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Uma história sobre o Ser Maternal

Atualizado dia 5/19/2007 8:27:53 PM em Autoconhecimento
por Maria Elda


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Um assunto inesgotável, mas também por vezes muito cheio de clichês. Ser mãe é ser maternal? Não, não há nenhuma garantia de que uma mãe possa ser maternal.
É duro ouvir isso, saber disso, mas é a realidade. Talvez,em algum momento do exercer a maternidade, falte-lhe o amor essencial. Ser maternal é o cuidar e proteger que brota do amor enraizado. Ser maternal é acolher, amparar,nutrir, abençoar e proteger. Mas tudo isso é pretexto para eu lhes contar algo que vi e que me remeteu à questão do ser maternal.
Outro dia, quando me dirigia ao hospital da Universidade Federal do Ceará, onde iria realizar uma pesquisa em psicooncologia, já nos seus arredores, diante do NUTEP, Núcleo de Estimulação Precoce, -lugar em que se trabalha com crianças pequenas que necessitam de estimulação psicomotora em função de prevenir falhas em seu desenvolvimento, me deparei com uma cena que chamou minha atençaõ; um homem segurava ao colo um bebezinho.
Não, não era um homem qualquer, era certamente o pai do bebê. O bebezinho parecia havia poucos dias de nascido. O pai o abarcava com os braços, numa atitude totalmente acolhedora, encaracolado sobre o bebê, como se um semi-útero fosse.
Era um homem, mas estava ali na calçada, em espaço público, totalmente absorto em sua maternidade.
Quisera ter registrado aquela imagem! E logo, na semana em que se festeja o dia das mães! Geralmente me comovo ao ver pais com seus filhos em atitude de cuidado e proteção,em quase despercebidas tarefas, pequeninas e sutis tarefas que não saberia definir agora, não naquela só de jogar futebol, ou coisas de gênero. Neste caso, entretanto, não me emocionei, apenas quedei de boca aberta e os cliquei mentalmente.
O homem parecia ter parido aquele bebê, seu abdomem estava grande e meio assim, quebrado, como ficam flácidos os da mulher após ser esvaziado no parto. Tinha saído do seu ventre para os seus braços em concha. Era ali, sem dúvida, a imagem de uma mãe!
Desde quando ele se tornara mãe? Desde que sua mulher engravidou? Não é raro, homens que ficam "grávidos" como suas esposas-gestantes. Ou fora depois que o bebê nascera? O que tinha aquele recém-nascido, de que sofria para estar ali diante do NUTEP, seria prematuro? E a mãe do bebê, onde estaria? Por que era o pai-mãe a segurar o bebê?

Ah! Se me tivesse dado a investigar! Segui meu caminho adiante! Foram só alguns segundos, premiando meu olhar e inquietando meu espírito.
Que Deus abençoe os pais que precisam ser mães e às mães que muitas vezes têm que se travestir de pais!

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Elda   
Psicóloga e autora do blog http://www.ramosrumoselacos.blogspot.com
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