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Virtuosos das esferas celestes ou flautistas de Hamelin?

Atualizado dia 11/30/2017 10:26:42 AM em Espiritualidade
por Renato Mayol


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A história do flautista de Hamelin teria ocorrido na Alemanha, quando uma invasão de ratos teria assolado a cidade, deixando o povo desesperado. Quando todas as tentativas de acabar com a praga de ratos pareciam frustradas, eis que surge um flautista misterioso que promete livrar a cidade dos ratos mediante um pagamento de cem moedas de ouro. Feito o acordo, ele se põe a tocar com sua flauta uma melodia que encanta os ratos e faz com que o sigam.
O flautista então os leva para longe, para um rio, onde acabam morrendo afogados. Porém, quando volta para receber o seu pagamento, é enganado pelas autoridades, que o mandam embora. Irado com a ingratidão dos habitantes, decide então se vingar e começa a tocar outra melodia enquanto percorre novamente as ruas de Hamelin.
Dessa vez são as crianças que, arrebatadas pelo som maravilhoso, passam a segui-lo e a se distanciarem da cidade. E ninguém pode detê-las em seu caminho. Para desespero dos pais, o músico acaba levando-as para longe, de onde nunca mais voltaram. E assim, o misterioso flautista acaba tirando da cidade o seu bem mais precioso.

No caminho da espiritualidade existem personagens tão misteriosos quanto o flautista de Hamelin. Seriam eles guias enviados das esferas celestes para mostrar o caminho que leva à saída do labirinto de ilusões onde a humanidade se encontra, ou estariam eles a emaranhar ainda mais os seus incautos seguidores?

Um desses personagens é George Gurdjieff, espiritualista, filósofo e médico. Seus ensinamentos deveriam conduzir para a via de saída chamada de “o quarto caminho”, em alusão a outros três possíveis caminhos em direção à saída: o caminho da via rápida ou do sacrifício, trilhado por mártires; o caminho do monge, através da prática do Amor e do Bem; e o caminho da ioga, através do controle da mente.
Gurdjieff teve que enfrentar muitas dificuldades econômicas para levar a cabo o propósito de transmitir suas ideias. A habilidade no ramo de negócios e a capacidade em adaptar-se a qualquer ofício, bem como o gosto em tirar proveito da ignorância e da ingenuidade dos outros, foram-lhe de valia nas fases mais difíceis de sua vida.
A luta para conseguir os recursos financeiros que lhe permitiriam dedicar-se somente às atividades que lhe interessavam de fato, e que eram relacionadas à busca do autoconhecimento e da razão de existir, levaram-no a expressar que, em não conseguindo sucesso em seu intento, passaria a servir-se de suas habilidades para satisfação única do seu egoísmo, ensinando não mais métodos para o desenvolvimento harmonioso do homem, mas métodos incríveis de autossatisfação. Será que em sua passagem pela Terra, Gurdjieff tenha sido realmente capaz de se libertar da sua própria condição de prisioneiro?

Outro personagem reverenciado como um guia da libertação do homem é o misterioso Conde de Saint Germain. O que se sabe a respeito do Conde de Saint Germain é baseado em diários de quem privou da sua amizade. A presença de Saint Germain na Europa está relacionada a fatos que vão desde 1651 a 1896, ou seja, um período de 245 anos. Em certa ocasião, porém, parece que ele teria dito ter nascido em Jerusalém. Também dizia ter ouvido pessoalmente alguns dos ensinamentos de Jesus, sobre quem opinava “Jesus era bom, mas idealista e inconsequente”.
O conde de Saint Germain apreciava as amantes e cortesãs. Prometia e, aparentemente, cumpria, manter a beleza e a juventude de quem lhe aprazasse. Falava várias línguas e usava os melhores diamantes e safiras em sua indumentária e objetos pessoais. Era capaz de melhorar a qualidade das pérolas, fazendo com que passassem a valer muito mais depois de tratá-las com seus métodos secretos.

Não há registro de onde e quando ele tenha morrido. A sua figura tem sido associada a várias sociedades esotéricas que o adotaram como mestre ascenso ou avatar (ser que alcançou grande evolução espiritual, após diversas encarnações) e que divulgam ensinamentos supostamente atribuídos a ele. Conde de Saint Germain - arauto dos céus ou flautista de Hamelin?
Um dos discípulos do Conde de Saint Germain foi Alessandro, Conde de Cagliostro. Apesar de ter o dom da profecia, iniciou em ritos maçônicos pessoas que eram em verdade espiões da Inquisição em Roma, o que o levou a ser preso em 1791 e condenado à prisão no Castelo de Sant’Angelo, aonde aparentemente veio a morrer em 1795, com apenas 52 anos de idade.

Segundo alguns místicos, entre os quais, Helena Blavatsky da Sociedade Teosófica, Cagliostro teria cometido uma série de erros fatais e por isso “teve que ser retirado”. Tal estranha e perturbadora alegação nos leva a pensar em quem teriam sido os seus juízes.

Outro suposto mensageiro muito estranho foi sem dúvida o iogue Maharishi Mahesh, também denominado de “guru risonho”. Nascido na Índia, teria se dedicado durante longo tempo a práticas religiosas em reclusão com monges. A partir daí, passou a achar que, com um sistema simples de Meditação Transcendental por ele redescoberto em leitura dos Vedas, os textos sagrados do hinduísmo, poderia regenerar o mundo que não mais passaria por guerras e todos viveriam em paz e fraternidade. A iniciação dos discípulos no seu método, com o fornecimento de um mantra pessoal, tem um custo que é maior quando os ensinamentos incluem práticas invocatórias.

Por ter sido procurado por gente famosa, em especial pelos Beatles, que lhe dedicaram grande atenção, atraiu milhares de adeptos. Quando os Beatles o abandonaram ao perceber que usava seu magnetismo pessoal para satisfazer sua atividade sexual com as jovens que o procuravam, aparentemente, teria ele dito “Enquanto continuarem a meditar, eles serão meus”. Se em algum momento chegou de fato a desejar regenerar o mundo, parece que as tentações o sobrepujaram.

Assim, muito difícil é conseguir discriminar os verdadeiros mensageiros da hierarquia espiritual, dos emissários enviados para confundir os buscadores com fogos fátuos. Dentre todos os enviados das esferas celestes, para muitos dos que encontraram o caminho da verdadeira Paz, foi Jesus, o Cristo, o mensageiro maior da Luz que deu o exemplo vivo de que, com as chaves do amor e do perdão há sim, uma saída dessa prisão chamada Terra.
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