Você é amor, mas não sabe disso
Atualizado dia 10/2/2019 7:56:30 AM em Autoconhecimentopor Paulo Tavarez
Deus é amor é uma expressão contida na Primeira Epístola de João do Novo Testamento, no qual o evangelista João afirma que: "Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele".
Você é Deus, nunca se esqueça disso.
Diriam os criacionistas: “Ah, mas eu não sou Deus, sou filho de Deus!”.
Que diferença faz pensar assim? Sendo filho dele, o seu DNA é divino, pois filho de peixe peixinho é e filho de Deus, deusinho é! Se a natureza daquele que o criou é o amor, a sua natureza também será, ou você acha que uma girafa poderá parir um jacaré?
Quando você escolhe agir de forma amorosa, pensar de forma amorosa, sentir de forma amorosa, o resultado é a felicidade. Essa mesma felicidade (ananda) é o seu estado natural, portanto, você estará sendo você mesmo. Você estará assumindo a sua Natureza Divina. Realizando o Deus que nasceu para realizar.
O amor em cada gesto, em cada movimento, em cada segundo, irá conduzi-lo ao êxtase. Para isso, é preciso treinar o amor, praticá-lo constantemente, tornar-se íntimo dele e, desta forma, deixar - esse mesmo amor - sentar-se no trono do teu ser e comandar todo o seu Reino.
O amor é a realidade, o amor é a verdade, o amor simplesmente É.
Tudo aquilo que você inconscientemente busca é Ele, no entanto, ainda não percebe isso. Vive tateando no escuro em busca de si mesmo, como um peixe percorrendo o oceano em busca do próprio oceano.
O amor está em tudo como Deus está em tudo e isso pode ser encontrado em vários escritos antigos.
Este texto, por exemplo, está no Evangelho de São Tomé (77a - 77b) "Jesus disse: Eu sou a luz que está acima deles todos. Eu sou o todo: o todo saiu de mim e o todo se reuniu a mim. Rachai uma madeira: eu estou ali. Levantai uma pedra e me achareis”.
O amor é o elemento primordial do Universo. É o vácuo quântico da física, o fluido cósmico universal de Kardec, o deus Brahman do Hinduísmo, Iemanjá, a grande Rainha responsável pela geração na Umbanda e assim por diante.
O amor tem sido representado em todas as mitologias como um verdadeiro Deus, como a fonte, como o alfa e o ômega. Krishna em um diálogo com Arjuna explicou a sua verdadeira natureza.
Veja abaixo um trecho do texto do Bhagavad-Gita, datado de 3 mil anos atrás:
(Cap. 10 – texto 16)
Disse Arjuna: Por favor, fale-me detalhadamente de Seus poderes divinos pelos quais Você penetra todos estes mundos e mora neles. (…)
Responde Krishna:
(Texto 19) O Bem-Aventurado senhor disse: Sim, Eu lhe falarei de minhas manifestações esplendorosas, mas somente das que são proeminentes, ó Arjuna, pois minha opulência é ilimitada.
(Texto 20 em diante) Eu Sou o Eu, ó Gudãkesa, situado nos corações de todas as criaturas, eu sou o começo o meio e o fim de todos os seres. (…)
Ó, Arjuna, dos sacerdotes saiba que Eu sou o principal, Brhaspati, o senhor da devoção. Dos generais, eu sou Skanda, o senhor das Guerras; e dos corpos d’água eu sou o Oceano. (…)
Dos purificadores, Eu sou o vento; dos manejadores de armar, Eu sou Ramã; dos peixes Eu sou o tubarão, e dos rios que fluem Eu sou o Ganges.
De todas as criações, eu sou o começo, o fim e também o meio, ó Arjuna.
De todas as ciências, eu sou a ciência espiritual do Eu, e entre os lógicos, eu sou a verdade conclusiva.
Das letras Eu sou a letra A, e entre os compostos Eu sou a palavra dual. Eu sou também o tempo inesgotável, e dos criadores Eu sou Brahman, cujos muitos rostos viram-se para todos os lados.
Eu sou a morte que tudo devora, e Eu sou o gerador de todas as coisas ainda por existir. Eu sou as mulheres, Eu sou a fama, a fortuna, a fala, a memória, a inteligência, a fidelidade e a paciência (…)
Texto Revisado
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