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TVP e o feeling do terapeuta II

Atualizado dia 6/1/2006 1:25:48 PM em Autoconhecimento
por Martha Mendes


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“Educar a mente, disciplinando a vontade, constitui o passo inicial para extirpar as causas das aflições, infundindo responsabilidades atuais, geradoras, por sua vez, de novos resultados saudáveis, para propiciarem o futuro bem-estar a que se está fadado”.
Joanna de Angelis (psicografia de Divaldo Pereira Franco)


Compreender os mecanismos do pensamento e da emoção promove o conhecimento de si mesmo. Existem casos em consultório de dores e pânico em que não se encontram causas clínicas. O terapeuta deve consultar sobre eventuais acidentes, traumas e estados de inconsciência antes de iniciar um tratamento direcionado às vidas passadas.
Há casos em que o cliente passou por momentos traumáticos e sua mente registrou, em estado alterado, pensamentos, verbalizações, emoções distorcidas das pessoas que estavam ao seu redor.Estas mensagens agem como comando hipnótico, devido a alteração da consciência. As dores podem ser o resultado de um acúmulo de vibrações geradas por uma pancada. Então, a pessoa sofre dores no local e nas regiões abaladas. Chamamos isso “resíduos psicossomáticos”.

Vou contar o caso de Maria. Suas queixas vieram a partir de uma raiva que sentia da mãe, achava que a mãe super protegia o irmão e tinha certeza de que não sentia ciúmes... O que sentia era bem mais forte que ciúmes: era raiva! Tentava de todas as maneiras se relacionar bem com a mãe, mas sempre sentia um ar de cobrança dela. O irmão a procurava somente quando precisava de algo e ela sempre o atendia prontamente. Quanto mais tentava negar e justificar seus sentimentos, mais fortes se tornavam.
Já havia feito outras terapias, sem sucesso. Queria a qualquer custo fazer regressão à vida passada para encontrar as causas deste sentimento.
Sentia dores de cabeça, no pescoço, na região do rim direito, no joelho direito, e uma sensação de nó na garganta.
Foi realizada sondagem com relação a algum momento traumático, acidente, estado de inconsciência como pancadas e anestesia geral... resultou que aos 12 anos sofreu um acidente de bicicleta, mas o que sabia era somente o que lhe contaram. Ficou desacordada por muito tempo. Lembrava de ter quebrado o braço, cortado os joelhos, a sobrancelha e ficado desfigurada, pois também ralou o rosto contra um muro chapiscado. Segundo o médico teria que fazer várias plásticas para conseguir ajeitar o rosto.
Iniciada uma sondagem sobre o evento, ela se lembrou de que estava na casa da avó e a mãe, antes de ir embora, ordenou que não saísse de bicicleta na rua, era muito perigoso. Ela tinha sempre muito medo de que algo de ruim acontecesse aos filhos. A mãe mal virou a esquina e ela se juntou a uma amiguinha e saíram para passear, na rua, de bicicleta. Maria assumiu o controle da bicicleta e a amiguinha estava na garupa. Lembra-se de estar descendo uma ladeira quando percebe que os freios não funcionam. E, a partir daí não se recordava de mais nada.

Iniciou-se o trabalho de sondagem física e depois a de terapia regressiva (não é a de TVP), e muitos conceitos são resgatados do período em que se fica inconsciente.
Pela localização das dores e seus reflexos nos direcionamos até o momento do trauma.
Ela não conseguia ver, tinha uma grande angustia, a respiração ofegante, mas não via nada. Feita a dissociação, foi pedido para que ela subisse, ficasse fora da cena para ver de cima, mas ainda era difícil. Foi se afastando cada vez mais até que conseguiu ver uma enorme nuvem escura.
Perguntando o que era aquela nuvem, de quem era aquela nuvem, imediatamente ela respondeu:
“É medo, ouço minha mãe gritar, é pavor, a nuvem é dela, é o medo dela”.

- Esta nuvem precisa ficar aí? O que gostaria de fazer com esta nuvem – pergunta o terapeuta.
Ela responde: “eliminá-la”!
Aos poucos a nuvem foi clareando. Maria sabia que não lhe pertencia.
A imagem do acidente foi ficando real, conseguiu ver os detalhes, ouviu os comentários das pessoas que a socorreram, viu o resgate e o trajeto até o hospital (dissociada - fora da cena). Quando chegou ao hospital teve a sensação de estar dentro da ambulância e quando a porta abriu viu o enfermeiro e sua mãe; lembra-se dos olhos de pavor da mãe e de sua fala: “O que você fez comigo?”. O choro preso há 34 anos veio à tona compulsivamente, até que esgotou toda aquela emoção. Foi uma catarse (alívio-compreensão).
Para o fechamento da sessão Maria foi fazendo link, o que promove a libertação, a higienização e a cicatrização da ferida (trauma significa ferida):Como medo de perder o controle de tudo - não soltou o guidão da bicicleta mesmo se chocando com um veículo e saltando por cima dele até se chocar com o muro, quando ficou inconsciente; a sensação de não poder perder tempo ,ela ouviu os policiais que a socorreram gritar" corre,corre,não perca tempo";Sempre teve medo de perder a consciência, nunca experimentou nada que lhe alterasse a consciência; A culpa que sentiu em desobedecer à mãe e por tê-la feito sofrer, a remeteu aos seis anos de idade quando estava no quintal de sua casa e sentou em um cobertor que estava estendido no varal para se balançar quando o muro, onde se encontrava preso o arame, caiu na cabeça de seu irmão. Na cena veio a mãe com ele no colo, ensangüentados e a afirmação: “viu o que você fez com seu irmão”?
Percebeu que sempre estivera preocupada com o irmão, com seu bem estar geral; sentia-se deprimida quando o irmão não estava bem, como se precisasse, a qualquer custo, fazer algo por ele. Compreendeu que ele também acredita ser ela culpada. As dificuldades de vida da mãe fizeram-na muito medrosa que implica impor seu medo aos filhos.
Iniciou-se a reconciliação da criança com ela mesma, com a mãe, com o irmão. Libertando-se acolheu finalmente a criança que passou 34 anos sentindo-se desesperadamente culpada.
Depois do amadurecimento das emoções acessadas, após algumas sessões (semanas) libertou-se também das dores, da angústia que sentia sem motivo aparente, da preocupação excessiva com o irmão e da raiva da mãe. Manifestou vontade de estar com ela.

É provável que haja vínculos com um passado remoto, entretanto, o entendimento das relações desta existência é muito significativo até mesmo para facilitar a experiência, se houver ainda a necessidade, de uma regressão a vidas passadas.As mensagens acessadas em estado alterado de consciência podem se manifestar na experiência de regressão à vidas passadas como "outra consciência",presença. Aprender a se posicionar diante das adversidades do presente faz ressonância com o passado. Cada passo dado em direção ao amadurecimento é luz para se des-envolver(libertar-se)do passado que compromete a qualidade de vida no agora.
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Marta de A. L. Moreira Mendes
Psicoterapeuta Reencarnacionista, educadora, pós-graduada em Psicossomática e Psicobiofísica, escritora e pesquisadora.
Visite o Site: www.harmoniatc.pro.br

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Martha Mendes   
Pedagoga e Psicoterapeuta complementar, pós-graduada em psicossomática e psicobiofísica, com extensão em neuropsicologia: emoção e cognição e psicologia e religião. É também Mestre em Bioeletrografia pela IUMAB - International Union of Medical and Applied Bioelectrography e certificada pela Earth -European Association for Regression Therapy.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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