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O fim das ilusões

Atualizado dia 4/4/2008 12:13:38 PM em Psicologia
por Andrea Pavlo


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Um dia as palavras cessam. O que ainda precisava ser dito não tem mais espaço. Parece, não sei, que não existem mais linhas no papel em branco. Tinta na caneta. Palavras no espaço. Não saí. Não tem sentido. Não tem direção. Morre um monte de coisas dentro da gente e a impotência vem como uma grande enxurrada num dia de verão. Cobre tudo, leva as casas, os sonhos, as esperanças e as ilusões.
É isso. Um dia as ilusões caem por terra. Porque é esse o papel delas. As ilusões são feitas para ficarem no espaço vazio, povoando nossas mentes e nossos sonhos. Sonhos por vezes infantis, inescrupulosos. A onda da realidade um dia, é mais forte e isso é inevitável. O que as outras pessoas são, o que elas esperam de você nem sempre casa com o que você espera delas. A vida tem seus próprios caminhos e dói, dói pra caramba quando nos percebemos saindo de uma ilusão.
É a chamada desilusão. Dolorida, fria, quase um túmulo de tão silenciosa. Ela simplesmente bate na porta da sua casa a noite e diz “É, vamos parar de brincadeiras, isso aqui é a vida real”. Aquele homem é aquilo mesmo. Aquela mulher é aquilo mesmo. Sim, pode haver traições. Sim, os amigos mudaram demais. Sim, as coisas não são mais como antes. E os seus castelos desmororam, lá de cima, e você fica na praia vendo o restinho da areia ir embora.
Construir ilusões é do ser humano. Não aceitamos as pessoas como são, as coisas como são. Encaixamos os outros nos nossos sonhos. Compramos sonhos prontos. O homem vira o príncipe encantado. A mulher vira a princesa da nossa vida. O filho é perfeito. O amigo é fiel e eterno. Não percebemos que estamos nesta senda apenas de passagem. Que todas as nossas relações são passageiras, mesmo que seja um passageiro de uma vida inteira (e o que é uma vida inteira para a eternidade, não é mesmo?).
Comprar sonhos. Compramos as coisas que ouvimos e vimos das nossas mães, dos nossos avôs. Querida, para ser feliz você precisa casar. De noiva. Num dia quente de primavera e com um bom homem que não tenha defeitos demais. Alguns, talvez, mas não demais. Aí passamos a vida procurando o tal cara. Algumas pegam qualquer um e encaixam. Pegam alguém com problemas de drogas, que não curte muito trabalhar e nem responsabilidades e casam. Depois sustentam a casa para sempre e reclamam. Reclamam muito. Ele mudou, dizem. Não mudou meu amor, você é que acordou de um sonho. Nos relacionamentos amorosos ainda existe muito disso. Não que não seja possível ser feliz. Com alguém do seu lado. Entendam a divisão da frase você é feliz e tem alguém do seu lado. Como podemos esperar alguém para ser feliz? Não te parece absurdo? Como você vai atrair alguém feliz se você não está? Vai atrair alguém infeliz para ficar do seu lado e ser infeliz com você. Porque a felicidade está longe, muito longe de depender de outras pessoas. Quaisquer que sejam.
Mas é preciso muita coragem para ver. Ver as coisas como são. Ver que você tem o seu próprio referencial de felicidade. Entender que as pessoas são o que elas são e podem te dar somente o que elas tem. Parar de exigir do mundo, como uma criança birrenta e mandona, aquilo que te faz falta. Ninguém tem obrigação de satisfazer os seus desejos, fora você mesma. Ninguém vai fazer isso porque é impossível entrar no outro e faze-lo completo. Vamos parar de achar que todos os casais que você vê no shopping são mais felizes que você. Vamos parar de assistir propagandas e pensar que você deveria ser mais daquele jeito lá (mais magra, mais alta, mais loira, mais feliz). Você é o que é. Não se iluda com isso. E têm maravilhosas características, umas que agradam outras que nem tanto. Isso sim pode atrair uma relação verdadeira e até mesmo fazer com a sua relação se torne mais verdadeira. Ser feliz é uma arte. A arte da verdade absoluta. Chega de mentir para você! E para o mundo.


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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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