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Uma Experiência fora do Corpo

Atualizado dia 10/8/2018 2:19:12 PM em Espiritualidade
por Baltazar Neto


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Fazia algum tempo que não escrevia. A correria do dia a dia atrapalhou minha rotina. Tentava buscar um tema relevante para escrever, mas não me vinha nada, foi então que depois de ir tomar um passe na FEESP (Federação Espírita do Estado de São Paulo), meus amigos espirituais me lembraram da minha primeira experiência fora do corpo, que só hoje, após quase 20 anos, pude refletir calmamente e repassar para vocês...

Aos meus 21 anos, a minha mediunidade já estava em pleno vapor, mas eu não tinha o mínimo conhecimento para que eu pudesse administrar essa condição em minha vida. Todas as soluções que me eram apresentadas eram demoradas e requeria muito esforço, estudos e mais estudos, disciplina e persistência. Eu, como a maioria dos jovens,  buscava soluções rápidas, achando que fazer um tratamento ou ir em um centro já era o suficiente.

Lembro que nessa época eu tinha muitos hábitos pouco salutares. E como todos sabem, péssimos hábitos mais mediunidade nunca dão bons resultados. Vivia cansado, dormia mal, sempre estressado. Não frequentava nenhum lugar específico, mas de vez ou outra lia alguns textos espirituais e fazia algumas práticas de bioenergia.

Certa noite, com muita dificuldade para dormir, decidi rezar e pedir auxílio, uma iluminação, um caminho que eu pudesse seguir.
Não me lembro bem como se passaram os próximos minutos, mas me senti puxado para fora do corpo, e num piscar de olhos me vi em um lugar maravilhoso. Na verdade, tão diferente e bonito que mesmo após muitos anos e muitas saídas, a lembrança desse lugar permanece viva em minha mente.

Era uma pirâmide enorme, formada por uma  junção de metal e cristal. Brilhava intensamente como um prisma, parecia flutuar sobre as nuvens. Meu corpo se sentia atraído e era como soubesse o caminho a seguir. Conforme me aproximava notei que ao centro da pirâmide havia uma espécie de palco com duas rampas de acesso, no centro do palco dois espíritos que recebiam as pessoas formavam uma fila na frente da primeira rampa. Eu sabia que deveria entrar fila e que passaria por um tratamento.

Conforme me aproximava, percebi que a pirâmide era dividida internamente por andares com espécies de prateleiras, nesses espaços se encontravam diversos espíritos que ficavam observando e doando energia para o que acontecia no centro do palco. Era com certeza a visão mais surpreendente que tinha visto desde então. Observava com atenção, parecia que eles estavam aprendendo também, como aquelas salas de cirurgia nos hospitais onde os residentes assistem os médicos operarem.
Haviam tanto desencarnados como encarnados, que provavelmente trabalhavam nos centros espiritas e reuniões mediúnicas espalhadas pelo globo. Mal tive tempo de admirar tudo, quando chegou a minha vez de subir ao palco, e receber o atendimento espiritual extrafísico, lembro-me de pensar: ”nossa, até fora do corpo tem atendimento”, e pelo tamanho da fila, percebi que haviam centenas que também estavam na mesma situação. Percebi que na fila alguns espíritos desdobrados estavam conscientes e outros ainda saiam do corpo sem consciência, iam para lá durante o sono e depois retornavam aos seus corpos, acordando de manhã como se nada tivesse acontecido, ou apenas uma vaga lembrança e uma sensação boa.

- Pode vir... Alguém me chama e me tira da minha reflexão.

Ao me virar, um senhor sorridente me convidava a me posicionar ao centro do palco.

- Venha aqui no centro, não vai demorar, dizia ele.

Quando cheguei ele comentou com uma moça que o acompanhava:

-Pronto, agora é só encaminhar, e você, meu rapaz, pode descer pela outra rampa, já terminou.

Quando me virei para perguntar o que precisaria fazer, tomei um susto! Meu corpo paralisou, minhas mãos gelaram e meus olhos não acreditavam no que viam.

Havia uma espécie de cadáver em decomposição, uma caveira presa em uma barreira energética que se debatia freneticamente. Quando nossos olhares se cruzaram, ela começou a gritar, agoniada, esticava os braços em minha direção, berrava. Eu fiquei estático sem saber o que fazer.

O senhor me explicou que aquela criatura estava conectada a mim, pelo meu padrão de pensamento, que seria encaminhada para tratamento e eu deveria deixar o local. Conforme eu caminhava e me afastava, aqueles gritos de desespero iam tomando conta de mim. Comecei a sentir toda aquela agonia, fazendo parte de mim, foi quando tomei uma atitude por conta de não ter muita experiência que hoje não tomaria.

Retornei ao palco e pedi que soltassem a criatura, e que permitissem que ela voltasse a se conectar comigo. Sei que lendo parece uma loucura, mas eu sentia a mesma dor que a criatura. Era mais forte do que eu, não poderia abandonar uma criatura que estava sofrendo. Queria que aquele sofrimento parasse a todo custo. A moça do palco tentou argumentar, mas o senhor a tocou no ombro e disse:

- Deixe ir, minha filha.

A criatura se conectou comigo e voltei ao meu corpo, algum tempo depois estudando o evangelho e participando de tratamentos na Federação, essa criatura foi encaminhada e nós dois recebemos os tratamentos que precisávamos. Hoje sei que criei um vínculo emocional com a criatura. Senti pena, asco e esses sentimentos criaram uma conexão, que fez com que eu sentisse o mesmo que ela sentia voltando a ter aquela simbiose.

Uma das Leis de Deus é o Livre Arbítrio, mesmo querendo me auxiliar, os espíritos não poderiam interferir na minha escolha. Sai de lá com a criatura e hoje com a explicação e ensinamento.

Quando me foi passado escrever essa história, eu tive que conversar com meus amigos espirituais o porquê escrevê-la após 20 anos. Eu cheguei a essa conclusão:

Tanto na vida extrafísica, como na material, encontramos pessoas e espíritos que tentam nos ajudar, se esforçam para abrandar os tormentos que nós mesmos nos imputamos. A maioria de nós busca ajuda e quando precisamos revirar nossas vidas, e ter consciência que somos os responsáveis pelas nossas mazelas, repudiamos a ajuda e seguimos em frente, a busca de um milagre, de uma ajuda que nos mantenham na nossa zona de conforto. A espiritualidade, que é branda e pacífica, nos permite seguirmos sem ofensas e agressões, pois sabe que todos têm o seu tempo, o progresso e evolução continua, é uma Lei natural de Deus e não importa o tempo que leve, todos iremos evoluir.

Às vezes, ficamos chateados quando tentamos ajudar e as pessoas ignoram, fazem piada e seguem falando mal. É o fluxo da vida, quem ama também deixa ir, às vezes o nosso trabalho é apenas colocar a semente que outro fará germinar.

Que todos nós tenhamos fé e oremos para que possamos perceber quando esses anjos encarnados e desencarnados surgirem em nossas vidas para aliviar os nossos fardos, pois hoje não há ninguém que não precise de auxílio. Eu sempre procuro aprender e agradecer por cada criatura que cruza meu caminho, sem ligar para aparência e classe social. Estejamos sempre abertos e confiantes.

Gratidão a Deus ao universo e a vocês por mais essa oportunidade.

Texto Revisado



 

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Conteúdo desenvolvido por: Baltazar Neto   
Ilustrador, editor do blog ´Um caminhar pela espiritualidade´, compartilha suas experiências através de ilustrações feitas com a ajuda da clarividência.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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