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ZOZ - A vida está sempre em movimento

Atualizado dia 6/2/2024 9:05:02 PM em Autoconhecimento
por Margareth Maria Demarchi


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- O que nós estamos fazendo para nós mesmas?

- Será que a vida está confortável?

- Será que a vida deixa de se movimentar mesmo quando achamos que estamos paradas?

Analisemos nossa vida e vejamos quanta coisa se altera, seja para o "bem" ou para o "mal", conforme a nossa percepção.

Mesmo que queiramos controlar tudo criando uma rotina em nossa vida, a vida sempre irá nos trazer surpresas que poderão ser encaradas facilmente, se estiverem dentro do nosso campo de conhecimento, ou muito dolorosas, se relutarmos em aceitá-las.

Vamos conhecer uma história que ilustra bem esta situação.

Ao conhecer o caso de Jacqueline perceberemos o porquê nos envolvemos com certas situações, ou o que temos que aprender com o que nos acontece. Isso irá ampliar o nosso conhecimento e evidenciar as razões do movimento.

Jacqueline era uma pessoa que tinha um propósito de trabalho interessante. Porém, ficava insegura quando se deparava com pessoas autoritárias, a ponto de bloquear seu melhor comportamento para ação no trabalho.

Em certa ocasião, teve que compartilhar o seu projeto com Helênia, (uma pessoa dominadora).

Helênia começou dizendo:

- "Vamos ter que alterar o seu projeto mesmo que já aprovado pela empresa".

Helênia ao invés de inteirar-se para dinamizar as atividades, começou a impor alterações que se afastavam da ideia original. Essa situação causou muitas discussões ásperas entre elas. Como Helênia tinha sido chamada apenas para ajudar na aplicação do projeto, Jacqueline sentiu que o seu projeto não tinha o menor valor para Helênia e com isso a insegurança passou a dominá-la. Começou a pensar: o que teria de aprender com essa situação?

No entanto estas discussões foram importantes para Jacqueline a partir do momento em que ela enxergou valor neste movimento e conseguiu observar qual era oportunidade que estava se apresentando.

Jacqueline notou que Helênia conseguia afetar a sua segurança com ataques sobre o seu jeito de ser e perdia força quando a discussão era focada sobre conhecimento do projeto.  Ao forçar toda a discussão sobre o tema do projeto e a importância de seguir o roteiro por ela elaborado, abandonando avaliações de comportamento, Jacqueline não permitia que houvesse um ponto de conflito de fato na situação (afinal, isto não interessava, e seu passado na infância, fez com que ela tivesse um conceito de conflito como sendo algo muito ruim e que deve ser evitado).

Isto só foi possível porque o direcionamento veio à sua mente:

-"Você tem que se fazer respeitar pelos seus conhecimentos e ser uma autoridade nesse trabalho".

Isso bastou para perceber que tinha que começar a se impor e se fazer compreender e conseguiu isso transformando um possível conflito desgastante num conflito produtivo. O fato de Jacqueline ter refletido sobre aquele evento permitiu que ela atribuísse a ele um propósito de aprendizado, conseguiu com isso criar uma regra de ação e não de defesa e aprendeu com ela.

Em uma próxima situação, será mais tranquilo para Jacqueline se fazer respeitar. Esta é uma tarefa que somente é difícil quando não estamos acostumadas a refletir sobre as consequências dos nossos pensamentos e ações, e entender as verdadeiras razões de certos sentimentos internos que possuímos.

Temos que usar o passado para aprimorar o novo, apenas isso. Nada de usar o passado no lugar do novo. Usar o passado como substituto do novo é boicotar o nosso próprio caminho e passa a ser uma declaração do medo que temos da vida. Temos que passar a "observar mais" e "avaliar menos", usando perguntas diretas e objetivas para nos certificar se estamos realmente entendendo a outra pessoa inteiramente ou se estamos movimentando a relação através de sentimentos do passado e de pré-conceitos criados por estes sentimentos. Temos que esquecer os julgamentos que não nos ajudam em nada. Para isso, basta listar o quanto o julgamento de outras pessoas em relação a nós já nos serviu de ajuda.

Temos que aprender e mudar nosso comportamento para aquele que nos traz mais felicidade, isso quer dizer, agir com a visão da realidade. Em primeiro lugar, temos que aceitar a situação como ela é. Só assim poderemos estar no movimento e no "agora".

Ouvir. Pensar sem emitir conceitos. Falar sem interpretar as pessoas com o objetivo de manter o controle e a "segurança", ou mais ainda, querendo adivinhar situações e acontecimentos que só existem em nossa mente. Quando estivermos confortáveis com esta forma de ser, veremos que é tão simples quanto à observação da natureza, inclusive a nossa própria natureza. Isto é ter olhos e ouvidos abertos para a realidade.

«  Passe a viver no presente[1] se responsabilizando pela suas escolhas arrisque-se e conquiste muitas coisas na sua vida, erros e dificuldades são ferramentas de aprendizado.

«  Aprenda com você (exercite a auto aceitação mesmo diante das dificuldades) para que outra pessoa possa aprender com você.

