O PARADOXO EXISTENCIAL
Atualizado dia 4/10/2008 3:46:34 PM em Autoconhecimentopor Ernesto Ruben de Oliveira Júnior
Somos gratos pela vida, sabemos de sua importância, do incrível manancial de experiências e conhecimentos acumulados em nosso inconsciente coletivo, de nossa herança imemorial e etc.
Sabemos inclusive que o melhor caminho é o do meio, isto é, aquele sem radicalismos e exageros, porém quando conversamos com as pessoas no dia a dia, quando acompanhamos pela mídia a violência, vide o caso recente da menina Isabella, a destruição acelerada do nosso planeta, quando observamos a grande evolução da tecnologia e da quase estagnação espiritual e de valores humanos, penso que fica difícil ser otimista sem ser radical, crer naquilo que os nossos sentidos não nos mostram.
Vou explicar, vejamos, nós que temos uma formação espiritualista, que vislumbramos a Luz que paira acima de todas as catástrofes, deslizes e maldades humanas, já sofremos em conviver nesta atmosfera pesada que é o mundo onde vivemos.
Agora imaginemos aqueles que não tem acesso a esta janela, para serem otimistas só mesmo sendo radicais na fé, na alegria, na fraternidade, na compaixão para que possam continuar vivos, sonhando, planejando melhores momentos para si, para os seus e para toda a humanidade.
Por isso para sermos bons, realizarmos boas coisas e termos bons propósitos hoje em dia, é preciso ser radical, aí o paradoxo, pois sabemos que o ideal é ter medida ponderada em todas as coisas, mas neste caso o paradoxo (bom senso/moderação x otimismo radical) parece ser benéfico, pois é fato que o otimismo mantem tudo o que precisamos e que a realidade que vemos, na verdade depende inteiramente do estado de ânimo em que nos encontramos.
Se uma pessoa levar muito a sério o mundo da maneira como grosseiramente o vemos, ela não encontra o famoso caminho do meio para seguir, pois tudo parece sem saída, sem chance de melhora, a família, as autoridades, as instituições, o meio ambiente, parece que estão fadados a caminharem para o fundo do poço.
E aí poderemos pensar quando chegarmos ao fundo do poço que a melhor atitude a ser tomada é a da quietude, ou seja, a de não continuar cavando o poço com as nossas atitudes equivocadas, com a nossa ignorância, com o nosso desrespeito às leis universais e principalmente com o nosso desamor com os semelhantes e demais criaturas.
Quem sabe aí, e eu particularmente creio nisso, as pessoas sofram um choque paradoxal e comecem a reverter esta visão pessimista que é real, diga-se de passagem, mas que não podemos aceitá-la sem adotarmos uma posição otimista radical, acompanhada é claro, de uma postura ativa e positiva.
Pois afinal, sabemos que uma fé sem obras é morta.
Um forte abraço cheio de esperanças a todos vocês!
Ernesto Ruben
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