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UMA ERA DE ASCENSÃO

Atualizado dia 6/19/2008 1:51:34 PM em Autoconhecimento
por Lucya Vervloet


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Logo que acordo fico ainda um pouco quieta e procuro ouvir as batidas de meu coração. Massageio o peito e o timo (dou algumas pancadinhas leves nele), faço uma pequena oração e visualizo como gostaria de começar o dia. Isto, para mim, significa começar o dia protegida. Caso nem tudo transcorra em harmonia, como imaginei, sem muitas surpresas desagradáveis nem muita alegria interior e exterior, pelo menos passo longe do que poderia agredir ainda mais o meu sistema.

Já há algum tempo tenho sentido muita saudade de minha infância. Do jeito que acordava, pulava da cama e “voava” pra vida... Era tanta energia, alegria e entusiasmo que os mais velhos, muitas vezes, precisavam me conter. O que é natural. Hoje procuro ter um pouco mais de paciência, tanto com os mais jovens (com os adultos imaturos também!), quanto com os mais idosos. Confesso que é um aprendizado de toda uma vida e além.

Nada pra preocupar, desanimar ou fazer desistir. Parecia que os meus desejos (ou não) se cumpriam sem o menor esforço e ad infinitum. Eu sentia uma harmonia muito grande interna e externa. No íntimo, sabia que cresceria e o que haveria de enfrentar. Mas, minha mente parecia não se fixar muito nessa situação. Era a plena “insustentável leveza do ser” em ação. Hoje revivida com menos freqüência, o que faz de mim uma “tímida” saudosista de plantão.

Nas manhãs ensolaradas do cerrado, aventurava-me a descobrir a cada dia uma novidade. O corpo solto parecia perceber com nitidez todas as sensações, e a manifestação dos sentidos era como a de um “bichinho” curioso e inocente. Lembro-me de ser bastante intuitiva e confesso ter saudade desse livre viver.

As noites eram sempre mornas ou frias. O arroz com pequi ou a sopa de legumes “cortadinhos todos do mesmo tamanho”, como dizia minha mãe, não faltavam à nossa mesa e ainda davam um sabor todo especial aos nossos momentos juntas.

Era tanta vitalidade que após um dia cheio de sangue, suor e risadas, ainda tínhamos “pique” para organizar as travessuras e aventuras da manhã seguinte. A certeza de que tudo seria perfeito também nos encorajava. Ver o nascer do sol despontado ali tão longe e tão perto, despertava em nós um entusiasmo febril, vibrante. O contato com a mãe terra nos induzia à preguiça “boa”, a rolar pelo mato e a nos estirar junto às margens do pequeno rio manso, refrescante e único.

Entusiama-me ainda o pensamento de que nada disso foi perdido e de que a matriz para uma vida perfeita e feliz permanece. De que basta acioná-la em algum recôndito da memória para reviver cada momento com a mesma intensidade. A inocência da infância outrora perdida deve dar lugar à sabedoria e tranquilidade.

Por isso, todos os Mestres de todas as épocas são enfáticos em dizer que precisamos renascer. Isto é, tornarmo-nos livres dos pecados dos adultos. Logo que nascemos e ainda por algum período de tempo, estamos bem mais ligados ao mundo espiritual que ao mundo material. O que acontece é que no desenrolar da vida mundana vamos adquirindo e somando mais vícios aos já existentes. Vamos formando um amálgama de sentimentos e emoções negativas que obstruem e bloqueiam o livre fluir da vida. Sem mencionar o que atraímos de acontecimentos que podem marcar em “brasa” a nossa existência.

Não posso esquecer de mencionar que nascem pessoas com infâncias terríveis. Pessoas que já começam a sofrer no útero da mãe. No entanto, de qualquer forma, quem ainda não se realizou plenamente e continua frustrando-se com as mazelas diárias, tem como alternativa fazer uma reforma íntima. Seja conectando-se mais e mais com seu ser interno, seja aproximando-se de um guru, seja fazendo uma terapia que mais lhe ofereça avanços espirituais.

Gostaria de ter a coragem de abandonar tudo o que chamo de vida atualmente. As responsabilidades familiares, os sonhos e ideais ainda não realizados. Partir em busca de mim mesma mais uma vez.

Fica aí a intenção plasmada no Cosmo. Fazendo a minha parte, atenta aos detalhes, sintonizo-me com o Amor da melhor forma que alcanço, sem pretensões, sem alarde, humildemente. Aguardo que a Graça venha até mim e como que de repente, enlace minha alma em sua maior Luz.

Vivemos em uma era de ascensão, num tempo em que, sem exceção, todos podem vislumbrar essa possibilidade. Portanto, um pequeno esforço diariamente pode nos tornar pelo menos pessoas melhores. Dediquemos alguns minutos do dia para verificar quais preconceitos, tormentos e sentimentos ainda nos separam dos outros. Já seria como um primeiro passo de uma longa caminhada. Como sabemos, os inícios podem ser mais difíceis para alguns; para outros o difícil é a constância e para alguns outros as finalizações são sua marca. Portanto, com cada um em seu ritmo e compasso podemos, num futuro próximo, transformar o nosso lindo planeta Terra numa grande bola de luz multicolorida, transparente, refletindo as inúmeras galáxias além de nossa imaginação.

Dissolvo-me diante de tal perspectiva...

Lucya

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Lucya Vervloet   
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras.
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