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Você tem fome de quê?

Atualizado dia 8/2/2007 11:27:49 AM em Autoconhecimento
por Alex Possato


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Hoje eu estava parado na fila do supermercado, aguardando a minha vez para passar. Na minha frente, havia uma senhora, por volta dos 47 anos, baixa e corpulenta, cabelos pretos, roupas e ar de classe média alta. Seu rosto aparentava um mal humor desses que parece já marca registrada da pessoa, um desagrado com as coisas da vida, que provavelmente não andavam de acordo com o que ela queria ou achava adequado.
O carrinho de compras estava lotado. Iogurtes de diversos tipos, massas prontas, geléias, enlatados... somente produtos das melhores marcas.
Num gesto casual, sem alterar a expressão de enfado do rosto, ela retirou da gôndola uma revista que hoje está na moda, destas do tipo viva naturalmente, vida simples e qualidade de vida, e colocou-a no alto da pilha de compras.

Consumismo e vida simples?

Madre Teresa de Calcutá iniciou suas obras na India, com enormes restrições financeiras: ela solicitara permissão para sair da segurança e conforto do convento para trabalhar pelos pobres – pobres de bolso e de alma. Ao pisar nas ruas sujas e barulhentas de Calcutá, em meio a vacas, bicicletas e motos, milhares de pessoas que dormem, comem, vivem e morrem literalmente nas ruas, a religiosa portava uma pequena mala e dinheiro para poucos dias de aluguel de um quartinho simples. Madre Teresa estava entregue e amparada por um amor ao pai maior. Ela não precisava de mais nada. Não necessitava de compras, para sentir-se preenchida.
Talvez esta seja uma imagem melhor de vida simples, que também não é a minha, embora me dê um certo arrepio de êxtase ao me imaginar nesta situação de absoluta entrega material, e perfeita comunhão e confiança em Deus.

Sensação de satisfação ou de insuficiência

Nós não queremos consumir por vontade própria. Somos induzidos e condicionados segundo a segundo pela propaganda e marketing. Um bebê não nasce querendo a fralda da marca x. Não quer nem mesmo uma fralda. A única coisa que o ser humano nasce querendo é o seio e o aconchego da mãe, e mais para frente, a referência masculina e proteção do pai.
É exatamente aí a questão. É este querer primordial que deixará marcada a sensação de satisfação ou insuficiência. Se você foi amparado emocionalmente quando pequeno, os desejos de carinho, amor e leite foram satisfeitos, carregará consigo uma sensação de satisfação para o resto da vida, e com isso não cairá facilmente na tentação do consumismo desenfreado. Caso contrário, tenderá a preencher o vazio interior com enlatados, doces, roupas e produtos dietéticos.

Muitos de nós não recebemos o amor suficiente dos nossos pais e buscamos suprir esta carência adquirindo coisas externas. Mas uma carência interna só pode ser suprida por um preenchimento interno. Nada que existe nas prateleiras pode preencher o vazio interior. E o que pode?
Entregar o coração ao amor do pai maior é o único caminho. Este amor é suficiente para trazer a reconciliação com papai e mamãe, aceitando-os da forma que eles foram e são, afinal, se eles não fizeram mais, não deram o amor que esperávamos, era porque também não receberam mais dos próprios pais.
Não ter recebido o amor dos pais é uma grande dádiva. É a possibilidade de manifestar o amor maior, o amor pelo grande pai, que reconcilia, cura as feridas e preenche o coração, nos tornando unos aos nossos pais biológicos.
O amor universal nos iguala a todos: pai, mãe, filho, doentes, famintos, mendigos... Deixamos de ser um, para ser o todo. Deixamos de ser mente, para vibrar o coração. Deixamos de querer, pois já somos o todo.
A vida assim, realmente torna-se simples, pois no amor, pequenas coisas são suficientes. Pequenas grandes coisas.
A vontade e necessidade de consumir exageradamente começa a diminuir quando exercemos o direito de dizer: papai, eu o amo. Mamãe, eu a amo.

Aruanan
Consultor e terapeuta
Curso Lei da Atração na Prática, programação neurolingüística e Constelação Familiar e Sistêmica de Bert Hellinger
www.nokomando.com.br

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
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