, assim como sei que pode fazer da sua a mesma coisa... Entender os mecanismos do mundo não significa se abster da dor, da perda... Não, muito pelo contrário! Precisamos senti-los, mas algo mais nos ampara, a certeza de que todos nós estamos envolvidos em algo maior.
Em geral, em meus artigos eu não exponho minhas crenças religiosas, afinal desse modo respeito completamente as suas, mas sempre tento expor minhas experiências aliadas às minhas mais profundas percepções.
Espero que você possa compartilhar delas comigo, e saber que todos podemos estar livres da dor; afinal, ela é opcional, o sofrimento talvez não. Creio que deveremos passar por experiências dessa natureza para enriquecer e aprender coisas que desconhecemos.
Nesse instante de tristeza, de sofrimento, apenas peço que você pare por alguns instantes, olhe ao seu lado e comprove comigo... isso mesmo, eu e você... que existe algo muito maior que nos sustenta.
Comece hoje a realizar as suas reflexões íntimas em relação às suas mais profundas dores e busque dentro de si a fé, a compreensão e a visão de um futuro mais promissor.
Muita paz!

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Texto revisado por: Cris

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