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Você suporta a verdade?

Atualizado dia 3/13/2008 4:01:05 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Será que sempre a verdade nos faz bem?
Pessoas comprometidas com a vida espiritual costumam dizer que nunca mentem, que falam sempre a verdade, que têm horror a situações dúbias. Mas será que é mesmo assim que a vida funciona?
Será que nunca mentimos? Que suportamos o peso da verdade? Será que estamos prontos para saber realmente o que as pessoas pensam de nós?
Há alguns anos, conheci uma pessoa que se dizia muito franca, muito honesta. Maura, descendente de europeus, gostava de dizer que com ela era tudo preto no branco, que gostava de se relacionar com as pessoas sem rodeios. Um belo discurso que na prática não lhe trouxe muitas alegrias.

Vivendo um segundo casamento, sem filhos e já beirando a fase da aposentadoria, essa pessoa não tinha amigos e não compreendia o porquê.
Nossos encontros foram terapêuticos, mas como sempre acontece, a convivência foi se estreitando ao longo do tempo. Ela vinha sempre nos meus grupos, quando as pessoas esticavam a reunião saindo para comer uma pizza, ela estava presente; enfim, houve uma certa intimidade. E, nesta intimidade, confirmou-se a minha desconfiança de que essa mulher ainda que bem intencionada era rude com as pessoas. Suas palavras “verdadeiras” soavam como verdadeiras explosões de mau gosto.

Individualmente, expliquei para ela que cada pessoa vem de uma criação diferente, de uma família com traços e condições particulares e que aquilo que é verdade para alguns não é tão verdadeiro e profundo para outros. Isso parece óbvio demais para ser explicado, mas não é. Para as pessoas desenvolverem relacionamentos harmoniosos precisam fazer um exercício de empatia, colocando-se no lugar do outro e, acima de tudo, precisam ter muito amor próprio para não se ferir com coisas negativas que percebem nos outros.
Amizades verdadeiras não precisam de excessiva transparência, porque às vezes é muito mais fácil relevar algumas falhas, deixar o mau humor do outro de lado e esquecer um erro do amigo, do que ficar levando tudo a ferro e fogo. E mesmo o amor entre familiares nos pede esse bom senso de deixar as coisas passarem.

Concordo que precisamos ser sinceros, falar a verdade e respeitar nossos limites, mas não podemos forçar as pessoas a serem como gostaríamos que fossem. Cada um tem seu tempo e sua forma de ver a vida... E para manter um relacionamento saudável temos que entender as limitações do outro. Em última análise, se o outro não vive, não pratica aquilo que achamos importante, então é melhor nos afastar. Ficar querendo corrigir o outro só causa problemas.

Nessa sintonia, recebi Mirna uma moça dos seus 35 anos, relativamente bem resolvida profissionalmente, moderna e otimista. Veio me procurar por que estava tendo uma relação homossexual e queria contar tudo para sua mãe. Isso não seria um problema se ela não fosse casada com uma outra pessoa.
Será que abrir o jogo e falar a verdade seria bom num caso como este? Afinal, onde esta moça queria chegar com a sua verdade?
Com certeza, não nos compete julgar. Não cabe nem dizer quem está certo ou errado no jogo da vida. A verdade espiritual é uma só. A vida, nem preto, nem branco; enfim. bem mais colorida do que isso.
Muitas vezes podemos cometer equívocos como Maura que ofendia as pessoas dizendo o que pensava, ou nos sentirmos perdidos como Mirna que sem conseguir digerir os caminhos de sua vida, pensava em compartilhar com a mãe que sempre tinha sido uma pessoa distante algo que ainda não estava resolvido, correndo o risco de se perder e complicar ainda mais a relação já tumultuada com a mãe.
Se a verdade não contiver amor deve ser questionada.

Se você deseja ter contato com Maria Silvia e saber mais sobre seus cursos, grupos e atendimentos venha conhecer o Grupo de Meditação Dinâmica que ela coordena, no Espaço Alpha Lux no bairro das Perdizes, em São Paulo.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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