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ZOZ - A mulher e o sexo

Atualizado dia 09/07/2024 13:15:01 em Autoconhecimento
por Margareth Maria Demarchi


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 Texto retirado do Livro ZOZ - Mulheres Libertem sua Alma  

Direitos autorais Margareth Maria Demarchi 




 Sexualidade, sexo, sensualidade, são temas controversos em muitas das discussões onde são abordados. Não há um discurso de consenso que reflita a realidade e a importância do sexo nem do que está no seu entorno [1].

Estamos no Século XXI, e tudo o que envolve sexo ganhou fronteiras nas mais diversas áreas, para além da mais óbvia, que é a biológica. O que era para ser um único universo, foi dividido em territórios do marketing, da economia, da religião, da política, das ideologias, dos gêneros, da legalidade e da ilegalidade, etc. E esta divisão começou já há muito tempo.

Como diz o poeta, - qualquer maneira de amor vale à pena. O simples virou complexo. Mas o objetivo aqui não é defender nenhuma destas fronteiras, e assim, para podermos diminuir as controvérsias, vamos definir aqui que estamos falando do sexo entre mulher e homem, e do sexo com amor, sem qualificar ou desqualificar qualquer outra forma de relacionamento íntimo.

De forma simples, parece ser comum que as adolescentes possuam precocemente algum tipo de experiência sexual. Mas, pense bem, sexo faz parte da vida, sexo não é a vida. O curso normal, ou o movimento ideal, seria o de adquirir maturidade pessoal, enxergar e viver a independência em relação aos pais, fazer suas próprias coisas, assumir suas tarefas, ver-se envolvida com responsabilidades, criar e defender pontos de vista, sentir o prazer de realizar coisas, e enquanto tudo isso acontece, ganhar a maturidade sexual, passo a passo.

O deslumbre da sexualidade precoce, quase sempre, só é possível enquanto os pais assumem as demais tarefas que fazem parte da vida e da rotina da maioria das pessoas. Seria o mesmo que dizer, - Vá e explore sua sexualidade que eu fico aqui cuidando das suas tarefas e responsabilidades.

Mas, não estamos definindo certo e errado, estamos avaliando consequências, se a sexualidade precoce não for bem explorada e não gerar autonomia para a mulher, então, no futuro pode se constituir num trauma da sexualidade feminina.

E assim, antes de saber o que querem para si, estas mulheres na sua precocidade sexual, quase sempre querem alguém, alguém para 'ficar', alguém que preencha até mesmo uma eventual carência resultante da ausência dos pais no relacionamento familiar.

A sexualidade precoce dispensa o sonho do príncipe idealizado, do amor platônico, das cartinhas nunca enviadas, dos olhares vigilantes, e pode dispensar também o romance, as carícias, a elegância, a cortesia, as surpresas, sempre tão fundamentais dos contos de fada. O antigo, agora encarado como desnecessário, ao invés de ser melhorado, foi abandonado.

O interessante acontece quando essa precocidade vem acompanhada da conivência dos pais ou da família, transformando aquilo que é comum para os "rapazes" também comuns para as "meninas", aqui sem tintas de preconceitos, somente a realidade, pois rapazes raramente tomam anticoncepcionais em sua fase de constituição do corpo e afirmação da funções do organismo, nem ficam grávidos.

Como uma das consequências prováveis, vemos um grande número de relacionamentos que se rompem na primeira crise, ou que são frágeis por que as partes tentam se manter em um relacionamento que pouco ou nada possibilita de conhecimento mais profundo entre ambos para que cada individualidade nesse novo processo de convívio permita entender com clareza aquilo que no outro a atraiu.

Normalmente somos atraídas por aquilo que o outro possui, uma necessidade, ou seja, aquilo que completa a personalidade, algo que não é explorado pela pessoa, ou seja, mais extroversão no lugar da timidez, mais aventura no lugar da retidão, mais movimento no lugar da inércia, mais controle no lugar do abuso, etc.

Quando entendermos que todo relacionamento foi escolhido por nós, por mais que possamos negar, sempre está em nós o motivo da atração, faça a pergunta a si mesma: O que ele tem que eu mais gosto?

Numa relação que pretenda trabalhar com a verdade, a sinceridade e a harmonia, é necessário que uma parte esteja aberta para explorar com a outra aquilo que realmente lhe interessa. É preciso que a moça/mulher tenha liberdade de chegar ao rapaz/homem e dizer para ele que tipo de homem ela espera que ele seja para ela tenha nele o seu companheiro ideal, de forma que esse rapaz/homem possa lhe dizer até que ponto ele consegue atingir aquele ideal. E essa moça/mulher com a mesma liberdade, agora para ouvir, tem que permitir que esse rapaz/homem possa dizer para ela que tipo de mulher ele espera que ela seja para que ela possa ser sua companheira ideal, de forma que ela moça/mulher possa lhe dizer até que ponto ela consegue atingir o seu ideal.

