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Uma segunda chance

Atualizado dia 7/26/2007 12:25:14 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Conversando numa roda de amigos, um deles reclamava de questões de sua vida, traições, assuntos mal resolvidos e dizia que tinha resolvido não dar oportunidades para novos erros. A maioria das pessoas concordou prontamente com ele, pois não é fácil levar um fora, ou passar por uma decepção seja ela amorosa ou mesmo com um amigo que tem uma atitude ruim com você...
Neste momento, uma das pessoas sentadas à mesa disse em alto e bom som que ele discordava, em sua opinião, todos merecem uma segunda chance.
O assunto mudou, conversamos de muitas outras coisas, mas ficou na minha cabeça a atitude radical de um e a opinião mais leve do outro e me lembrei de uma cliente que tinha passado por uma situação bem ruim de perda.

Na ocasião do nosso encontro ela estava muito triste por que tinha perdido uma amiga.
Para entender melhor perguntei se a pessoa tinha morrido. O que ela me respondeu:

“Antes fosse isso, por que gostava muito dela e preferia não vê-la mais, por conta de uma separação desta natureza, no entanto, não foi o que aconteceu. Eu perdi esta amiga quando ela me traiu. Depois de anos de convivência ela me comunicou que estava de mudança para outra cidade, com apartamento comprado e tudo, mas não me disse a razão. Isso para mim foi uma enorme traição por que éramos amigas, confidentes, e como ela resolveu tudo isso sem me avisar?

“Imagino que ela deva ter as razões dela. Você não acha?”

“Claro que entendo que deve ter acontecido algo muito sério, pois eu sabia que ela e o marido não estavam muito bem, mas por que ela não confiou em mim e contou o que estava acontecendo?” Por que ela não se abriu de verdade?


Tudo o que minha cliente conversava comigo fazia muito sentido porque a maioria de nós, mulheres, quando nos sentimos próximas de alguém abrimos o coração, falamos de nossas vidas, discutimos nossas intimidades, enfim, fazemos confidências, e é claro, imaginamos que nossas parceiras também estejam fazendo o mesmo.
Quando somos surpreendidas por atitudes repentinas, não avisadas, o mundo desaba. Acaba a confiança e o afeto depositado no outro se perde em mil pedaços.
Neste encontro, eu e Eliana trabalhamos muito a questão da solidão que era uma constante na vida daquela moça, que apesar de uma mente lúcida e de se mostrar muito bem resolvida, sentia-se carente do amor e da aceitação das pessoas à sua volta. Filha de uma criação cheia de exigências da parte da mãe e da ausência de um pai inteligente e sedutor que deu mais atenção ao lado profissional do que a família, ela se sentia só, sem apoio, por isso investia tanto nas amizades e constantemente se decepcionava.
Vimos numa vida passada que ela como amazona conduzia um grupo de companheiras e como líder tinha que tomar atitudes duras, e muitas vezes ela havia passado por cima dos seus sentimentos e falado coisas complicadas para as outras. Muito responsável e consciente de suas funções naquela existência ela havia aberto mão de uma vida pessoal em nome do grupo.
Hoje, ela ao longo de sua vida reencontrou antigas parceiras dessa caminhada que, ao mesmo tempo em que a admiravam, a invejavam também.
Conversamos muito sobre seu momento atual, por que as vidas passadas trazem tendências e muito entendimento das questões do presente pois as lições não aprendidas sempre voltam. Assim perguntei a Eliana:

“O que você acha que a vida está lhe ensinando?” “O que aprender com esta dor?”
Ela me respondeu prontamente que não deveria mais querer comprar o afeto das pessoas sendo gentil, ajudando e abrindo demais o coração...

“Mas você não precisa se fechar, ser egoísta, pois é um privilégio poder ajudar as pessoas e compartilhar. Você acha que vai deixar de ser generosa por conta de situações de desencontro?”
“Você entende que estou sofrendo muito? Eu gostava muito dessa minha amiga, e não esperava nada em troca, apenas que ela fosse sincera. Eu não iria julgá-la. Por que ela não confiou em mim?”

"Eliana, tente observar uma coisa: cada pessoa age de acordo com as suas crenças, limitações, medos, orientação familiar... e cada pessoa é diferente. Às vezes, por conta de situações do momento o outro toma atitudes ruins, mas não quer dizer que não haja amor, carinho, respeito e amizade. Será que você é forte o suficiente para dar uma nova chance à amizade?”
“Juro que não sei... Vou ter que pensar no assunto, mas prometo que vou analisar os fatos de uma forma mais aberta como você me propõe”.

Quando Eliana foi embora, fiquei pensando que nem sempre o diálogo resolve tudo, por que se as pessoas não têm segurança interna, ou auto-estima para se colocarem nos relacionamentos, os enganos são gigantescos. Não dá para esperar que as pessoas adivinhem nossas dificuldades e respeitem nossos sonhos se não nos expressamos.
E fatos como os dessa história que compartilhei com você, amigo leitor, acontecem todos os dias, no casamento, na amizade, no trabalho.
Não é só comunicação, é transparência.... Mas essa transparência só nasce de uma força interna, uma segurança de falar o que de fato pensamos sem reservas de proteção.
Desejei do fundo do coração que Eliana tivesse coragem de vencer seus limites e perdoasse a amiga por que não é fácil manter uma amizade... Para isso temos que respeitar o lado escuro do outro, saber que nosso parceiro não é perfeito e que nós também não o somos.

Acompanhe as meditações que Maria Silvia ensina freqüentando o seu Grupo de meditação que acontece toda quarta-feira, às 20:30hs.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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