«  Quando buscar o controle, observe onde está o motivo do descontrole.

«  Quando buscar a verdade, observe em você onde está a mentira.

«  Quando buscar conforto e tranquilidade, observe onde está a conturbação.

«  Quando buscar a paz, veja onde está a guerra.

Mulheres, quando buscamos algo é porque ainda não o possuímos.

« Na vida tudo se transforma e se adapta e existe muita sabedoria para quem estiver atento ao entendimento através do resultado dos movimentos (tudo aquilo que você pode aproveitar das suas experiências).

A transformação tem uma razão que muitas vezes foge à nossa compreensão. No momento em que nos adaptamos a ela, o ciclo recomeça e assim continua a se transformar. A vida é um movimento de um eterno aprender. Como diz Paulo Freire seremos sempre seres inacabados, o ser inacabado aprende para aprender, e assim também aprende a aprender.




Uma experiência muito pessoal:

 Normalmente sofremos quando resistimos, mas, quando nos adaptamos com consciência à situação, a mágica do esquecimento faz voltar a alegria e a confiança.

Durante muito tempo acreditei que um segundo casamento, não poderia dar certo, porém o destino me colocou diante dessa situação e me deu a oportunidade de viver essa experiência, a princípio relutei em iniciar um novo relacionamento, mas a vida me mostrou o quanto tinha que aprender me liberando para o que eu ainda não havia vivido. Percebi que tinha que saber deixar fluir, parei de resistir contra a ideia de "coisa desconhecida" que vinha influenciada pelo medo e pela insegurança, pelo conceito de rompimento herdado de minha constituição familiar, e que teria simplesmente que colocar o melhor de minhas experiências a meu favor e entender este novo movimento de minha vida e vivê-lo. Vivê-lo com a possibilidade de quem distingue o que pode decidir daquilo que quer.

Aprender com cada evento novo é viver com muita emoção.

O universo conspira com amor e me fez refletir o quanto o passado com suas imagens e distorções da realidade já não acrescentava valor e assim, tratou de me movimentar para o novo de uma forma que eu exercitasse minhas escolhas sem caminhar de volta àquele passado. Aprendi que o acontecimento veio para renovar e transformar o meu comportamento inflexível em flexível.

O ciclo de relacionamento do primeiro casamento deu lugar a um novo ciclo no segundo casamento, e a minha compreensão desses ciclos permitiu a integração de movimentos para que houvesse um transito harmonioso entre as duas situações. Não foi um processo de fácil construção, nem rápido, e o meu olhar para as situações e não para o que as pessoas pensavam delas foi determinante para obter a harmonia com inclusão, pois, tudo resultou de escolhas que fiz. Registro esse evento da minha vida para você perceber que nada acontece por acaso. Temos que compreender que a energia da vida se movimenta sempre ao nosso favor. Sempre.

Em situações negativas, ou que nos parecem negativas devemos nos perguntar:

O que eu tenho que aprender? [2]

A sua alma lhe dirá o que deve ser aprendido, mas isso necessita de atenção e observação.

A vida tem que ser movimentada para que o amor que carregamos dentro de nós possa se sobressair. Às vezes esse amor fica preso no fundo do oceano de padrões e ideias criadas por nossa mente e demoramos em entender que a realidade da vida é a realidade do que estamos "experimentando" agora.

Tenho para mim que estamos dentro de um gigantesco organismo que é o universo. Ele nos abriga e nos acolhe em qualquer ponto de sua imensidão, não escolhe um local específico. Ele sente os anseios de nossa alma e nos faz evoluir com diferentes movimentos em nossa vida, cria até mesmo os descontentamentos para que saibamos dar espaço para os verdadeiros sentimentos, para que aprendamos a "experimentar o viver" com a sabedoria suprema, ou seja, compreendendo os sinais e reagindo positivamente a cada um eles.

Devo destacar que mesmo que você não se dê conta desses sinais, eles vão te movimentar para que tudo aconteça na direção correta, conforme uma linguagem que é a mesma linguagem da natureza que nos rodeia, e que pouco percebemos e pouco entendemos, mesmo fazendo parte dela.

Como organismo único a natureza dá para si mesma o que recebe de si mesma.

Portanto, se você se perguntar sobre qual seria a direção correta, ela será sempre a direção que você decide tomar, não há o certo, nem o errado, tudo sempre depende do caminho que você trilha, o por quê, o que e quem a acompanha nesse caminho. Olhar para esse caminho é olhar para si mesma, para modificá-lo é preciso compreendê-lo e assumir as consequências e resultados dessa modificação ou transformação, o que muitas vezes não se conhece e está fora dos domínios do racional de cada pessoa.

Pense novamente na natureza e perceba o quanto ela se movimenta para manter o equilíbrio ideal, ou seja, sendo este organismo único e gigantesco, qual a forma que ela usa para compensar as alterações que acontecem a cada instante? Qual o seu processo de adaptação? E por mais trágicas que sejam as transformações, o que é que há de belo no trágico e como a natureza se alia ao tempo para retomar a beleza que há em tudo o que existe?

