UMA HOMENAGEM A DEMETER, A DEUSA- MÃE



Autor Rita Maria Brudniewski Granato
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 06/05/2008 15:53:41
Uma homenagem a DEMETER, A DEUSA- MÃE
(Consciência matriarcal)
Em homenagem as mães, resolvi retomar esse arquétipo, Demeter, a deusa-mãe, para podermos entender de forma mais profunda essa nossa fase, uma psicologia da psique feminina.
Uma deusa é uma forma que um arquétipo feminino pode assumir no contexto de uma narrativa ou epopéia mitológica. Quando sonhamos ou fantasiamos , nossa mente inconsciente pode recorrer ás imagens arquetípicas de nossa cultura, ao que Yung chamou de inconsciente coletivo.
Através desse arquétipo, a deusa, é a encarnação do campo de energia psíquica que inspira e in forma as atitudes cotidianas, o comportamento e os ideais de muitas mulheres da sociedade contemporânea.
Bom, a mulher Demeter é regida pela deusa das colheitas; ela é uma verdadeira mãe- terra que gosta de estar grávida, de amamentar e de cuidar de crianças, está envolvida com todos os aspectos do nascimento e com os ciclos reprodutivos da mulher.
Quando essa energia da Deusa Demeter desponta em nossa vida, é comum acontecer que tudo o que vínhamos fazendo vire de pernas para o ar, pensando sem parar em nosso filho que vai nascer. Essa turbulenta excitação, foi estudada por Yung e levou-o a elaborar que os arquétipos não apenas moldam o comportamento, como também os transformam.
Nessa fase, a mulher- Demeter, não se interessa particularmente pela sexualidade ou pelos relacionamentos intelectuais. Porem, como possui energia maternal muito abundante, sentirá a irresistível tendência a cuidar de todos os homens, não importa a idade deles, transformando-os em filhos para idealizá-los como heróis.
O amor de Demeter é uma forma totalmente dedicada e generosa de doação e acalento que reconhecemos como “carinho de mãe”.
A mulher Demeter está tão envolvida em ser mãe se sente feliz e realizada, sendo mãe.
Quando a consciência de Demeter emerge sua energia adquire contornos de generosa extroversão, pois todos os seus pensamentos, sentimentos e reflexos tornam-se inteiramente adaptados ás necessidades da criança, não mais as suas próprias. Seu sono e sonhos acompanham os ciclos do bebe e seus ouvidos ficarão super aguçados a qualquer gemido ou balbucio.
A realização de Demeter esta em maravilhar-se com os filhos- nos quais vive se move e justifica sua existência.
Bem, mas por mais belo que seja este quadro de Demeter realizando-se como mãe, ele está longe de ser universal para a maioria das mães modernas nas sociedades ocidentais e industrializadas. As funções sagradas de Demeter acabaram sendo denegridas e desprezadas no mundo moderno. Uma mulher Demeter se pudesse escolher optaria por no mínimo cinco anos de licença remunerada para criar seus filhos e por uma sociedade que realmente respeitasse a maternidade.
Hoje novas mães, casadas ou solteiras, tem experimentado maneiras novas e criativas para cuidar de dos filhos numa sociedade complexa e fragmentada como a do mundo moderno. Apesar de todas as probabilidades, de toda perversão e profanação possível, o grande rio da vida que é Demeter continua a fluir. Nossas preces são para que essa força continue sendo sentida e reverenciada no fundo do corpo e do sangue de todas as mulheres.









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rita Maria Brudniewski Granato Sua metodologia atual de trabalho combina diversas áreas da Psicologia tradicional e moderna, com resultados altamente eficazes comprovados pela recuperação de centenas de pacientes ao longo dos seus mais de 30 anos de profissão Especializou-se em atendimento a adultos, adolescentes, crianças, casais e família. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |