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VOCE AINDA VIVE NO PASSADO?

Atualizado dia 6/22/2008 8:18:44 PM em Autoconhecimento
por Tania Paupitz


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Tudo o que acontece em nossa vida está diretamente ligado ao nosso livre arbítrio. As escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia, desde o simples ato de escolhermos a roupa que vamos vestir quando acordarmos pela manhã, até nossa decisão com relação àquela nova proposta de emprego que acabamos de receber. Somos, portanto, o resultado de todas as escolhas individuais e de cada “eu sou” que vamos nos rotulando, no decorrer de cada existência.

Já parou para pensar sobre quem você é ou como se descreve? Para responder a essas duas perguntas básicas terá que recorrer à sua própria história, a um passado que já foi vivido, mas ao qual você está de alguma maneira ainda ligado e, por isso, ainda é muito difícil escapar dele. Você pode se rotular de diversas maneiras: eu sou nervoso, deprimido, tímido, desligado e, todo um enorme repertório de “eu sou”. Se rotular de forma negativa pode ser um impedimento para nosso crescimento e não deixa de ser uma situação bastante cômoda, já que sempre teremos uma boa justificativa para permanecer da mesma maneira.

Segundo Carl Sandburg disse em Prairie, "o passado é um balde cheio de cinzas". Podemos começar a desfazer os nós que nos prendem ao passado começando por eliminar do nosso vocabulário sentenças como: “eu sou assim, sempre fui assim, este é o meu jeito de ser.” Essa é uma forma bastante cômoda de não querer se “enxergar”, evitando assim a mudança, fator primordial para todo crescimento do ser humano.

Do mesmo modo, se nos pegamos vivenciando o futuro, ficamos ansiosos, preocupados, estressados e a nossa mente fica constantemente pré-ocupada com coisas que ainda irão surgir e, nem bem sabemos se irão de fato acontecer como imaginamos. Normalmente, é comum surgir exatamente o contrário daquilo que estávamos esperando. São as várias situações inusitadas com as quais, de repente, somos surpreendidos, pois tínhamos uma visão totalmente ilusória sobre o futuro.

A ansiedade de se viver sempre esperando por um futuro acaba gerando um enorme desgaste emocional na pessoa, pois é como se nossa mente ficasse constantemente trabalhando, se movimentando, ou seja, ficamos todo o tempo pensando, ruminando, imaginando ou criando fantasias a respeito de algo que ainda está para acontecer. Com isso, acabamos por desperdiçar energias que poderiam ser direcionadas para um outro aspecto da nossa vida, ou seja, para o nosso momento presente que é na verdade o único momento que de fato existe e é real.

Li, recentemente, uma história que me parece definir bem o que representa o papel do passado em nossa vida: “Dois monges caminhavam silenciosamente por uma trilha bastante enlameada por causa de uma forte chuva que havia caído. Próximo ao lugar para onde estavam se dirigindo, encontraram uma moça que demonstrava grande dificuldade em atravessar para o outro lado da estrada devido à grande quantidade de lama. Prontamente um dos monges vendo aquela situação foi logo ao encontro da moça e, segurando-a no colo, conseguiu que ela atravessasse em segurança para o outro lado da margem. Porém, ao longo do caminho, o outro monge que havia ficado como expectador da situação, não conseguindo mais se conter, questionou seu companheiro: “Por que você carregou a moça para o outro lado da estrada? Você sabe que nós, monges, não devemos fazer essas coisas.” O outro imediatamente respondeu: Faz tempo que coloquei aquela moça no chão. Você ainda a está carregando?”

Isso nos dá idéia de quantas vezes carregamos nosso passado sobre nossas costas como pesado fardo que vive em nós sob a forma de lembranças, traumas, conflitos mal resolvidos, etc.

Uma coisa temos que admitir: no nosso momento presente não há problemas. Você tem algum problema agora, nesse exato momento em que lê estas linhas? Está pensando nele, ou está com a mente ocupada, procurando ler este artigo que lhe pareceu agradável? Se pararmos para pensar, somos nós que criamos nossos problemas. Há muitos anos atrás uma pessoa me disse isso e eu fiquei bastante intrigada, porém, com o tempo, pude perceber um grande fundo de verdade nessas palavras.

O Universo vive nos cobrando quando não estamos andando corretamente nos trilhos da vida. Se você perceber, está deixando de lado o maior presente que pode receber nessa existência que é o seu agora. Olhe para o lado e procure perceber quantas pessoas nesse exato momento estão sofrendo pela falta do básico em suas vidas: o alimento, o agasalho, o teto, o lar, o emprego que traz o sustento da família. Compare agora o que você é e o que tem em sua vida neste exato momento: conforto, certa estabilidade financeira, talvez, o seu carro próprio, sua casa, sua família, um belo cobertor para aquecer suas noites frias, a geladeira farta de alimentos, seu emprego que lhe dá a garantia de sustento, e tantas outras coisas a que não damos valor, porque estamos sempre vivendo ou lá na frente ou lá atrás no passado, ainda nos deixando corroer por ele, sofrendo por coisas que já não fazem mais sentido, vivendo uma vida infernal, porque não temos capacidade de dizer para nós mesmos: basta!

É necessário que aprendamos a ser livres como os pássaros, ou seja, estarmos abertos às novas possibilidades, tendo a capacidade de promover dentro de nós uma enorme “faxina”, retirando todo o lixo mental que ainda nos prende ao passado, ao controle das coisas ou das pessoas. Aprender a praticar o desapego, principalmente do nosso passado, vai com certeza nos proporcionar um grande alívio e trazer uma imensa sensação de liberdade, pois somente dessa forma encontraremos a paz interior que tanto buscamos.

Um dia alguém muito importante na minha vida, me disse: “Temos que aprender a fazer as pazes com o passado”. Essas palavras ficaram tão fortemente impregnadas na minha mente que a partir daquele momento comecei a sentir a necessidade de me liberar daquilo que me prendia a tantas coisas negativas e que, por falta de uma compreensão maior, ainda traziam sofrimento para minha vida. Só que eu não tinha consciência de que todo o meu sofrimento era gerado por um passado que insistia em me perseguir. Foi quando resolvi largá-lo, promovendo uma aliança de paz, ou seja, fiz as pazes com ele. Joguei fora tudo o que me incomodava, perdoei quem necessitava do meu perdão, inclusive a mim mesma e, finalmente, consegui sair da prisão. A prisão que eu mesma havia criado e me trancafiado por anos. Voltei a ser livre e por isso minha vida se transformou, a alegria aos poucos foi retornando, o agradecimento pelo momento presente voltou a fazer parte da minha rotina e a paz lentamente foi tomando conta do meu ser, dessa forma, trazendo mais harmonia para minha vida e automaticamente também daqueles que fazem parte dela.

Procure pensar nisso e não deixe que o passado estrague aquilo que você tem de mais precioso que é o seu momento presente, a sua vida agora. Ela passa tão rapidamente... Não permita que tudo seja em vão. Viaje pela vida com alegria e entusiasmo, mas para isso, liberte-se logo desse passado. Fique apenas com as lembranças boas e agradáveis.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Tania Paupitz   
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234
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