Agora pense em você novamente como parte desse grandioso organismo e que de alguma forma também se permitiu experimentar a vida de forma integral sem a necessidade de buscar, pois a busca se sustenta onde existe falta, ao passo que, quando vivemos o real, observando com atenção e experimentando cada momento naturalmente, descobrimos o movimento da alma no qual nenhuma descrição se faz necessária, apenas prevalece a liberdade para experimentar e sentir a sensação que há em ser parte da verdadeira pureza da alma.

Muitas vezes, insistimos em deixar tudo como está, mesmo tendo consciência de que alguma mudança é necessária, até que a força da vida venha nos movimentar como um furacão, e aí quando não temos tempo para pensar é que e a saída quase sempre passa a ser reagir sem avaliar as consequências. Saturou, definiu. Um atitude então, é tomada.

Porém, essa mesma força a exemplo do que acontece nos momentos trágicos da natureza, pode ter o objetivo de destruir tudo o que não corresponde ao amor interno e assim, provocar espaço para o novo ou para a renovação que também é uma transformação.

Lembre-se que olhar para a natureza é olhar para si mesma. Entenda a natureza em seus ciclos de mudanças para se adaptar e começar a compreender os seus próprios ciclos de transformação.

Sabemos que o nosso interno reclama e muitas vezes não recebe o crédito necessário, principalmente quando consideramos difícil fazer algo para uma mudança positiva. Mesmo sendo positiva, pode haver resistência em mudar. Se não há mudança interna, o externo resiste para se manter como é no interno.

Nunca se esqueça: se você não se colocar no centro do seu ser e caminhar para aquilo que lhe faz feliz, provavelmente irá sofrer muito com as situações adversas. Ao invés de caminhar de forma realista para a vida, você estará caminhando no controle de cada situação, perdendo a espontaneidade e o amor, e ganhando desconfiança e medo.

É fácil de observar as pessoas caminhando no controle, pois são maioria.

Observe como temos necessidade de segurança e por essa razão é que queremos antecipar tudo o que possa acontecer como se pudéssemos controlar os acontecimentos.

Agora você pode me perguntar:

- "Como deixar de controlar as situações, se tudo na vida pede para que eu me prepare?".

É isso que significa "remar contra a maré".

Sempre será produtivo viver a sua vida intensamente com atividades que lhe tragam harmonia, que proporcionem alegria, que resultem em felicidade. Ilusão? Não, muito pelo contrário. Nesse caminho não há necessidade de controlar ninguém, porque você terá o domínio da sua força e a capacidade de se tornar uma pessoa que coopera com o seu conhecimento. O pensamento será substituído pelo agir. A competição é esquecida e desnecessária, pois assim a comparação perde importância, e viver será sempre um ato de responsabilidade segundo as suas próprias decisões.

Quando se está aberta aos anseios da alma está diretamente conectada com o universo ilimitado e as ações são impulsionadas para a realização das ideias é que se passa a deslumbrar sinais que auxiliam no curso do caminho. Se passa a perceber várias possibilidades e se ficar atenta à intenção que é de agir.

Todo controle desaparece quando a harmonia dos movimentos é sentida e assimilada, e assim o externo equilibrado e livre se harmoniza com o interno equilibrado e livre. O controle é desnecessário onde há confiança e prevalece a liberdade.

Quando se observa a natureza em seus sons, cheiros, cores e diversidades, se começa a respirar e sentir o amor e a plenitude. Nesse momento não existe diálogo apenas o sentir.

É assim que emitimos nossos sinais para aqueles que compartilham conosco o ambiente. Se estivermos conectadas com o universo ilimitado estaremos vibrando amor em nossas atitudes, sem mesmo precisar expressá-lo. Todos à nossa volta irão sentir apenas pelo movimento, assim como assistimos o movimento da natureza.

Quando comecei a escrever esse livro ainda tinha ideias limitantes, mas quando me deixei guiar pelos anseios naturais, a ação de escrever tomou corpo e estou aqui com você, compartilhando este momento que é realizado com amor e de forma completamente aberta para perceber os sinais. Sigo o movimento em harmonia com o universo percebendo o quanto estou em sintonia com esse momento.

Estou totalmente envolvida de corpo e alma acreditando que assim como estou aqui nesse mundo mágico que expõe suas maravilhas naturais, a entrega permite ao meu ser surgir como parte integrante desse sistema completo onde tudo acontece sem nenhum esforço ou controle. Sim, privilégio restrito aos que conseguem agir dessa forma, e seguem o movimento conscientemente.


[1] J.Krishinamurti, Foi um pensador indiano que dizia que o pensamento estão condicionado ao passado em que sempre repetimos no presente, para ver a realidade teremos que silenciar a mente. É uma prática difícil, mas que podemos começar tomar consciência do quanto deixamos os pensamentos influenciar em nossa vida de forma sempre repetir o velho passado.

[2]Esses livros podem ampliar o seu conhecimento: Linguagem do Corpo, Cristina Cairo, Você pode curar sua vida, Louise Ray. Além do pensamento positivo, Robert Anthony

* Direitos autorais Margareth Maria Demarchi
*Todos comentários serão bem-vindos. Obrigada*




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