Vai perceber que conseguirá responder a parte que mais lhe agrada, mas sabe que também haverá outras coisas que não lhe agradam.

Quando mantido de forma que os dois sentem necessidade de se completarem, o sexo é a parte que integra e aprofunda os vínculos, porque quando apenas só uma parte necessita e a outra concede, aos poucos se cria um desequilíbrio no casal. Surge um clima de insegurança para a parte que é a necessitada, o que pode vir com um sentimento de falta de interesse ou pouco interesse do outra parte.

É indispensável que exista uma relação de dar e receber [2] para que cada um se equilibre. Normalmente quem concede passivamente fica sendo sempre mais fortalecido e forte, enquanto o outro, embora ativo, se sente fraco e necessitado. Isso pode parecer um contrassenso, porém, não estamos falando de duas noites de relacionamento, estamos falando de meses ou anos de convivência, estamos falando de uma mulher que está à disposição, mesmo sentindo que não é desejada e tem barreiras imaginárias para expor seus sentimentos, vontades e desejos.

É lógico que nem tudo é acordo de palavras, pois, a diferença mais óbvia, mais dominante, mais preponderante, na atividade sexual do casal é que a mulher é a parte que carrega a gravidez, e isso quer dizer muita coisa. Quando isso chega no campo da temeridade e do medo, então o sexo não tem a importância que deveria ter, e provavelmente uma das partes é que está ditando a intimidade existente no relacionamento.

A mulher livre e solta com o seu parceiro quer estar com ele para explorar suas sensações mais intimas, mas é preciso que o homem compreenda que essa entrega é uma oportunidade para conhecê-la.

A realidade para grande maioria das mulheres é que elas sonham com o sexo, e o homem o pratica, e muitos o fazem mecanicamente. A mulher sente o amor no trato e na forma como é acariciada. Ela tem necessidade de compreensão para poder se soltar com confiança. O sexo é invasivo, mas tem que ser livre da sensação de invasão, somente a sensibilidade pode proporcionar isso, e a sensibilidade é uma responsabilidade das duas partes.

Homens e mulheres que fazem sexo são comuns. São poucos os que fazem amor no sentido mais amplo, ou seja, expõem a sua intimidade de forma espontânea e verdadeira. Sentem o envolvimento, compreendem o sentir, estabelecem um vínculo de confiança, criam união.

O corpo é atraído pela a energia que se mantém forte entre ambos. A atração desses corpos é o resultado de uma descoberta de sedução entre ambos, assim a entrega é plena.

Muitos homens fazem sexo, mas não aprenderam a fazer amor, fazer amor é a especialidade da mulher. Homens que só fazem sexo, também são homens que se amedrontam quando percebem que estão sendo envolvidos pelos encantos e sedução de uma mulher.

Dependendo desse relacionamento a mulher pode ser mais espontânea ou mais retraída para as questões intimas, ou ainda, acreditar mais ou menos em uma relação de confiança.

É preciso lembrar que a referência da vida conjugal dos pais pode interferir no tipo de crença que os filhos terão dos seus parceiros.

Na busca pela compreensão de si mesma, se acreditar que os homens são egoístas e falsos, irá se relacionar com um parceiro com essas características.

Pense nisso.

Para a mulher que planeja o seu relacionamento criando normas e formas ideais, com receio de expressá-las, muito possivelmente, o sexo é um acontecimento especial e cheio de expectativas imaginárias. O fato é que este planejamento se torna realidade quando o homem ideal é encontrado, e encaixa-se nas formas ideais e segue as normas criadas. Mas, para muitos homens esse relacionamento tão esperado pela mulher pode não passar de mais um encontro íntimo, sem muita diferença, ou simplesmente igual a outros.

Atendo-se somente ao campo da intimidade do relacionamento, seja uma mulher com suas primeiras experiências, seja uma mulher madura e ciente das escolhas que faz, e das decisões que toma, o sexo é bom enquanto for ao mesmo tempo alimento do relacionamento e alimentado pelo relacionamento (lembre-se de que a natureza dá para si mesma o que recebe de si mesma).

A mulher e o homem necessitam abandonar o medo e viver verdadeiramente para seus anseios da alma[3] . Quando viverem o amor no sexo, nada será vazio. Suprido desse ingrediente, o relacionamento será mais sincero, sem medos e sem receios. Cada um reconhece as necessidades do seu corpo como diferentes e não tem necessidade de comparação. Ninguém depende de ninguém, e um pode contar com outro para a exploração de seus suas necessidades mais intimas de satisfação no sexo.

  

   [1] Bert Hellinger, Livro Amor do espirito, pág. 45, A Carne.

[2] Bert Hellinger, livro O amor do espirito, O equilíbrio, pg. 47

[3] Joseph Campbell, livro, O poder do mito, História de amor e matrimonio, pag. 195

Bert Hellinger, Livro O amor do espirito, Homem e Mulher do ponto de vista espiritual, pg. 162






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