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Aprendendo com a Sombra

Atualizado dia 1/7/2008 10:55:55 PM em Autoconhecimento
por Victor Sergio de Paula


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APRENDENDO COM A SOMBRA


Todos os atuais habitantes do planeta, sejam homens ou mulheres, sejam residentes no mundo físico, ou estejam domiciliados no mundo espiritual, independentemente de raça, religião, nível social, cultural, ou qualquer outra condição, encontram-se em processo evolutivo.
O processo evolutivo é o SAMSARA dos budistas, ou a roda das reencarnações, onde nascemos, vivemos, morremos, e novamente nascemos, vivemos, morremos, até nos libertarmos desse ciclo muito longo, de milhares de existências , ao atingirmos a iluminação, o estágio de espíritos puros, segundo a definição espírita Kardecista, que nos liberta das vidas em corpos materiais, densos, como o que ocupamos neste momento.
A evolução parece um caminho onde realizamos experiências, baseadas em tudo o que trazemos de bagagem de nossas vidas passadas, no qual progredimos por tentativas, e ao acertarmos, continuamos aperfeiçoando uma determinada conduta, porém, sobrevindo o erro, a consciência do mesmo pode nos capacitar a retificarmos a conduta indevida, em qualquer área da vida, para continuarmos com mais possibilidades de progresso.
Entretanto, se nossa consciência não desperta para o erro, continuamos, uma vida inteira – às vezes, várias encarnações -, a repetir uma conduta, ou condutas, desnecessárias, desperdiçando preciosas oportunidades de evolução.
Haverá um meio de obtermos uma melhor qualidade do processo reencarnatório, refinado as nossas tentativas-acertos-erros? Podemos nos libertar do SAMSARA, com mais agilidade? São questões cruciais para todos aqueles, que desejam progredir espiritual e materialmente, lógico.
A Terra é um mundo de provas e expiações, de acordo com a classificação apresentada pelos espíritos a Kardec, um planeta aonde o “ mal se sobrepõem ao bem “, ainda que provisoriamente.
Logo, deduzimos que a maioria dos seus habitantes possuem uma tendência para viver nos níveis inferiores da consciência, ligados mais às paixões primitivas do que às claridades dos sentimentos e da razão: somos mais sombras do que luz!
Voltando à questão, acima proposta: como melhorarmos a qualidade do nosso processo reencarnatório? A resposta levou-me à lembrança da obra-prima de Robert Luis Stevenson, O Médico e o Monstro.
No romance de Stevenson vemos o pacato, e correto cidadão Dr. Jekyll, que ao realizar uma determinada experiência, se transforma ao ingerir uma substância química, num verdadeiro monstro inescrupuloso de nome Mr. Hyde, paradoxalmente, a face oculta e sombria do seu espírito, trazida à tona por sua ânsia em compreender a dualidade da natureza humana.
No capítulo 10 da referida obra, intitulado “ A confissão completa de Henry Jekyll “, lemos as seguintes palavras do Dr. Jekyll: “ ... Observei que ao usar a máscara de Edward Hyde (o monstro) ninguém se aproximava de mim sem visível receio. Isso decorria do fato de que todos os seres humanos, tal qual os vemos, são compostos do bem e do mal: e Edward Hyde – único na humanidade – era de pura essência maléfica “ (grifos nosso).
O autor da obra referenciada fala-nos que a máscara (no sentido figurado), chamada Mr. Hyde, erar nada mais do que o lado escuro do equilibrado e sereno Dr. Jekyll. Ainda mais, que todos nós, sem exceção – a pura verdade -, somos compostos do bem e do mal (como afirma o pesonagem).
Pensando na dicotomia do ser humano, concluo que se quisermos incrementar nossa evolução, devemos iluminar nosso lado sombrio, a escuridão que jaz nos porões do nosso inconsciente – a memória integral do espírito -, para nos libertarmos das condutas inadequadas, repetitivas, descabidas, verdadeiras âncoras evolutivas.
Quantas vezes somos surpreendidos por atitudes, durante nossas vidas, que deixam claro existir dentro de nós, um território vasto, escuro, inexplorado? Quantos pensamentos obscuros passam por nossas mentes, diariamente, desde o mais simples, até os inconfessáveis, quase diabólicos?
As modernas terapias de regressão de memória demonstram, que nossa atual personalidade é apenas a “ponta do iceberg”, do que realmente somos, como resultado de milhares de vivências passadas, nem sempre muito recomendáveis. Jung, o famoso psicanalista já havia proposto no seu grandioso trabalho, o encontro com nossa Sombra, para chegarmos ao processo de individuação, ou em outras palavras, à realização plena dos nossos objetivos existenciais.
À medida que nos conhecermos mais profundamente, através das muitas ferramentas existente – meditação, yoga, terapia de vivências passadas, hipnose e outras técnicas -, levando luz ao nosso lado sombrio, eliminaremos o lixo existencial, o que já não nos serve mais, o que nos acorrenta, escraviza.
O auto-conhecimento nos proporcionará um salto evolutivo, rumo a novas etapas do nosso infinito progresso espiritual. Vale começar: essa é a proposta da Sombra, à nossa Luz!




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